Guia de Instalação de Debian GNU/Linux Copyright © 2004, 2005 A equipa do Instalador Debian Este manual é software livre; você pode redistribuí-lo e/ou modifica-lo nos termos da GNU General Public License. Referências à licença no Apêndice E, GNU General Public License. Resumo Este documento contém as instruções de instalação para o sistema Debian GNU/ Linux 3.1, (nome de código "sarge"), para a arquitectura ARM ("arm"). Também contém indicações para mais informações e informação acerca de como tirar o máximo do seu novo sistema Debian. Atenção Este guia de instalação é baseado num manual anterior escrito para o antigo sistema de instalação de Debian (as "boot-floppies"), e foi actualizado para documentar o novo Instalador de Debian. Contudo, para arm, o manual não foi totalmente actualizado e verificado para o novo instalador. Podem existir partes do manual que estão incompletas ou desactualizadas ou que ainda documentem a instalação pelo instalador boot-floppies. Uma nova versão deste manual, possivelmente melhor documentada para esta arquitectura, pode ser encontrada na Internet na home page do debian-installer. Também poderá lá encontrar traduções adicionais. ------------------------------------------------------------------------------- Índice Instalar Debian GNU/Linux 3.1 para arm 1. Bem-vindo a Debian 1.1. O que é Debian? 1.2. O que é GNU/Linux? 1.3. O que é Debian GNU/Linux? 1.4. Obter Debian 1.5. Obter a Versão Mais Recente Deste Documento 1.6. Organização Deste Documento 1.7. Acerca de Direitos de Cópia e Licenças de Software 2. Requisitos do Sistema 2.1. Hardware Suportado 2.1.1. Arquitecturas Suportadas 2.1.2. Suporte de Processadores, Placas principais e de Vídeo 2.1.3. Placa Gráfica 2.2. Meios de Instalação 2.2.1. CD-ROM/DVD-ROM 2.2.2. Disco Rígido 2.2.3. Rede 2.2.4. Un*x ou sistema GNU 2.2.5. Sistemas de Armazenamento Suportados 2.3. Periféricos e Outro Hardware 2.4. Comprar Hardware Especificamente para GNU/Linux 2.4.1. Evitar Hardware Fechado ou Proprietário. 2.4.2. RAM de Paridade Falsa ou "Virtual" 2.5. Requisitos de Memória e de Espaço em Disco 2.6. Hardware Para Ligação em Rede 3. Antes de Instalar Debian GNU/Linux 3.1. Vista Geral do Processo de Instalação 3.2. Salvaguardar os Seus Dados Existentes! 3.3. Informação Que Vai Necessitar 3.3.1. Documentação 3.3.2. Encontrar Fontes de Informação de Hardware 3.3.3. Compatibilidade de Hardware 3.3.4. Configurações de rede 3.4. Reunir os Requisitos Mínimos de Hardware 3.5. Pré-Particionamento para sistemas Multi-Boot 3.6. Pré-Instalação do Hardware e Configuração do Sistema Operativo 3.6.1. Assuntos de Hardware Para Estar Atento 4. Obter o Meio de Instalação do Sistema 4.1. Conjuntos Oficiais de CD-ROM's Debian GNU/Linux 4.2. Download dos Ficheiros a partir dos Mirrors Debian 4.2.1. Onde Encontrar Imagens de Instalação 4.3. Preparar Ficheiros para arranque pela Rede via TFTP 4.3.1. Configurar o servidor RARP 4.3.2. Configurar o servidor BOOTP 4.3.3. Configurar um servidor DHCP 4.3.4. Disponibilizar o Servidor TFTP 4.3.5. Mover Imagens TFTP Para o Lugar 4.4. Instalação Automática 4.4.1. Instalação Automática Utilizando o Instalador Debian 5. Iniciar a Instalação do sistema 5.1. Iniciar o Instalador em ARM 5.1.1. Iniciar com TFTP 5.1.2. Iniciar a partir de CD-ROM 5.2. Parâmetros de Arranque 5.2.1. Parâmetros de instalação Debian 5.3. Diagnosticar Problemas no Processo de Instalação 5.3.1. Configuração de arranque 5.3.2. Interpretar as mensagens de arranque do kernel 5.3.3. Relatório de Erros 5.3.4. Submeter Relatórios de Instalação 6. Utilizar o Instalador Debian 6.1. Como Funciona o Instalador 6.2. Introdução de Componentes 6.3. Utilizar Componentes Individuais 6.3.1. Preparar o Instalador Debian e a Configuração de Hardware 6.3.2. Particionar e Escolher os Pontos de Montagem 6.3.3. Instalar o Sistema Base 6.3.4. Tornar o Sistema Iniciável 6.3.5. Finalizar a Primeira Etapa 6.3.6. Miscelânea 7. A Iniciar O Seu Novo Sistema Debian 7.1. O Momento da Verdade 7.2. Configuração para depois da inicialização (Base) do Debian 7.2.1. Configurar O Seu Fuso Horário 7.2.2. Definir Utilizadores E Palavras Passe 7.2.3. A Configurar o PPP 7.2.4. A Configurar o APT 7.2.5. Instalação de Pacotes 7.2.6. Perguntas Durante a Instalação do Software 7.2.7. Configurar o Mail Transport Agent 7.3. Log In 8. Próximos Passos e Onde Ir a Partir Daqui 8.1. Se Você é Novo em Unix 8.2. Oriente-se Para Debian 8.2.1. Sistema de Pacotes Debian 8.2.2. Aplicação de Gestão de Versões 8.2.3. Gestão dos Cron Jobs 8.3. Leitura e Informação Adicional 8.4. Compilando um Novo Kernel 8.4.1. Gestão das Imagens dos Kernel A. Howto de Instalação A.1. Preliminares A.2. Iniciar o instalador A.2.1. CDROM A.2.2. Iniciar a partir da rede A.2.3. Iniciar de disco rígido A.3. Instalação A.4. Envie-nos um relatório de instalação A.5. E finalmente.. B. Particionar para Debian B.1. Decidir o Tamanho e Partições do Debian B.2. A Árvore de Directórios B.3. Esquema Recomendado de Particionamento B.4. Nomes de Dispositivos em Linux B.5. Programas de Particionamento Debian C. Miscelânea C.1. Exemplo de Ficheiro de Pré-configuração C.2. Dispositivos em Linux C.2.1. Preparando o Seu Rato C.3. Espaço em Disco Necessário para Tarefas C.4. Instalar Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux C.4.1. Começar C.4.2. Instalar debootstrap C.4.3. Corra debootstrap C.4.4. Configurar o Sistema Base C.4.5. Instalar um Kernel C.4.6. Configurar o Boot Loader D. Administrivia D.1. Acerca deste Documento D.2. Contribuir para este documento D.3. Maiores Contribuições D.4. Reconhecimento de Marcas Registadas E. GNU General Public License E.1. Preâmbulo E.2. GNU GENERAL PUBLIC LICENSE E.3. Como Aplicar Estes Termos Aos Seus novos Programas Lista de Tabelas 3.1. Informação Necessária Sobre Hardware para uma Instalação 3.2. Requisitos Mínimos de Sistema Recomendados Instalar Debian GNU/Linux 3.1 para arm Nós estamos deliciados que você tenha decidido experimentar Debian, e temos a certeza que você vai achar a distribuição Debian GNU/Linux única. Debian GNU/ Linux junta software livre de alta qualidade de todo o mundo, integrando-o com um todo coerente. Nós acreditamos que você vai achar que o resultado é verdadeiramente mais que a soma das partes. Nós sabemos que muitos de vocês desejam instalar Debian sem ler este manual, e o instalador Debian foi desenhado para isso ser possível. Se você não tem tempo de ler agora todo o Guia de Instalação, nós recomendamos que leia o Howto de Instalação, que o irá guiar através do processo básico de instalação, e ligações para o manual para tópicos mais avançados ou para quando as coisas correrem mal. O Howto de Instalação pode ser encontrado no Apêndice A, Howto de Instalação. Com isto dito, nós desejamos que você tenha tempo para ler a maior parte deste manual, e ao fazê-lo irá levá-lo a uma experiência de instalação mais informada e provavelmente com maior sucesso. Capítulo 1. Bem-vindo a Debian Índice 1.1. O que é Debian? 1.2. O que é GNU/Linux? 1.3. O que é Debian GNU/Linux? 1.4. Obter Debian 1.5. Obter a Versão Mais Recente Deste Documento 1.6. Organização Deste Documento 1.7. Acerca de Direitos de Cópia e Licenças de Software Este capítulo pretende dar a conhecer, de uma forma geral, o Debian Project e Debian GNU/Linux. Se já conhece a história do Debian Project e a distribuição Debian GNU/Linux, pode tomar a liberdade de avançar para o próximo capítulo. 1.1. O que é Debian? Debian é uma organização exclusivamente de voluntários dedicada ao desenvolvimento de software livre e a promover os ideais da Free Software Foundation. O Debian Project começou em 1993, quando Ian Murdock lançou um convite aberto a programadores de software para contribuírem para uma distribuição de software completa e coerente baseada no relativamente novo kernel Linux. Esse relativamente pequeno grupo de entusiastas dedicados, originalmente com fundos da Free Software Foundation e influenciados pela filosofia GNU, cresceu com o passar dos anos para uma organização com cerca de 900 Debian Developers. Os Debian Developers estão envolvidos numa série de actividades, incluindo a administração do site Web e do arquivo FTP, design gráfico, análise legal de licenças de software, escrever documentação, e, claro, manter pacotes de software. No interesse de comunicar a nossa filosofia e atrair developers que acreditem nos princípios que Debian defende, o Debian Project publicou uma série de documentos que sublinham os nossos valores e servem de guia ao que significa ser um Debian Developer: * O Debian Social Contract é um comunicado do que Debian se compromete perante a comunidade de software livre. Quem quer que aceite seguir o Social Contract pode tornar-se um maintainer. Qualquer maintainer pode introduzir novo software em Debian -- desde que o software siga os nossos critérios acerca de ser livre, e o pacote siga os nossos standards de qualidade. * As Debian Free Software Guidelines são uma afirmação clara e concisa acerca dos critérios de Debian para o software livre. A DFSG é um documento muito influente no movimento de software livre, e foi a fundação para a The Open Source Definition. * O Debian Policy Manual é uma especificação extensiva dos standards de qualidade do Debian Project. Os Debian Developers também estão envolvidos num número de outros projectos; alguns específicos de Debian, outros envolvendo alguma ou toda a comunidade Linux. Alguns exemplos incluem: * A Linux Standard Base (LSB) é um projecto orientado para a estandardização do sistema básico GNU/Linux, a qual permite a outros criadores de software e de hardware facilmente desenhar programas e controladores de dispositivos para Linux em geral, em vez de o fazerem para uma distribuição específica de GNU/Linux. * O Filesystem Hierarchy Standard (FHS) é um esforço para estandardizar a organização do sistema de ficheiros em Linux. O FHS vai permitir aos criadores de software concentrarem os seus esforços em problemas de design, sem terem de se preocupar como o pacote irá ser instalado nas diferentes distribuições de GNU/Linux. * Debian Jr. é um projecto interno, que se destina a assegurar que Debian tem algo a oferecer aos nossos utilizadores mais novos. Para mais informações gerais sobre Debian, veja o Debian FAQ. 1.2. O que é GNU/Linux? Linux é um sistema operativo: uma série de programas que o deixam interagir com o seu computador e correr outros programas. O seu sistema operativo consiste em vários programas fundamentais que são necessários ao seu computador de modo a que possa comunicar e receber instruções dos utilizadores; ler e escrever dados em discos rígidos, tapes, e impressoras; controlar a utilização da memória; e correr outro software. A parte mais importante de um sistema operativo é o kernel. Num sistema GNU/ Linux, o componente do kernel é o Linux. O resto do sistema consiste noutros programas, muitos dos quais escritos por ou para o GNU Project. Por o kernel sozinho não formar um sistema operativo utilizável, nós preferimos utilizar o termo "GNU/Linux" para nos referirmos aos sistemas a que muitas pessoas vulgarmente chamam de "Linux". Linux rwm como modelo o sistema operativo Unix. Desde o inicio, Linux foi desenhado para ser um sistema multi-tarefa, multi-utilizador. Estes factos são suficientes para tornar Linux diferente de outros sistemas operativos bem conhecidos. No entanto, Linux é mesmo mais diferente do que você possa imaginar. Em contraste com outros sistemas operativos, ninguém é dono de Linux. Muito do seu desenvolvimento é feito por voluntários não pagos. O desenvolvimento do que mais tarde se tornou GNU/Linux começou em 1984, quando a Free Software Foundation iniciou o desenvolvimento de um sistema operativo livre, ao estilo Unix, chamado GNU. O GNU Project desenvolveu uma extensa lista de ferramentas de software livre para utilizar com Unix (tm) e sistemas operativos do tipo Unix como o Linux. Estas ferramentas permitem aos utilizadores executar tarefas que vão desde o mundano (como copiar ou remover ficheiros do sistema) ao arcano (como escrever e compilar programas ou editar de forma sofisticada numa variedade de formatos de documentos). Enquanto que muitos grupos e indivíduos contribuíram para GNU/Linux, o maior contribuidor individual continua a ser a Free Software Foundation, que criou não só a maioria das ferramentas utilizadas em GNU/Linux, mas também a filosofia e a comunidade que tornaram GNU/Linux possível. O kernel Linux apareceu pela primeira vez em 1991, quando um estudante Finlandês de ciência computacional anunciou uma versão prévia de um kernel de substituto para o Minix num newsgroup Usenet comp.os.minix. Veja a Linux History Page da Linux International. Linus Torvalds continua a coordenar o trabalho de várias centenas de programadores com a ajuda de alguns ajudantes de confiança. Um excelente sumário semanal das discussões na mailing list linux-kernel é o Kernel Traffic. Mais informação acerca da mailing list linux-kernel pode ser encontrada no linux-kernel mailing list FAQ. Os utilizadores de GNU/Linux têm uma imensa liberdade de escolha no seu software. Por exemplo, utilizadores de GNU/Linux podem escolher de entre uma dúzia de shells de linha de comandos e vários ambientes gráficos. Esta selecção é muitas vezes confusa para os utilizadores de outros sistemas operativos, que não estão habituados a pensarem na linha de comandos ou no ambiente de trabalho em algo que possam substituir. É também menos provável que Linux bloqueie, que corra melhor mais de um programa ao mesmo tempo, e mais seguro que muitos sistemas operativos. Com estas vantagens, Linux é o sistema operativo que cresce mais rapidamente no mercado de servidores. Mais recentemente, Linux passou a ser popular entre os utilizadores domésticos e empresariais. 1.3. O que é Debian GNU/Linux? A combinação da filosofia e metodologia Debian e as ferramentas GNU, o kernel Linux, e outro importante software livre, formam uma distribuição de software única chamada Debian GNU/Linux. Esta distribuição é feita de um grande número de pacotes de software. Cada pacote da distribuição contém executáveis, scripts, documentação, e informação de configuração, e tem um maintainer que é o primeiro responsável por manter o pacote actualizado, perseguir relatórios de bugs, e comunicar com o(s) autor(es) do software original do pacote. A nossa extremamente grande base de utilizadores, combinada com o nosso sistema de seguimento de bugs assegura que os problemas são encontrados e resolvidos rapidamente. A atenção de Debian para os detalhes permite-nos produzir uma distribuição de alta qualidade, estável e escalável. As instalações podem ser facilmente configuradas para servirem vários papéis, desde firewalls dedicadas a ambientes de trabalho de estações de trabalho científico a servidores de rede de elevada gama. Debian é especialmente popular entre utilizadores mais avançados devido à sua excelência técnica e ao seu profundo compromisso com as necessidades e expectativas da comunidade Linux. Debian também introduziu muitas funcionalidade a Linux que agora são lugar-comum. Por exemplo, Debian foi a primeira distribuição a incluir um sistema de gestão de pacotes para fácil instalação e remoção de software. Foi também a primeira distribuição de Linux a poder ser substituída por uma versão mais recente sem necessitar de reinstalação. Debian continua a ser líder no desenvolvimento de Linux. O seu processo de desenvolvimento é um exemplo de como pode o modelo de desenvolvimento Open Source funcionar bem -- mesmo para tarefas muito complexas tais como construir e manter um sistema operativo completo. A funcionalidade que mais distingue Debian de outras distribuições de Linux é o sistema de gestão de pacotes. Estas ferramentas dão ao administrador de um sistema Debian o controlo completo sobre os pacotes instalados nesse sistema, incluindo a possibilidade de instalar um único pacote ou actualizar automaticamente todo o sistema operativo. Pacotes individuais podem também ser protegidos para não serem actualizados. Você pode mesmo dizer ao sistema de gestão de pacotes que software compilou você mesmo e que dependências satisfaz. Para proteger o seu sistema contra "Cavalos de Tróia" e outro software malévolo, os servidores Debian verificam se os pacotes lá colocados provêm dos seus maintainers Debian registados. Os empacotadores Debian também têm bastante cuidado a configurar os seus pacotes de uma forma segura. Quando aparecem problemas de segurança em pacotes lançados, as correcções geralmente estão disponíveis muito rapidamente. Com a simplicidade das opções de actualização, as correcções de segurança podem ser obtidas e instaladas automaticamente a partir da Internet. O principal, e melhor, método para obter suporte para o seu sistema Debian GNU/ Linux é comunicar com Debian Developers através das muitas mailing lists mantidas pelo Debian Project (existem mais de 160 quando isto foi escrito). A forma mais fácil de subscrever uma ou mais destas mailing lists é visitar a página de subscrição de mailing lists Debian e preencher o formulário que vai lá encontrar. 1.4. Obter Debian Para informação de como fazer o download de Debian GNU/Linux através da Internet ou ainda para saber onde pode comprar os CDs Debian oficiais, veja a página da distribuição. A lista de mirrors Debian contém a lista completa dos mirrors Debian oficiais para que possa facilmente encontrar o mais próximo de si. Debian pode ser facilmente actualizado após a sua instalação. O próprio procedimento de instalação vai ajudar a configurar o sistema para que, caso seja necessário, possam ser feitas essas mesmas actualizações após a instalação estar completa. 1.5. Obter a Versão Mais Recente Deste Documento Este documento está constantemente a ser revisto. Assegure-se de que verifica as páginas de Debian 3.1 para verificar a existência de informação de última hora acerca do lançamento do sistema Debian GNU/Linux 3.1. Versões mais actualizadas deste manual estão também disponíveis nas páginas do Manual de Instalação oficial. 1.6. Organização Deste Documento Este documento tem o propósito de servir como um manual para os que utilizam Debian pela primeira vez. Tenta fazer o mínimo de suposições quanto possível acerca do seu nível de conhecimentos. No entanto, nós assumimos que você tem um bom entendimento geral acerca de como trabalha o hardware no seu computador. Os utilizadores mais experientes podem também encontrar uma interessante referência de informação neste documento, incluindo os tamanhos para a instalação minima, detalhes acerca do hardware suportado pelo sistema de instalação Debian, e etc. Nós encorajamos os nossos utilizadores avançados a dar uma vista de olhos neste documento. Genericamente, este manual está disposto numa forma linear, acompanhando-o ao longo do processo de instalação desde o início até ao fim. Aqui estão as etapas da instalação de Debian GNU/Linux, e as secções deste documento relacionadas com cada etapa: 1. Determinar se o seu hardware cumpre os requisitos para utilizar o sistema de instalação, no Capítulo 2, Requisitos do Sistema. 2. Fazer cópias de segurança do seu sistema, executar o planeamento e configuração de hardware necessário antes de instalar Debian, no Capítulo 3, Antes de Instalar Debian GNU/Linux. Se você estiver a preparar um sistema multi-boot, pode necessitar de criar espaço particionável no seu disco rígido para ser utilizado por Debian. 3. No Capítulo 4, Obter o Meio de Instalação do Sistema, você irá obter os ficheiros necessários para o seu método da instalação. 4. Capítulo 5, Iniciar a Instalação do sistema descreve o arranque para o sistema de instalação. Este capítulo também discute procedimentos no caso de problemas com esta etapa. 5. Fazer a instalação de acordo com o Capítulo 6, Utilizar o Instalador Debian . Isto envolve escolher o seu idioma, configurar módulos de controladores de periféricos, configurar a ligação de rede, de modo que os restantes ficheiros de instalação possam ser obtidos directamente de um servidor Debian (isto se não estiver a instalar por CD), particionar os seus discos rígidos e instalar um sistema minimamente funcional. (Algumas noções de como fazer o particionamento no sistema Debian são explicadas no Apêndice B, Particionar para Debian.) 6. Arrancar para o seu sistema base acabado de instalar e correr uma série de tarefas de configuração adicionais, a partir do Capítulo 7, A Iniciar O Seu Novo Sistema Debian. 7. Instalar software adicional com a Secção 7.2.5, "Instalação de Pacotes". Assim que tiver o seu sistema instalado, você pode ler o Capítulo 8, Próximos Passos e Onde Ir a Partir Daqui. Esse capítulo explica onde pode encontrar mais informações acerca de Debian e de Unix, e como substituir o seu kernel. Finalmente, informação acerca deste documento e de como contribuir para ele pode ser encontrada no Apêndice D, Administrivia. 1.7. Acerca de Direitos de Cópia e Licenças de Software Nós temos a certeza que você já leu algumas das licenças que vêm com a maioria do software comercializado -- estas geralmente dizem que você só pode utilizar uma cópia do software num único computador. A licença deste sistema não é mesmo nada como essas. Nós encorajamo-lo a colocar uma cópia em cada computador da sua escola ou local de trabalho. Empreste o meio de instalação aos seus amigos e ajude-os a instalar nos seus computadores! Você pode mesmo fazer milhares de cópias e vendê-las-- embora com algumas restrições. A sua liberdade de instalar e utilizar o sistema vem directamente de Debian ser baseado em software livre. Chamar ao software livre não significa que o software não tem direitos de cópia, e não significa que os CDs que contêm o software tenham de ser distribuídos sem encargos. Software livre, em parte, significa que as licenças dos programas individuais não necessitam que você pague pelo privilégio de distribuir e correr esses programas. Software livre também significa que qualquer um pode estender, adaptar, e modificar o software, mas eles podem também distribuir os resultados do seu trabalho. Nota O projecto Debian, como concessão pragmática aos seus utilizadores, torna disponíveis alguns pacotes que não preenchem os nossos critérios para serem livres. Esses pacotes não são parte da distribuição oficial, no entanto, estão apenas disponíveis das áreas contrib ou non-free dos mirrors Debian ou em CDs de terceiros; veja o Debian FAQ, sob "os arquivos FTP de Debian", para mais informação acerca da disposição e conteúdo dos arquivos. Muitos dos programas no sistema são licenciados sob a GNU General Public License, muitas vezes referida como a "GPL". A GPL requer que você torne o código fonte dos programas disponível quando você distribuir uma cópia do binário do programa; essa medida da licença assegura que qualquer utilizador possa modificar o software. Devido a esta medida, o código fonte ^[1] para todos esses programas estão disponíveis no sistema Debian. Existem algumas outras formas de afirmação de direitos de cópia e licenças de software utilizadas nos programas em Debian. Você pode encontrar os direitos de cópia e licenças para cada pacote instalado no seu sistema simplesmente vendo o ficheiro /usr/share/doc/nome-do-pacote/copyright depois de instalar um pacote no seu sistema. Para mais informação acerca das licenças e de como Debian determina se o software é suficientemente livre para ser incluído na distribuição principal, veja as Debian Free Software Guidelines. O aviso legal mais importante é que o software vem sem nenhuma garantia. Os programadores que criaram este software fizeram-no em benefício da comunidade. Nenhumas garantias são feitas acerca da adequação do software para um determinado propósito. No entanto, como o software é livre, você está autorizado a modificar o software para adaptá-lo às suas necessidades -- e para gozar dos benefícios das alterações feitas por outros que estenderam o software dessa forma. -------------- ^[1] Para informação acerca de como localizar, desempacotar, e construir binários a partir de pacotes Debian de código fonte, veja o Debian FAQ, sob "Basics of the Debian Package Management System". Capítulo 2. Requisitos do Sistema Índice 2.1. Hardware Suportado 2.1.1. Arquitecturas Suportadas 2.1.2. Suporte de Processadores, Placas principais e de Vídeo 2.1.3. Placa Gráfica 2.2. Meios de Instalação 2.2.1. CD-ROM/DVD-ROM 2.2.2. Disco Rígido 2.2.3. Rede 2.2.4. Un*x ou sistema GNU 2.2.5. Sistemas de Armazenamento Suportados 2.3. Periféricos e Outro Hardware 2.4. Comprar Hardware Especificamente para GNU/Linux 2.4.1. Evitar Hardware Fechado ou Proprietário. 2.4.2. RAM de Paridade Falsa ou "Virtual" 2.5. Requisitos de Memória e de Espaço em Disco 2.6. Hardware Para Ligação em Rede Esta secção contém informação acerca de que hardware é necessário para se iniciar com Debian. Irá também encontrar links para mais informações acerca do hardware suportado por GNU e Linux. 2.1. Hardware Suportado O Debian não impõe requisitos de hardware para além do que é requerido pelo kernel Linux e pelas ferramentas GNU. Por isso qualquer arquitectura ou plataforma para a qual tenha sido portado o kernel Linux, libc, gcc, etc. e para o qual exista um port de Debian, pode correr Debian. Para mais detalhes de sistema com a arquitectura ARM que tenham sido testados com Debian por favor veja as páginas dos Ports em http://www.debian.org/ports/arm/. Em vez de tentar descrever todas a configurações de hardware que são suportadas por ARM, esta secção contém informação geral e indicações de onde se pode encontrar informação adicional. 2.1.1. Arquitecturas Suportadas Debian 3.1 suporta onze arquitecturas de maior relevo e várias variações de cada arquitectura conhecidas por "flavors". +-----------------------------------------------------------------------------+ | Arquitectura | Designação | Sub-arquitectura | Flavor | | | Debian | | | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | | |vanilla | |Baseado em Intel | | |------------| |x86 |i386 |  |speakup | | | | |------------| | | | |linux26 | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | |Atari |atari | | | |----------------------------+------------| | | |Amiga |amiga | | | |----------------------------+------------| | | |68k Macintosh |mac | |Motorola 680x0 |m68k |----------------------------+------------| | | | |bvme6000 | | | | |------------| | | |VME |mvme147 | | | | |------------| | | | |mvme16x | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| |DEC Alpha |alpha |  |  | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | | |sun4cdm | |Sun SPARC |sparc |  |------------| | | | |sun4u | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | | |netwinder | | | | |------------| | | | |riscpc | |ARM e StrongARM |arm |  |------------| | | | |shark | | | | |------------| | | | |lart | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | |CHRP |chrp | | | |----------------------------+------------| |IBM/Motorola | |PowerMac |pmac | |PowerPC |powerpc |----------------------------+------------| | | |PReP |prep | | | |----------------------------+------------| | | |APUS |apus | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | |PA-RISC 1.1 |32 | |HP PA-RISC |hppa |----------------------------+------------| | | |PA-RISC 2.0 |64 | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| |Baseado em Intel |ia64 |  |  | |ia64 | | | | |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | | |r4k-ip22 | | | |SGI Indy/Indigo 2 |------------| |MIPS (big endian) |mips | |r5k-ip22 | | | |----------------------------+------------| | | |Broadcom BCM91250A (SWARM) |sb1-swarm-bn| |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | |Cobalt |cobalt | | | |----------------------------+------------| |MIPS (little | | |r4k-kn04 | |endian) |mipsel |DECstation |------------| | | | |r3k-kn02 | | | |----------------------------+------------| | | |Broadcom BCM91250A (SWARM) |sb1-swarm-bn| |-------------------+---------------+----------------------------+------------| | | |IPL a partir de VM-reader e |generic | |IBM S/390 |s390 |DASD | | | | |----------------------------+------------| | | |IPL a partir de tape |tape | +-----------------------------------------------------------------------------+ Este documento aborda a instalação na arquitectura ARM. Se está á procura de informação acerca de qualquer uma das outras arquitecturas suportadas por Debian veja a página das Conversões Debian. 2.1.2. Suporte de Processadores, Placas principais e de Vídeo Cada arquitectura ARM distinta necessita do seu próprio kernel. Devido a isso a distribuição Debian standard apenas suporta a instalação num certo número de sistemas mais comuns. A userland do Debian pode ser utilizada por qualquer processador ARM incluído o xscale. A maioria dos processadores ARM podem correr em qualquer modo endian (big ou little)). No entanto quase todas as implementações de sistema actualmente usam o modo little-endian. O Debian actualmente apenas suporta sistemas ARM little-endian. Os sistemas comuns suportados são Netwinder Este é na verdade o nome de um grupo de máquinas baseadas no processador CPU StrongArm 110 e na Northbridge Intel 21285. Inclui máquinas como as: Netwinder (possivelmente um dos sistemas ARM mais comuns), CATS (também conhecido como o EB110ATX), EBSA 285 e o servidor pessoal Compaq (cps, também conhecido por skiff). Bast Esta é uma moderna placa ARM 920 com um processador Samsung a 266MHZ. Tem integrado IDE, USB, portas Série e Paralela, áudio, vídeo, flash e duas portas ethernet. Este sistema tem um bom bootloader que também se encontra nos sistemas CATS e Riscstation. RiscPC Esta máquina é o mais antigo hardware suportado. Foi lançado em 1994. Tem o Risc OS na ROM, Linux pode ser iniciado a partir desse SO utilizando o linloader. O RiscPC tem uma placa de CPU modular que tipicamente inclui um processador 610 a 30MHz, 710 a 40MHz ou um StrongARM 110 a 233Mhz. A placa principal tem integrado IDE, Vídeo SVGA, porta paralela, uma única porta série, teclado PS/2 e uma porta proprietária para o rato. O módulo de expansão proprietário permite serem instaladas até 8 placas de expansão, dependendo da configuração, tendo vários desses módulos drivers em Linux. Riscstation Esta é uma máquina de baixo custo baseada num 7500FE a 56MHz com vídeo integrado, IDE, teclado e rato PS/2 e duas portas série. A falta de poder de processamento é pelo seu baixo preço. Pode ser encontrada em duas configurações, uma com o RISC OS e outra com um bootloader básico. LART Esta é uma plataforma aberta de hardware modular concebida para ser construída por entusiastas. Para ser útil na instalação de Debian precisa da sua placa de expansão KSB. 2.1.3. Placa Gráfica O suporte Debian para placas gráficas é determinado sob o suporte existente no sistema X11 da XFree86. A maioria das placas de vídeo AGP, PCI e PCIe trabalham com XFree86. Detalhes sobre barramentos gráficos, placas, monitores e dispositivos apontadores suportados podem ser encontrados em http:// www.xfree86.org/. Debian 3.1 vem com XFree86 versão 4.3.0. 2.2. Meios de Instalação Esta secção vai ajuda-lo a determinar qual dos meios disponíveis pode utilizar para instalar Debian. Por exemplo, se tem uma drive de disquetes pode a utilizar para instalar Debian. Existe todo um capítulo dedicado aos meios de instalação, Capítulo 4, Obter o Meio de Instalação do Sistema, que lista as vantagens e desvantagem de cada meio. Pode querer mais tarde querer voltar a esta página quando chegar a essa secção. 2.2.1. CD-ROM/DVD-ROM Nota Cada vez que vir "CD-ROM" neste manual, aplica-se tanto a CD-ROMs como a DVD-ROMs, porque ambas as tecnologias, do ponto de vista do sistema operativo, são o mesmo, excepto no caso de drives muito antigas e não standard que não são nem SCSI nem IDE/ATAPI. A instalação baseada em CD-ROM é suportada em algumas arquitecturas. Em máquinas que suportem o arranque a partir de CD-ROMs, poderá fazer uma instalação completa sem disquetes . Mesmo que o seu sistema não suporte o arranque a partir de CD-ROM, pode usar o CD-ROM em conjunção com as outras técnicas para instalar o seu sistema, assim que tiver arrancado por outros meios; veja o Capítulo 5, Iniciar a Instalação do sistema. Os CD-ROMs IDE/ATAPI são suportados em todas as máquinas ARM. Nos RiscPCs os CD-ROMs SCSI também são suportados. 2.2.2. Disco Rígido Arrancar o sistema de instalação directamente do disco rígido é outra hipótese em muitas arquitecturas. Isto irá requerer que outro sistema operativo carregue o instalador para o disco rígido. 2.2.3. Rede Pode também arrancar o seu sistema através de rede. A instalação sem recurso a disco, utilizando arranque de rede numa rede local e montando todos os sistemas de ficheiros locais em NFS é outra opção. Depois do kernel do sistema operativo estar instalado, pode instalar o resto do sistema através de algum tipo de ligação de rede (incluído PPP depois da instalação do sistema base), via FTP ou HTTP. 2.2.4. Un*x ou sistema GNU Se estiver a correr outro sistema de tipo UNIX, você pode utiliza-lo para instalar Debian GNU/Linux sem precisar usar o debian-installer descrito no resto do manual. Este tipo de instalação pode ser útil para utilizadores com hardware que não é suportado de outra forma ou em sistemas que não se podem dar ao luxo de estarem em baixo. Se está interessado nesta técnica, veja a Secção C.4, "Instalar Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux". 2.2.5. Sistemas de Armazenamento Suportados Os discos de arranque Debian incluem um kernel que foi construído para maximizar o número de sistemas onde pode correr. Infelizmente isso resulta num kernel maior, que inclui muitos drivers que não serão utilizados na sua máquina (veja a Secção 8.4, "Compilando um Novo Kernel" para aprender a construir o seu próprio kernel). Suporte para o maior número possível de hardware é geralmente desejável, isto para que Debian possa ser instalado no leque mais variado possível de hardware. 2.3. Periféricos e Outro Hardware Linux suporta uma grande variedade de dispositivos de hardware como ratos, impressoras, scanners, dispositivos PCMIA e USB. No entanto a maior parte destes dispositivos não são necessários durante a instalação do sistema. 2.4. Comprar Hardware Especificamente para GNU/Linux Existem diversos fabricantes que lançam sistemas com Debian ou outras distribuições de GNU/Linux pré-instalado. Poderá ter que pagar mais pelo privilégio, mas, pelo menos compra alguma paz de espírito, dado que terá a certeza que o seu hardware é bem suportado por GNU/Linux. Quer esteja a comprar um sistema com Linux já incluído, ou mesmo um sistema usado, é importante que verifique se o seu hardware é suportado pelo kernel Linux. Veja se o seu hardware esta listado na referência mencionada anteriormente. Não se esqueça de mencionar ao vendedor (se existir) que está a comprar uma máquina para utilizar com Linux. Suporte comerciantes de hardware amigáveis para com Linux. 2.4.1. Evitar Hardware Fechado ou Proprietário. Alguns fabricantes de hardware simplesmente não nos dizem como escrever drivers para o seu hardware. Outros não nos permitem aceder a documentação sem assinar um contracto de não divulgação que nos impediria de divulgar o código fonte de Linux. Dado que não nos é dado acesso á documentação desses dispositivos, estes simplesmente não poderão trabalhar em Linux. Pode ajudar por pedindo aos fabricantes desse tipo de hardware para divulgar a documentação. Se pessoas suficientes pedirem eles acabarão por se aperceber que a comunidade de software livre é um mercado importante. 2.4.2. RAM de Paridade Falsa ou "Virtual" Se pedir RAM com paridade numa loja de informática, provavelmente vai obter memória de paridade virtual. SIMMs de paridade virtual podem ser (quase sempre) distinguidas por terem um chip a mais que os SIMMs que não tem Paridade, e que esse chip é mais pequeno que os demais. Os SIMMs de paridade virtual trabalham exactamente como os que não têm paridade. Eles não conseguem dizer quando existe um erro como os SIMMs de verdadeira paridade fazem numa motherboard que implemente paridade. Nunca pague mais por uma memória de paridade virtual do que uma não tenha paridade. Espere pagar por um SIMMs de verdadeira paridade, porque na verdade estará a comprar um bit de memória extra por cada 8 bits. Se quer informação completa nas questões de RAM em ARM, e qual a melhor RAM a comprar, veja a FAQ de Hardware de PC." 2.5. Requisitos de Memória e de Espaço em Disco Tem de ter um mínimo de 32MB de memória e um mínimo de 110MB de espaço em disco rígido. Para uma instalação mínima baseada em consola (todos os pacotes standard) são necessários 250MB. Se quiser instalar uma razoável quantidade de software, incluindo o Sistema de Janelas X, e alguns programas de desenvolvimento e bibliotecas, precisará de, no mínimo, de 400MB. Para um sistema de desktop mais ou menos completo, necessitará de alguns gigabytes. 2.6. Hardware Para Ligação em Rede As placas de rede mencionadas de seguida são suportadas directamente pelo disco de arranque no NetWinder e maquinas CATS: * PCI-based NE2000 * DECchip Tulip As placas de redes mencionadas de seguida são suportadas directamente pelo disco de arranque nos RiscPCs * Ether1 * Ether3 * EtherH Se a sua placa é mencionada nas listas acima, a completa instalação podes ser levada a cabo pela rede sem necessidade de CD ROMs ou disquetes. Qualquer outra placa de rede (NIC) suportada pelo kernel Linux deverá também ser suportada pelos discos de arranque. Poderá precisar de carregar o driver de rede como módulo. Isto significa que terá de instalar o kernel e módulos do sistema operativo usando algum outro meio. Capítulo 3. Antes de Instalar Debian GNU/Linux Índice 3.1. Vista Geral do Processo de Instalação 3.2. Salvaguardar os Seus Dados Existentes! 3.3. Informação Que Vai Necessitar 3.3.1. Documentação 3.3.2. Encontrar Fontes de Informação de Hardware 3.3.3. Compatibilidade de Hardware 3.3.4. Configurações de rede 3.4. Reunir os Requisitos Mínimos de Hardware 3.5. Pré-Particionamento para sistemas Multi-Boot 3.6. Pré-Instalação do Hardware e Configuração do Sistema Operativo 3.6.1. Assuntos de Hardware Para Estar Atento Este capítulo trata da preparação para instalar o Debian antes mesmo de iniciar o instalador. Isto inclui salvaguardar os seus dados e recolher informação sobre o seu hardware, e localizar qualquer informação que seja necessária. 3.1. Vista Geral do Processo de Instalação Primeiro, apenas uma nota sobre re-instalações. Com debian, a circunstância em que você necessita de uma reinstalação completa do seu sistema é muito rara; talvez por falha mecânica do disco rígido na maior parte dos casos. Muitos sistemas operativos usuais podem necessitar de uma instalação completa quando ocorrem falhas críticas ou em actualizações para novas versões do SO. Mesmo quando não é necessária uma instalação completamente nova, muitas vezes os programas utilizados são reinstalados para funcionarem correctamente no novo SO. Em Debian GNU/Linux, é muito provável que o seu SO possa ser reparado em vez de ser substituído se as coisas correrem mal. As actualizações nunca precisam de uma instalação completa; Podem-se sempre fazer actualizações no local. E os programas são quase sempre compatíveis com as sucessivas versões do SO. Se uma nova versão do programa necessitar de software de suporte mais recente, o sistema de pacotes da Debian assegura-se que todo o software necessário é automaticamente identificado e instalado. O ponto é que, muito esforço tem sido empreendido para evitar a necessidade de reinstalação, por isso pense nisso como a sua última opção. O instalador não é projectado para se reinstalar sobre o sistema operativo já existente. Aqui está um roadmap para as etapas que você vai tomar durante o processo de instalação. 1. Salvaguardar todos os dados existentes ou documentos que estão no disco rígido onde está a planear instalar. 2. Recolher informação sobre o seu computador e qualquer documentação necessária, antes de começar com a instalação. 3. Criar espaço para partições para o Debian no seu disco rígido. 4. Localizar e/ou fazer o download do instalador e de alguns ficheiros de drivers específicos que a sua máquina necessite (excepto utilizadores do CD Debian). 5. Preparar tapes/disquetes/sticks USB de arranque, ou colocar ficheiros de arranque (a maior parte dos utilizadores do CD Debian conseguem iniciar automaticamente de um dos cds). 6. Arrancar a partir do instalador de sistema. 7. Seleccionar o idioma de instalação. 8. Activar a ligação de rede ethernet, se disponível. 9. Criar e montar as partições nas quais Debian vai ser instalado. 10. Visualizar o download/instalação/setup automático do sistema base. 11. Instalar um gestor de arranque que possa iniciar o Debian GNU/Linux e/ou o seu sistema existente. 12. Carregar o novo sistema instalado pela primeira vez, e fazer algumas configurações iniciais do sistema. 13. Instalar programas adicionais (tarefas e/ou pacotes), ao seu critério. Se tiver problemas durante a instalação, ajuda saber quais os pacotes que estão envolvidos em cada etapa. Introduzindo o actor principal do software em questão neste drama da instalação: O software instalador, debian-installer, é a principal preocupação deste manual. Ele detecta hardware e carrega os controladores apropriados, utiliza o dhcp-client para configurar a ligação de rede, e corre o debootstrap para instalar os pacotes da base do sistema. Muitos mais actores participam em pequenos papéis neste processo, mas o debian-installer já completou a sua tarefa quando você carrega o novo sistema pela primeira vez. Durante o carregamento do novo sistema base, o base-config supervisiona a criação de utilizadores, configura o fuso horário (através do tzsetup), e configura o sistema de instalação de pacotes (utilizando o apt-setup). Depois lança o tasksel que pode ser utilizado para seleccionar grandes grupos de programas relacionados, ou permite correr o aptitude que permite que se escolham individualmente os pacotes de software. Quando o debian-installer termina, antes do primeiro carregamento do sistema, tem apenas um sistema muito básico comandado por uma linha de comandos. O interface gráfico que mostra as janelas no seu monitor não será instalado a menos que você o seleccione durante as etapas finais da instalação, com o tasksel ou com o aptitude. É opcional porque muitos sistemas Debian GNU/Linux são servidores e não têm qualquer necessidade de ter um GUI para fazer o seu trabalho. Apenas fique alertado que o sistema X é completamente separado do debian-installer, e de facto é muito mais complicado. A instalação e a resolução de problemas do gestor de janelas X, não está no âmbito deste manual. 3.2. Salvaguardar os Seus Dados Existentes! Antes de você começar, certifique-se que salvaguarda cada ficheiro que está agora no seu sistema. Se esta é a primeira vez que um sistema operativo não-nativo está a ser instalado no teu computador, o mais provável é ter de reparticionar o seu disco rígido para disponibilizar espaço para Debian GNU/ Linux. Cada vez que particionar o seu disco, deve contar em perder tudo o que está no disco, independentemente do programa que está a utilizar para o fazer. Os programas utilizados na instalação são de confiança e a maioria tem anos de utilização; mas eles são bastante poderosos e um movimento em falso pode sair-lhe caro. Mesmo depois de salvaguardar tenha cuidado e pense nas suas respostas e acções. Dois minutos a pensar podem salvar horas de trabalho desnecessário. Se você está a criar um sistema com várias opções de arranque, certifique-se que tem a mão o meio de distribuição dos outros sistemas operativos instalados. Especialmente se reparticionar a sua drive de arranque, você pode descobrir que tem de reinstalar o gestor de arranque do seu sistema operativo, ou em muitos casos o sistema operativo em si e todos os ficheiros nas partições afectadas. 3.3. Informação Que Vai Necessitar 3.3.1. Documentação 3.3.1.1. Manual de Instalação Este documento que está a ler, que é a versão oficial do Guia de Instalação para o lançamento sarge de Debian; disponível em vários formatos e traduções. 3.3.1.2. Documentação de Hardware Muitas vezes contém informação útil sobre a configuração ou utilização do seu hardware. 3.3.2. Encontrar Fontes de Informação de Hardware Em muitos casos, o instalador poderá ser capaz de automaticamente detectar o seu hardware. Mas para estar preparado, nós recomendamos familiarizar-se com o seu hardware antes da instalação. Informação sobre o hardware pode ser reunida a partir de: * Os manuais que vêm com cada peça de hardware. * Os ecrãs da BIOS no seu computador. Você pode ver esses ecrãs quando inicia o seu computador pressionando uma combinação de teclas. Verifique o seu manual para a combinação. Muitas vezes, é a tecla Delete. * As caixas para cada peça de hardware. * Os comandos de sistema ou utilitários noutro sistema operativo, incluindo do gestor de ficheiros. Esta fonte é especialmente útil para informações acerca da RAM e memória do disco rígido. * O seu administrador de sistema ou o Fornecedor do Serviço de Internet (ISP). Estas fontes poderão dizer as definições que necessita para configurar a rede e o correio electrónico. Tabela 3.1. Informação Necessária Sobre Hardware para uma Instalação +-----------------------------------------------------------------------------+ | Hardware | Informação Que Pode Necessitar | |----------+------------------------------------------------------------------| | |Quantos você tem. | | |------------------------------------------------------------------| | |A sua ordem no sistema. | | |------------------------------------------------------------------| |Discos |Se são IDE ou SCSI (a maioria dos computadores usam IDE). | |Rígidos |------------------------------------------------------------------| | |Espaço livre disponível. | | |------------------------------------------------------------------| | |Partições. | | |------------------------------------------------------------------| | |Partições onde outros sistemas operativos estão instalados. | |----------+------------------------------------------------------------------| | |Modelo e Fabricante. | | |------------------------------------------------------------------| | |Resoluções suportadas. | | |------------------------------------------------------------------| | |Taxa de refrescamento horizontal. | |Monitor |------------------------------------------------------------------| | |Taxa de refrescamento vertical. | | |------------------------------------------------------------------| | |Profundidade da cor (número de cores) suportada. | | |------------------------------------------------------------------| | |Tamanho do ecrã. | |----------+------------------------------------------------------------------| | |Tipo: série, PS/2, ou USB. | | |------------------------------------------------------------------| | |Porta. | |Rato |------------------------------------------------------------------| | |Fabricante. | | |------------------------------------------------------------------| | |Número de botões. | |----------+------------------------------------------------------------------| | |Modelo e Fabricante. | |Rede |------------------------------------------------------------------| | |Tipo de adaptador. | |----------+------------------------------------------------------------------| | |Modelo e Fabricante. | |Impressora|------------------------------------------------------------------| | |Resoluções de impressão suportadas. | |----------+------------------------------------------------------------------| | |Modelo e Fabricante. | | |------------------------------------------------------------------| |Placa de |Vídeo RAM disponível. | |Vídeo |------------------------------------------------------------------| | |Resolução e profundidade de cor suportadas (devem ser verificadas | | |de acordo com as capacidades do seu monitor). | +-----------------------------------------------------------------------------+ 3.3.3. Compatibilidade de Hardware Muitas marcas de produtos funcionam sem problemas em Linux. Cada vez mais, o hardware para Linux está a melhorar diariamente. No entanto, Linux não suporta tantos tipos de hardware como alguns outros sistemas operativos. Pode-se verificar a compatibilidade de hardware fazendo: * Verificar as páginas web dos fabricantes acerca de novos controladores. * Visualizar páginas web e manuais procurando informação sobre emulação. Marcas menos conhecidas podem às vezes usar os controladores ou configurações de outras mais conhecidas. * Verificar a lista de compatibilidade de hardware para Linux em páginas web dedicadas à sua arquitectura. * Procurar na Internet pela experiência de outros utilizadores. 3.3.4. Configurações de rede Se o seu computador está ligado a uma rede 24 horas por dia ( i.e., uma ligação Ethernet ou ligação equivalente -- não uma ligação PPP), Você deve perguntar ao administrador da rede do sistema por esta informação. * O seu hostname (você poderá ser decidir à sua maneira). * O seu nome de domínio. * O endereço IP do seu computador. * A máscara de rede para utilizar na sua rede. * O endereço IP da gateway do sistema para onde o seu sistema deve ser encaminhado, se a sua rede tiver uma gateway. * O sistema na sua rede que você deverá utilizar como servidor DNS (Domain Name Service). Por outro lado, se o seu administrador diz que um servidor DHCP está disponível e é recomendado, então você não precisará desta informação porque o servidor DHCP poderá providenciar tudo isso directamente para o seu computador durante o processo de instalação. Se utiliza uma rede wireless, então deverá também identificar: * ESSID da sua rede wireless. * Chave de segurança WEP (Se aplicável). 3.4. Reunir os Requisitos Mínimos de Hardware Assim que juntar a informação sobre o hardware existente no seu computador, certifique-se que o seu hardware permite fazer o tipo de instalação que deseja. Dependendo das suas necessidades, pode conseguir com menos do que algum do hardware recomendado na tabela listada abaixo. No entanto, a maioria dos utilizadores arriscam-se a sair frustrados se ignorarem estas sugestões. Tabela 3.2. Requisitos Mínimos de Sistema Recomendados +----------------------------------------------+ |Tipo de Instalação| RAM |Disco Rígido | |------------------+-------------+-------------| |Sem desktop |24 megabytes |450 megabytes| |------------------+-------------+-------------| |Com Desktop |64 megabytes |1 gigabyte | |------------------+-------------+-------------| |Servidor |128 megabytes|4 gigabytes | +----------------------------------------------+ Aqui estão alguns exemplos de configuração de sistema comuns em Debian. Poderá ter uma ideia do espaço em disco usado por diversos grupos de programas usando a Secção C.3, "Espaço em Disco Necessário para Tarefas". Servidor Padrão Aqui está um perfil de pequeno servidor, útil para um servidor sem mais nada que não tem muitas das comodidades para os utilizadores da shell. Inclui um servidor de FTP, um servidor web, DNS, NIS, e POP. Para estes, 100MB de espaço de disco seria suficiente, e então só necessita de adicionar o espaço para todos os dados que irá servir. Desktop Uma máquina desktop padrão, incluindo o sistema de janelas X, um ambiente desktop completo, som, editores, etc. Poderá necessitar à volta de 2GB usando a tarefa de Desktop padrão, embora possa ser feito com menos. Trabalho de Consola Uma máquina mais dedicada a utilizadores, sem o sistema de janelas X ou aplicativos X. Possivelmente adequado para um computador portátil ou móvel. O tamanho ronda os 140MB. Developer A instalação do Desktop com todos os pacotes de desenvolvimento, tais como o Perl, C, C++, etc. O tamanho ronda os 475MB. Assumindo que você adiciona o X11 e alguns pacotes adicionais para outras necessidades, deverá planear cerca de 800MB para este tipo de máquina. Lembre-se de que estes tamanhos não incluem todos os outros conteúdos que podem ser normalmente encontrados, tais como ficheiros dos utilizadores, mail, e dados. É sempre melhor ser generoso ao considerar o espaço para os seus próprios ficheiros e dados. Notavelmente, a partição /var contém muita informação de estado específica de Debian além do seu conteúdo usual como "logs". Os ficheiros do dpkg (Com informação sobre todos os pacotes instalados) pode facilmente ocupar 20MB. Também, o apt-get põe na /var os pacotes a que é feito o download, antes de serem instalados. Normalmente deverá alocar pelo menos 100MB para a partição /var. 3.5. Pré-Particionamento para sistemas Multi-Boot Particionar o seu disco rígido refere-se simplesmente ao acto de dividir o seu disco em secções. Cada secção é então independente das outras. É de certa forma equivalente a pôr paredes dentro de uma casa; se colocar mobília num quarto não afecta qualquer outro quarto. Se você já tem um sistema operativo no seu sistema e quiser meter Linux no mesmo disco, vai necessitar de reparticionar o disco. Debian necessita das suas próprias partições no disco rígido. Não pode ser instalado em partições Windows ou MacOS. Pode ser possível partilhar algumas partições com outros sistemas Linux, mas isso não é coberto aqui. No mínimo necessita de uma partição dedicada para a raiz de Debian. Você pode encontrar informação acerca da sua configuração actual de partições utilizando um utilitário de particionamento para o seu actual sistema operativo, . As ferramentas de particionamento têm sempre um meio de mostrar as partições sem efectuar alterações. Regra geral, alterar uma partição já com um sistema de ficheiros nela irá destruir essa informação. Por isso deve sempre salvaguardar os seus dados antes de efectuar qualquer reparticionamento. Utilizando a analogia da casa, você provavelmente quer mover toda a mobília para fora do caminho antes de mudar uma parede, ou arrisca-se a destruí-la. Se o seu computador tem mais de um disco rígido, você pode querer dedicar um dos discos inteiramente a Debian. Se o fizer não necessita de particionar esse disco antes de iniciar o sistema de instalação; o programa de particionamento incluído no instalador pode lidar facilmente com essa tarefa. Se a sua máquina tem apenas um disco rígido, e se você desejar substituir completamente o sistema operativo actual por Debian GNU/Linux, pode também esperar para particionar como parte do processo de instalação (Secção 6.3.2.1, "Particionar os Seus Discos"), após ter arrancado com o sistema de instalação. No entanto isto só funciona se planear iniciar o instalador a partir de tapes, CD-ROM ou ficheiros numa máquina ligada. Considere: Se iniciar a partir de ficheiros no disco rígido, e se depois particionar esse mesmo disco dentro do sistema de instalação, e apagar os ficheiros para arranque, é melhor esperar que a instalação tenha sucesso à primeira vez. Neste caso, no mínimo, você deve ter meios alternativos de recuperar a sua máquina tal como os CDs ou tapes originais de instalação. Se a sua máquina já tem múltiplas partições, e pode ser disponibilizado espaço livre suficiente apagando e substituindo uma ou mais dessas, desse modo pode também esperar e utilizar o programa de particionamento do instalador de Debian. Você deve na mesma continuar a ler o material abaixo, porque podem ocorrer circunstâncias especiais tal como a ordem das partições existentes dentro do mapa de partições, que o obriguem a particionar antes de instalar. Se não for aplicável nenhum dos acima, você vai necessitar de particionar o seu disco rígido antes de começar a instalação para criar espaço particionável para Debian. Se algumas das partições pertencerem a outros sistemas operativos, você deve criar essas partições utilizando os programas nativos desses sistemas operativos. Nós recomendamos que você NÃO tente criar partições para Debian GNU /Linux utilizando utilitários de outro sistema operativo. Em vez disso, você deve apenas criar as partições do sistema operativo nativo com que deseja ficar. Se vai instalar mais do que um sistema operativo na mesma máquina, Você deve instalar todos os outros sistemas operativos antes de proceder com a instalação de Linux. As instalações de Windows e de outros SO podem tirar a possibilidade de iniciar Linux, ou encoraja-lo a reformatar as partições não-nativas. Você pode recuperar destas acções ou evita-las, mas instalar primeiro o sistema operativo nativo poupa-lhe trabalho. Se actualmente tem um disco rígido com uma partição (uma configuração usual para computadores desktop), e deseja ter multi-boot entre o sistema operativo nativo e Debian, você necessita de: 1. Salvaguardar tudo no computador. 2. Iniciar a partir do meio do instalador do sistema operativo nativo tal como CD-ROM ou tapes. 3. Utilizar as ferramentas de particionamento nativas para criar partições para o sistema nativo. Deixe uma partição para marcar o espaço ou espaço livre para Debian GNU/Linux. 4. Instalar o sistema operativo nativo na sua nova partição. 5. Arrancar de novo para o sistema nativo para verificar que está tudo OK, e fazer o download dos ficheiros de arranque do instalador de Debian. 6. Arrancar com o instalador de Debian para continuar a instalação de Debian. 3.6. Pré-Instalação do Hardware e Configuração do Sistema Operativo Esta secção vai leva-lo através da preparação do hardware da pré-instalação, se existir alguma, que você necessite fazer antes de instalar Debian. Normalmente isto envolve verificar e possivelmente alterar definições no firmware para o seu sistema. O "firmware" é o software mais importante utilizado pelo hardware; é o mais crítico invocado pelo processo de arranque (depois de o ligar). Também são sublinhados alguns casos conhecidos de hardware que afectam a estabilidade de Debian GNU/Linux no seu sistema. 3.6.1. Assuntos de Hardware Para Estar Atento Muitas pessoas tentaram utilizar o seu CPU de 90 MHz a 100 MHz, etc. Por vezes funciona, mas é sensível à temperatura e a outros factores e pode mesmo danificar o seu sistema. Um dos autores deste documento fez overclock ao seu sistema durante um ano, e depois o sistema começou a abortar o programa gcc com um sinal não esperado enquanto compilava o kernel do sistema operativo. Voltando a colocar a velocidade do CPU de volta ao normal resolveu o problema. O compilador gcc é muitas vezes a primeira coisa a sofrer devido a módulos de memória maus (ou outros problemas de hardware que modifiquem os dados inesperadamente) porque constrói grandes estruturas de dados que percorre repetidamente. Um erro nessas estruturas de dados irá causar a execução de uma instrução ilegal ou aceder a um endereço que não exista. O sintoma disto será o gcc morrer devido a um sinal não esperado. 3.6.1.1. Mais do que 64 MB RAM O Kernel Linux não consegue sempre detectar sempre a quantidade de RAM que você tem. Se é o seu caso por favor veja em Secção 5.2, "Parâmetros de Arranque". Capítulo 4. Obter o Meio de Instalação do Sistema Índice 4.1. Conjuntos Oficiais de CD-ROM's Debian GNU/Linux 4.2. Download dos Ficheiros a partir dos Mirrors Debian 4.2.1. Onde Encontrar Imagens de Instalação 4.3. Preparar Ficheiros para arranque pela Rede via TFTP 4.3.1. Configurar o servidor RARP 4.3.2. Configurar o servidor BOOTP 4.3.3. Configurar um servidor DHCP 4.3.4. Disponibilizar o Servidor TFTP 4.3.5. Mover Imagens TFTP Para o Lugar 4.4. Instalação Automática 4.4.1. Instalação Automática Utilizando o Instalador Debian 4.1. Conjuntos Oficiais de CD-ROM's Debian GNU/Linux A forma mais simples para se instalar o Debian GNU/Linux é de longe a partir de um conjunto de CD-ROM oficiais. Pode também comprar um conjunto de CDs a um vendedor (visite a página de vendedores de CDs). Também pode fazer o download das imagens a partir do mirror da Debian e fazer o seu próprio conjunto, se tiver uma ligação rápida à Internet e um gravador de CDs (para informações detalhadas visite a página de CDs Debian). Se tem um conjunto de CDs Debian e estes iniciam na sua máquina, pode saltar directamente para o Capítulo 5, Iniciar a Instalação do sistema; muito esforço tem sido dispendido para garantir que os ficheiros que a maioria das pessoas precisam estão presentes no CD. Embora o conjunto completo dos pacotes binários necessite de vários CDs, é pouco provável que você irá precisar dos pacotes que estão presentes no terceiro CD e seguintes. Deve também considerar em usar a versão em DVD, que poupa bastante espaço na sua prateleira e evita a maratona de de CDs misturados. Se a sua máquina não suporta arranque a partir de CD, mas no entanto tem um conjunto de CDs, você pode utilizar uma estratégia alternativa tal como net boot, ou carregar manualmente o kernel a partir do CD para iniciar o instalador de sistema. Os ficheiros que precisa para inicializar através de outros métodos também estão no CD; A organização dos ficheiros do arquivo Debian na Internet é idêntica à organização de ficheiros do CD. Portanto quando abaixo forem dadas localizações para ficheiros específicos necessários para o arranque, procure por esses ficheiros nas mesmas directorias e subdirectorias do seu CD. Uma vez o instalador iniciado, a partir do CD você poderá obter todos os outros ficheiros que precisa. Se você não tem um conjunto de CDs, necessitará então de fazer o download dos ficheiros de instalação do sistema e coloca-los na num computador que esteja ligado à rede para que possam ser utilizados para arrancar com o instalador. 4.2. Download dos Ficheiros a partir dos Mirrors Debian Para encontrar o mirror mais próximo (e provavelmente o mais rápido), visite a lista de mirrors Debian. Quando fizer download de ficheiros do mirror Debian, certifique-se que faz download dos ficheiros no modo binário, e não em texto nem no modo automático. 4.2.1. Onde Encontrar Imagens de Instalação As imagens de instalação estão localizadas em cada mirror Debian na directório debian/dists/sarge/main/installer-arm/current/images/ -- o MANIFEST lista cada imagem e o seu propósito. 4.2.1.1. Ficheiros de Instalação RiscPC O instalador de RiscPC é arranca inicialmente a partir de RISC OS. Todos os ficheiros necessários são fornecidos num ficheiro Zip, .../current/riscpc/ dinstall.zip. Faça download deste ficheiro para a máquina que tem o RISC OS, copie os componentes linloader.!Boot para o sítio, e execute !dInstall. 4.2.1.2. Ficheiros de Instalação NetWinder A maneira mais simples de iniciar um NetWinder é através da rede, utilizando a imagem TFTP fornecida .../current/netwinder/tftpboot.img . 4.2.1.3. Ficheiros de Instalação CATS O único método de arranque suportado em CATS é utilizando a imagem combinada .../current/cats/tftpboot.img . Isto pode carregado a partir de qualquer dispositivo acessível ao gestor de arranque Cyclone. 4.3. Preparar Ficheiros para arranque pela Rede via TFTP Se a sua máquina está ligada a uma rede local, pode ser capaz de a arrancar através da rede a partir de outra máquina, utilizando TFTP. Se tenciona iniciar a instalação do sistema a partir de outra máquina, será necessário colocar os ficheiros de arranque numa localização específica dessa máquina, e a máquina configurada para suportar o arranque da sua máquina especifica. Precisa configurar o servidor TFTP, e para muitas máquinas, um servidor BOOTP , ou servidor RARP , ou um servidor DHCP. O Reverse Address Resolution Protocol (RARP) é uma maneira de informar o cliente qual o IP deve usar. Outra maneira é utilizar o protocolo BOOTP. BOOTP é um protocolo IP que informa o computador do seu endereço IP e em que local da rede pode obter uma imagem de arranque. O DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) é mais flexível, compatível com extensões anteriores do BOOTP. Alguns sistemas apenas podem ser configurados via DHCP. O Trivial File Transfer Protocol (TFTP) é utilizado para servir a imagem de arranque para o cliente. Teoricamente, qualquer servidor, em qualquer plataforma, que implemente estes protocolos, pode ser utilizado. Nos exemplos desta sessão, iremos disponibilizar comandos para for SunOS 4.x, SunOS 5.x (a.k.a. Solaris), e GNU/Linux. 4.3.1. Configurar o servidor RARP Para configurar RARP, necessita saber o endereço de Ethernet (a.k.a. o endereço MAC) do computador cliente a ser instalado. Se não sabe esta informação, pode encontra-la arranque no modo "Rescue" (ex.:, a partir da disquete de recuperação) e utilize o comando /sbin/ifconfig eth0. Num sistema servidor RARP com um kernel Linux 2.2.x, você necessita de povoar a tabela RARP do kernel. Para fazer isto, execute os seguintes comandos: # /sbin/rarp -s client-hostname client-enet-addr # /usr/sbin/arp -s client-ip client-enet-addr Se obtiver SIOCSRARP: Invalid argument você provavelmente necessita de carregar o módulo RARP do kernel ou então recompilar o kernel para suportar RARP. Tente modprobe rarp e em seguida tente novamente o comando rarp. Num sistema servidor RARP usando um kernel Linux 2.4.x, não existe nenhum módulo RARP, e você deve usar o programa rarpd. O procedimento é similar ao que é utilizado em SunOS no próximo parágrafo. Em SunOS, necessita de assegurar que o endereço do hardware de Ethernet para o cliente é listado na base de dados "ethers" (seja no ficheiro /etc/ethers, ou via NIS/NIS+) e na base de dados "hosts". Em seguida precisa de iniciar o daemon RARP. Em SunOS 4, execute o comando (como root): /usr/etc/rarpd -a; em SunOS 5, use /usr/sbin/rarpd -a. 4.3.2. Configurar o servidor BOOTP Existem disponíveis dois servidores BOOTP para GNU/Linux, o CMU bootpd e o outro é um servidor DHCP, o ISC dhcpd, que estão nos pacotes bootp e dhcp em Debian GNU/Linux. Para utilizar o CMU bootpd, primeiro você tem de retirar o comentário (ou adicionar) da linha relevante em /etc/inetd.conf. Em Debian GNU/Linux, você pode executar update-inetd --enable bootps, para o fazer. Caso contrário, a linha em questão deve parecer-se com: bootps dgram udp wait root /usr/sbin/bootpd bootpd -i -t 120 Agora, você tem de criar um ficheiro /etc/bootptab. Este tem de ser do mesmo tipo do familiar e críptico formato dos bons velhos ficheiros de BSD printcap, termcap, e disktab. Para mais informações veja a página do manual de bootptab. Para o CMU bootpd, você vai necessitar saber o endereço (MAC) de hardware do cliente. Aqui está um /etc/bootptab de exemplo: client:\ hd=/tftpboot:\ bf=tftpboot.img:\ ip=192.168.1.90:\ sm=255.255.255.0:\ sa=192.168.1.1:\ ha=0123456789AB: Você tem de alterar pelo menos a opção "ha", que especifica o endereço de hardware do cliente. A opção "bf" especifica o ficheiro que o cliente deve obter via TFTP; para mais detalhes veja a Secção 4.3.5, "Mover Imagens TFTP Para o Lugar". Por contraste, configurar BOOTP com ISC dhcpd é realmente fácil, porque trata os clientes BOOTP como casos moderadamente especiais de clientes DHCP. Algumas arquitecturas requerem uma configuração complexa para iniciarem clientes via BOOTP. Se o seu caso é um desses, leia a secção Secção 4.3.3, "Configurar um servidor DHCP". Caso contrário, irá provavelmente ser capaz de conseguir com um simples adicionar de directiva allow bootp para o bloco de configuração para a subnet que contém o cliente, e reiniciar dhcpd com /etc/init.d/dhcpd restart. 4.3.3. Configurar um servidor DHCP Um software livre de servidor DHCP é o dhcpd do ISC. Em Debian GNU/Linux, isto está disponível no pacote dhcp. Aqui está um exemplo de um ficheiro de configuração para ele (normalmente /etc/dhcpd.conf): option domain-name "example.com"; option domain-name-servers ns1.example.com; option subnet-mask 255.255.255.0; default-lease-time 600; max-lease-time 7200; server-name "servername"; subnet 192.168.1.0 netmask 255.255.255.0 { range 192.168.1.200 192.168.1.253; option routers 192.168.1.1; } host clientname { filename "/tftpboot/tftpboot.img"; server-name "servername"; next-server servername; hardware ethernet 01:23:45:67:89:AB; fixed-address 192.168.1.90; } Nota: O novo (e preferêncial) pacote dhcp3 utiliza /etc/dhcp3/dhcpd.conf. Neste exemplo, existe um servidor servername que executa todo o trabalho de servidor DHCP, de servidor TFTP e gateway de rede. Vai precisar quase de certeza de alterar as opções de domain-name, tal como o nome do servidor e o endereço de hardware do cliente. A opção filename deve ser o nome do ficheiro obtido via TFTP. Após ter editado o ficheiro de configuração dhcpd, reinicie-o com /etc/init.d/ dhcpd restart. 4.3.4. Disponibilizar o Servidor TFTP Para ter o servidor TFTP pronto a funcionar, deve primeiro certificar-se que é permitido executar tftpd. Isto é usualmente permitido tendo algo como a seguinte linha em /etc/inetd.conf: tftp dgram udp wait nobody /usr/sbin/tcpd in.tftpd /tftpboot Os pacotes Debian em geral irão configura-lo correctamente, por omissão, quando são instalados. Procure nesse ficheiro e lembre-se da directoria que é utilizada como argumento do in.tftpd; que irá necessitar abaixo. O argumento -l permite que algumas versões registem todos os pedidos aos logs de sistema; isto é útil para diagnosticar erros de arranque. Se tiver de alterar o /etc/inetd.conf, terá de notificar o processo inetd que o ficheiro foi alterado. Numa máquina Debian, execute /etc/init.d/inetd reload; noutras máquinas, procure o ID do processo de inetd, e execute kill -HUP inetd-pid. 4.3.5. Mover Imagens TFTP Para o Lugar Em seguida, coloque a imagem de arranque do TFTP, conforme encontrada na Secção 4.2.1, "Onde Encontrar Imagens de Instalação", no directório de imagem de arranque tftpd. Por norma este directório será /tftpboot. Terá de fazer um link a partir desse ficheiro para o ficheiro que o tftpd irá utilizar para iniciar um cliente em particular. Infelizmente, o nome do ficheiro é determinado pelo cliente TFTP, e não existem standards sólidos. 4.4. Instalação Automática Para instalar em vários computadores é possível fazer uma instalação completamente automática. Os pacotes Debian destinados a isto incluem fai (que utiliza um servidor de instalação), replicator, systemimager, autoinstall, e o próprio instalador Debian. 4.4.1. Instalação Automática Utilizando o Instalador Debian O Instalador Debian suporta instalações automáticas via ficheiros de pré-configuração. Um ficheiro de pré-configuração pode ser carregado a partir da rede ou a partir de um meio amovível, e utilizado para preencher as respostas às perguntas feitas durante o processo de instalação. Embora na maioria das caixas de diálogo utilizadas pelo debian-installer possa ser feita a pré-configuração utilizando este método, existem algumas notáveis excepções. Você pode (re)particionar um disco rígido completo ou utilizar o espaço livre num disco; não é possível utilizar as partições existentes. Actualmente você não pode utilizar a pré-configuração para configurar LVM e RAID. Além disso, com a excepção dos módulos de driver de rede, não é possível pré-configurar parâmetros de módulos do kernel. O ficheiro da pré-configuração está num formato utilizado pelo comando debconf-set-selections. Um exemplo bem documentado e funcional que pode editar encontra-se na Secção C.1, "Exemplo de Ficheiro de Pré-configuração". Alternativamente, uma maneira de conseguir uma lista completa de todos os valores que podem ser pré-carregados é fazer uma instalação manual, e depois utilizar debconf-get-selections, a partir do pacote debconf-utils, para enviar as bases de dados de debconf e cdebconf em /var/log/debian-installer/cdebconf para um único ficheiro: $ debconf-get-selections --installer > file $ debconf-get-selections >> file Contudo, um ficheiro gerado desta maneira terá alguns itens que não devem ser pré-carregados, e o ficheiro na Secção C.1, "Exemplo de Ficheiro de Pré-configuração" é o melhor local de começo para a maioria dos utilizadores. Uma vez que tenha um ficheiro pré-configurado, você pode edita-lo se necessário, e colocá-lo num servidor web, ou copiá-lo para um instalador num meio de arranque. Seja lá onde colocar o ficheiro, necessita de passar o parâmetro para o instalador na altura do arranque para utilizar o ficheiro. Para fazer o instalador utilizar o ficheiro pré-configurado, conseguido através de download da rede, adicione preseed/url=http://url/to/preseed.cfg aos parâmetros de arranque do kernel. Claro que a pré-configuração não terá efeito até o instalador conseguir configurar a rede para fazer download do ficheiro, isto é portanto muito útil se o instalador conseguir configurar a rede via DHCP sem fazer nenhuma pergunta. Pode querer configurar a prioridade de instalação para evitar qualquer questão enquanto a rede está a ser configurada. Veja na Secção 5.2.1, "Parâmetros de instalação Debian". Para colocar um ficheiro de pré-configuração num CD, necessita de recriar a imagem ISO para incluir o seu ficheiro pré-configurado. Veja a página do manual de mkisofs para mais detalhes. Alternativamente, coloque o ficheiro preseed numa disquete, e utilize preseed/file=/floppy/preseed.cfg Capítulo 5. Iniciar a Instalação do sistema Índice 5.1. Iniciar o Instalador em ARM 5.1.1. Iniciar com TFTP 5.1.2. Iniciar a partir de CD-ROM 5.2. Parâmetros de Arranque 5.2.1. Parâmetros de instalação Debian 5.3. Diagnosticar Problemas no Processo de Instalação 5.3.1. Configuração de arranque 5.3.2. Interpretar as mensagens de arranque do kernel 5.3.3. Relatório de Erros 5.3.4. Submeter Relatórios de Instalação 5.1. Iniciar o Instalador em ARM 5.1.1. Iniciar com TFTP Iniciar pela rede, requer que tenha uma ligação de rede configurada e um servidor de arranque de rede TFTP (DHCP, RARP ou BOOTP). O método de instalação para suportar o arranque pela rede é descrito na Secção 4.3, "Preparar Ficheiros para arranque pela Rede via TFTP". 5.1.1.1. Iniciar a partir de TFTP em NetWinder NetWinders têm duas interfaces de rede: a placa compatível com NE2000 de 10Mbps é eth0 e a placa Tulip de 100Mbps é eth1. Nota Necessita do NeTTrom 2.2.1 ou posterior para arrancar o sistema de instalação. recomendado o NeTTrom 2.3.3: pode conseguir estes ficheiros em ftp:// ftp.netwinder.org/pub/netwinder/firmware/ * nettrom-2.3-3.armv4l.rpm * nettrom-2.3.3.bin * nettrom-2.3.3.bin.md5sum Após reiniciar e interromper o processo de arranque durante a contagem decrescente, terá de primeiro configurar a rede ou com um endereço estático: NeTTrom command-> setenv eth0_ip 192.168.0.10/24 onde 24 é o número do conjunto de bits na máscara de rede, ou com um endereço dinâmico: NeTTrom command-> boot diskless Poderá também ser necessário configurar as definições da route1 se o servidor de TFTP não estiver na sub-rede local. O resto da configuração é standard (o passo save-all é opcional): NeTTrom command-> setenv kerntftpserver 192.168.0.1 NeTTrom command-> setenv kerntftpfile tftpboot.img NeTTrom command-> save-all NeTTrom command-> setenv netconfig_eth0 flash NeTTrom command-> setenv kernconfig tftp NeTTrom command-> setenv rootdev /dev/ram NeTTrom command-> setenv cmdappend root=/dev/ram Apenas as duas últimas destas interfaces estão com um arranque normal pelo disco, portanto é seguro fazer o save-all imediatamente antes disso, o que irá guardar as definições da rede para o caso de ser necessário arrancar pela rede novamente. Use o comando printenv para rever as suas definições de ambiente. Finalmente, se a sua variável cmdappend NeTTrom tem a opção noinitrd (o que é necessário para arrancar kernels 2.4), deverá remove-la, para que o kernel retirado na internet possa iniciar juntamente com a sua ramdisk. 5.1.1.2. Iniciar a partir de TFTP em CATS Em máquinas CATS, use o comando boot de0: ou similar na prompt Cyclone. 5.1.2. Iniciar a partir de CD-ROM O melhor caminho para a maioria das pessoas será usar um conjunto de CDs Debian. Se tem um conjunto de CDs, e se a sua máquina suporta arranque directamente a partir do CD, fantástico! Simplesmente insira o seu CD, reinicie, e proceda para o próximo capítulo. Note que determinadas drives de CD podem necessitar de drivers especiais, e portanto estarem inacessíveis nas fases iniciais da instalação. Se se verificar que a maneira comum de iniciar a partir do CD não funciona no seu hardware, visite novamente este capítulo e leia sobre métodos alternativos para instalar e kernels alternativos que poderão funcionar consigo. Mesmo se não conseguir iniciar a partir do CD-ROM, poderá provavelmente instalar os componentes do Debian e qualquer pacote que deseje a partir do CD-ROM. Simplesmente arranque utilizando uma media diferente, tal como disquetes. Quanto for altura de instalar o sistema operativo, sistema base, e qualquer pacote adicional, aponte o sistema de instalação para a drive de CD-ROM. Se tiver problemas com o arranque, veja a Secção 5.3, "Diagnosticar Problemas no Processo de Instalação". Para iniciar de um CD-ROM a partir da prompt da consola Cyclone, use o comando boot cd0:cats.bin 5.2. Parâmetros de Arranque Parâmetros de arranque são parâmetros do kernel Linux que são geralmente utilizados para certificar que os periféricos são tratados devidamente. Para a maioria, o kernel pode auto detectar informação sobre os seus periféricos. Contudo, em alguns casos terá de ajudar o kernel um pouco. Se esta é a primeira vez que está a iniciar o sistema, tente os parâmetros de arranque por omissão (i.e., não tente alterar os parâmetros) e veja se funciona correctamente. Provavelmente sim. Se não, pode mais tarde reiniciar e procurar por parâmetros especiais que informam o sistema do seu hardware. Informação sobre muitos parâmetros de arranque podem ser encontrados em Linux BootPrompt HOWTO, incluindo dicas para hardware obscuro. Esta secção contém apenas um esboço dos parâmetros mais distintos. Alguns truques para identificar problemas estão incluídos abaixo na Secção 5.3, "Diagnosticar Problemas no Processo de Instalação". Quando o kernel arranca, deve ser emitida no inicio do processo Memory:availk/totalk. available uma mensagem. total deve coincidir com a quantidade total de RAM, em kilobytes. Se isto não coincidir com a quantidade real de RAM que tem instalado, precisa de utilizar o parâmetro mem=ram, onde ram é substituído pela quantidade de memória, seguido de "k" para kilobytes, ou "m" para megabytes. Por exemplomem= 65536k e mem=64m significam 64MB of RAM. Se estiver a iniciar de uma consola de série, geralmente o kernel irá auto detectar isto . Se tem uma placa gráfica (framebuffer) e um teclado agregados ao computador do qual quer iniciar via consola série, pode querer passar para o kernel o argumento console=device, onde device é o seu dispositivo de série, o qual geralmente é algo parecido com ttyS0. 5.2.1. Parâmetros de instalação Debian O sistema de instalação reconhece uns quantos parâmetros de arranque adicionais ^[2] que podem ser úteis. debconf/priority Este parâmetro ajusta para prioridade mínima as mensagens a serem mostradas. A instalação por omissão utiliza debconf/priority=high. Isto significa que as mensagem de prioridade alta e crítica irão ser listaas, mas não serão listadas as mensagens de média e baixa prioridade. Se forem encontrados problemas, o instalador ajusta a prioridade de acordo com o necessário. Se colocou debconf/priority=medium como parâmetro de arranque irá-lhe ser mostrado o menu de instalação e dessa forma vai ter mais poder sobre a instalação. Quando é utilizado debconf/priority=low todas as mensagens são mostradas (Isto é equivalente ao método de arranque avançado). Com debconf/ priority=critical, o sistema de instalação irá mostrar somente as mensagens críticas e tentará optar pelas opções correctas sem grande confusão. DEBIAN_FRONTEND O parâmetro de arranque controla o tipo de interface para o utilizador que é utilizado para o instalador. Os valores actuais possíveis utilizados são: * DEBIAN_FRONTEND=noninteractive * DEBIAN_FRONTEND=text * DEBIAN_FRONTEND=newt * DEBIAN_FRONTEND=slang * DEBIAN_FRONTEND=ncurses * DEBIAN_FRONTEND=bogl * DEBIAN_FRONTEND=gtk * DEBIAN_FRONTEND=corba O front end é DEBIAN_FRONTEND=newt. O DEBIAN_FRONTEND=text pode ser preferível utilizar para instalações de consolas série. Geralmente por omissão apenas o frontend newt está disponível no media de instalação, assim por ora isto não é muito útil. BOOT_DEBUG Definir este parâmetro de arranque para 2 irá fazer com que o processo de arranque da instalação seja feito com um registo detalhado. Defini-lo para 3 faz com que estejam disponíveis shells de debug em pontos estratégicos do processo de arranque. (Sair das shells para continuar o processo de arranque.) BOOT_DEBUG=0 Isto é por omissão BOOT_DEBUG=1 Mais detalhes que o habitual BOOT_DEBUG=2 Muita informação de eliminação de erros. BOOT_DEBUG=3 As shells são executadas em vários pontos do processo de arranque para permitir um debugging detalhado. Saia para a shell para continuar o arranque. INSTALL_MEDIA_DEV O valor do parâmetro é o caminho para o dispositivo por onde carregar o instalador Debian. Por exemplo, INSTALL_MEDIA_DEV=/dev/floppy/0 A disquete de arranque, que normalmente procura todos os dispositivos de disquete e de armazenamento USB pode servir para encontrar a floppy root, pode ser ultrapassada por este parâmetro para apenas olhar para um dispositivo. debian-installer/framebuffer Algumas arquitecturas utilizam o framebuffer para oferecer uma instalação em várias línguas. Se o framebuffer causar problemas no seu sistema pode desactivar esta característica através do parâmetro debian-installer/ framebuffer=false. Os sintomas do problema são mensagens de erro sobre bterm ou bogl, um ecrã em branco, ou uma paragem de uns minutos após o inicio da instalação. debian-installer/probe/usb Ponha como false para prevenir o teste para USB durante o arranque, se isso causar problemas. netcfg/disable_dhcp Por omissão o debian-installer sonda automaticamente a configuração de rede via DHCP. Se a sonda for bem sucedida, não terá a oportunidade de rever e alterar os ajustes obtidos. Apenas conseguirá fazer uma configuração manual da rede em caso do probe DHCP falhar. Se tem um servidor DHCP na sua rede local, mas quer evitar utilizá-lo ex.: devolve respostas erradas, pode utilizar o parâmetro netcfg/disable_dhcp= true que previne que a rede não seja configurada por DHCP e que a informação seja inserida manualmente. hw-detect/start_pcmcia Ponha como false para prevenir que sejam iniciados serviços PCMCIA, se isso causar problemas. Alguns portáteis são bem conhecidos por este mau comportamento. preseed/url Especifique um URL para o download, de um ficheiro de pré-configuração, e utilização na instalação automatizada. Veja a Secção 4.4, "Instalação Automática". preseed/file Especifique um caminho para carregar um ficheiro de pré-configuração para a instalação automatizada. Veja a Secção 4.4, "Instalação Automática". ramdisk_size Se está a utilizar um kernel 2.2.x, você pode necessitar de definir ramdisk_size=13000 . 5.3. Diagnosticar Problemas no Processo de Instalação 5.3.1. Configuração de arranque Se tiver dificuldade e o kernel parar durante o processo de arranque, não reconhece periféricos que tem, ou os drivers não são reconhecidos devidamente, a primeira coisa a verificar são os parâmetros de arranque, como foi visto na Secção 5.2, "Parâmetros de Arranque". Se está a iniciar com o seu próprio kernel em vez de um que tivesse vindo com o instalador, certifique-se que CONFIG_DEVFS está activo no seu kernel. O instalador requer CONFIG_DEVFS. Frequentemente pode ser resolvido removendo add-ons e periféricos, e tente reiniciar novamente. Se tem uma grande quantidade de memória instalada na sua máquina, mais que 512M, e o instalador pára quando inicia o kernel, pode necessitar de incluir um argumento de arranque para limitar a quantidade de memória que o kernel vê, tal como mem=512m. 5.3.2. Interpretar as mensagens de arranque do kernel Durante a sequência de arranque, pode ver muitas mensagens sob a forma can't find something , ou something not present, can't initialize something , ou até this driver release depends on something . A maioria destas mensagens são inofensivas. Visualiza-as porque o kernel para a instalação do sistema é feito para correr em computadores de diferente periféricos. Obviamente, nenhum computador terá todos os periféricos possíveis, então o sistema operativo poderá emitir algumas queixas enquanto procura por periféricos que não possui. Poderá também verificar uma pausa no sistema. Isto acontece quando aguarda pela resposta de um dispositivo, e o mesmo não está presente no seu sistema. Se considerar que o tempo de arranque do sistema incrivelmente longo, poderá mais tarde criar um kernel personalizado (veja a Secção 8.4, "Compilando um Novo Kernel"). 5.3.3. Relatório de Erros Se avançar através da fase inicial de arranque mas não conseguir completar a instalação, a escolha de menu relatório de erros pode ser útil. Copia os logs de erro de sistema e informação de configuração para uma disquete fornecida pelo utilizador. Esta informação pode dar pista acerca do que correu mal e como corrigir isso. Se estiver a submeter um relatório de erros você pode querer adicionar esta informação ao relatório de erros. Outras mensagens de instalação pertinentes podem ser encontradas em /var/log/ durante a instalação, e /var/log/debian-installer/ após o computador ter arrancado para o sistema instalado. 5.3.4. Submeter Relatórios de Instalação Se ainda tiver problemas, por favor submita um relatório de instalação. Nós também encorajamos que sejam enviados relatórios de instalação mesmo que a instalação tenha sucesso, para que possamos obter tanta informação quanto possível no maior número de configurações de hardware. Por favor utilize este modelo quando preencher relatórios de instalação, e arquivar o relatório como relato de bug contra o pseudo-pacote installation-reports, enviando-o para . Package: installation-reports Boot method: Image version: Date: Machine: Processor: Memory: Partições: Output of lspci and lspci -n: Base System Installation Checklist: [O] = OK, [E] = Erro (por favor descreva abaixo), [ ] = não foi tentado Initial boot worked: [ ] Configure network HW: [ ] Config network: [ ] Detect CD: [ ] Load installer modules: [ ] Detect hard drives: [ ] Partition hard drives: [ ] Create file systems: [ ] Mount partitions: [ ] Install base system: [ ] Install boot loader: [ ] Reboot: [ ] Comments/Problems: No relatório de bug, descreva qual é o problema, incluindo as últimas mensagens visíveis do kernel no caso do kernel bloquear. Descreva os passos que tomou que levaram o sistema ao estado do problema. -------------- ^[2] Note que o kernel aceita um máximo de 8 opções de comando de linha e 8 opções de ambiente (incluindo qualquer opção adicionada por omissão pelo instalador). Se este números forem excedidos, os kernel 2.4 irão retirar as opções em excesso e o kernel 2.6 pode gerar alguns erros (kernel panic) Capítulo 6. Utilizar o Instalador Debian Índice 6.1. Como Funciona o Instalador 6.2. Introdução de Componentes 6.3. Utilizar Componentes Individuais 6.3.1. Preparar o Instalador Debian e a Configuração de Hardware 6.3.2. Particionar e Escolher os Pontos de Montagem 6.3.3. Instalar o Sistema Base 6.3.4. Tornar o Sistema Iniciável 6.3.5. Finalizar a Primeira Etapa 6.3.6. Miscelânea 6.1. Como Funciona o Instalador O Instalador Debian consiste num número de componentes com um propósito específico para executar cada tarefa da instalação. Cada componente executa a sua tarefa, perguntando ao utilizador as questões necessárias para fazer a sua tarefa. Às próprias questões são dadas prioridades, e a prioridade das questões a serem colocadas é definida quando é iniciado o instalador. Quando é feita uma instalação por omissão, apenas serão colocadas as questões essenciais (de alta prioridade). Isto resulta num processo de instalação altamente automatizado, com pouca interacção por parte do utilizador. Os componentes são executados sequencialmente e de uma forma automatica; quais os componentes que são executados depende principalmente do método da instalação utilizado e do seu hardware. O instalador utilizará valores por omissão para as questões que não são colocadas. Se existir um problema, o utilizador irá visualizar um ecrã de erro, e o menu do instalador poderá aparecer com o intuito de ser seleccionada uma acção alternativa. Se não existir qualquer problema, o utilizador nunca irá visualizar o menu do instalador, apenas irá responder a simples questões para cada mudança de componente. Notificações de erros sérios são ajustadas para prioridade "crítica" que faz com que o utilizador seja sempre notificado. Algumas das omissões utilizadas pelo instalador poderão ser influenciadas passando argumentos de arranque quando o debian-installer está a iniciar. Se, por exemplo, você desejar forçar uma configuração de rede estática (se estiver disponível DHCP é utilizado por omissão), pode adicionar o parâmetro de arranque netcfg/disable_dhcp=true. Veja na Secção 5.2.1, "Parâmetros de instalação Debian" as opções disponíveis. Os utilizadores experientes poderão sentir-se mais confortáveis com uma interface conduzida pelo menu, onde cada passo é controlado pelo utilizador em vez do instalador executar automaticamente e sequencialmente cada passo. Para utilizar o instalador de forma manual, conduzido pelo menu, adicione o argumento de arranque debconf/priority=medium. Se o seu hardware requer que sejam passadas opções de instalação para os módulos de kernel, irá necessitar de iniciar o instalador no modo "expert". Isto pode ser feito utilizando o comando expert para iniciar o instalador ou adicionando o argumento de arranque debconf/priority=low. O Modo Expert dá-lhe total controlo sobre o debian-installer. O modo gráfico do instalador normal é baseado em caracteres (diferente do interface gráfico, agora mais familiar). O rato não se encontra operacional neste ambiente. As seguintes teclas podem ser utilizadas para navegar nos vários diálogos. A tecla Tab ou a tecla seta para a direita movem para a "frente", e a tecla Shift-Tab ou a seta para a esquerda movem-se para "trás" através dos botões e selecções mostrados. As setas para cima e para baixo seleccionam diferentes itens contidos numa lista com scroll, e permitem ainda fazer movimentar à própria lista. Além disso, para longas listas pode ainda digitar um caracter para que a lista se movimente directamente para a secção de itens que comecem com a letra digitada e ainda usar as teclas Pg-Up e Pg-Down para movimentar a lista entre secções. A tecla barra de espaços selecciona um item como por exemplo uma checkbox. Utilize a tecla Enter para activar as escolhas. As mensagens de erro são reencaminhadas para a terceira consola. Pode aceder a essa consola premindo as teclas Left Alt-F3 (segurando a tecla Alt da esquerda enquanto prime a tecla de função F3); volte ao processo principal do instalador com Left Alt-F1. Estas mensagens também podem ser encontradas em /var/log/messages. Após a instalação, este log é copiado para /var/log/debian-installer/messages no seu sistema. Outras mensagens de instalação podem ser encontradas, durante o processo de instalação em /var/log/, e após o seu computador iniciar no seu sistema acabado de instalar em /var/log/debian-installer/. 6.2. Introdução de Componentes Aqui está uma lista de componentes do instalador com uma breve descrição do propósito de cada componente. Se necessita de saber detalhes sobre como usar um componente em particular veja em Secção 6.3, "Utilizar Componentes Individuais" . main-menu Mostra ao utilizador durante o processo de instalação a lista de componentes, e inicia um componente quando seleccionado. Questões do Main-menu são ajustadas para prioridade média, se a sua prioridade estiver ajustada para alta ou crítica (por omissão é alta), não irá visualizar o menu. Por outro lado, se existir um erro que requer a sua intervenção, a prioridade da questão pode temporariamente baixar para permitir que resolva o problema, e nesse caso o menu pode aparecer. Pode chegar ao menu principal seleccionando repetidamente a opção "Voltar" para retroceder todo o caminho para fora do componente em que actualmente se encontrar a correr. languagechooser Mostra uma lista de idiomas e variantes de idiomas. O instalador irá mostrar mensagens no idioma escolhido a menos que a tradução para esse idioma não esteja completa. Quando uma tradução não está completa, são mostradas as mensagens em Inglês. countrychooser Mostra uma lista de países. O utilizador pode escolher o país onde vive. kbd-chooser Mostra uma lista de teclados, a partir da qual o utilizador escolhe o modelo que coincide com o seu. hw-detect Detecta automaticamente a maioria do hardware do sistema, incluindo placas de rede, discos, e PCMCIA. cdrom-detect Procura e monta um CD de instalação Debian. netcfg Configura as ligações de rede do computador de modo a que possa comunicar através da internet. iso-scan Procura por sistemas de ficheiros ISO, que podem estar num CD-ROm ou num disco rígido. choose-mirror Mostra uma lista de mirrors de ficheiros Debian. O utilizador pode escolher a source dos seus pacotes de instalação. cdrom-checker Verifica a integridade de um CD-ROM. Deste modo o/a utilizador(a) pode assegurar-se que o CD-ROM de instalação não foi corrompido. lowmem Lowmem tenta detectar sistemas com pouca memória e faz vários truques para remover da memória partes não necessárias do debian-installer (com o custo de algumas funcionalidades). anna Anna's Not Nearly APT. Instala pacotes que foram obtidos a partir do mirror escolhido ou de CD. partman Permite ao utilizador particionar discos ligados ao sistema, criar sistemas de ficheiros nas partições seleccionadas, e liga-las aos pontos de montagem. Estão incluídas alguma funcionalidades interessantes tais como um modo totalmente automático ou suporte para LVM. Esta é a ferramenta de particionamento preferida em Debian. autopartkit Particiona automaticamente um disco inteiro de acordo com as preferências pré-definidas do utilizador. partitioner Permite ao utilizador particionar discos ligados ao sistema. É escolhido um programa apropriado de acordo com a arquitectura do seu computador. partconf Mostra uma lista de partições, e cria sistemas de ficheiros nas partições seleccionadas de acordo com as instruções do utilizador. lvmcfg Auxilia o utilizador com a configuração do LVM (Logical Volume Manager). mdcfg Permite ao utilizador configurar RAID por Software (Redundant Array of Inexpensive Disks). Este RAID por Software geralmente é superior aos controladores RAID de IDE baratos (pseudo hardware) que se encontram em motherboards novas. base-installer Instala o conjunto de pacotes mais básicos que permitem ao computador operar sob Linux quando for reiniciado. os-prober Detecta sistemas operativos actualmente instalados no computador e passa esta informação ao bootloader-installer, que pode oferecer-lhe a capacidade de adicionar os sistemas operativos detectados ao menu de arranque do gestor de arranque. Desta forma o utilizador durante o arranque pode facilmente escolher qual o sistema operativo em que quer arrancar. bootloader-installer Instala um programa de gestor de arranque no disco rígido, que é necessário para o computador iniciar com Linux sem utilizar uma disquete ou CD-ROM. Muitos gestores de arranque permitem ao utilizador, cada vez que o computador arranca, escolher um sistema operativo alternativo. base-config Disponibiliza caixas de diálogo para configurar os pacotes do sistema base de acordo com as preferências do utilizador. Isto é normalmente feito após o computador reiniciar; é a "primeira vez" que o seu novo sistema Debian corre. shell Permite ao utilizador executar uma shell a partir do menu, ou na segunda consola. bugreporter Disponibiliza um modo do utilizador registar informação numa disquete quando é encontrado algum problema, de modo a posteriormente reportar de forma precisa os problemas de software do instalador aos Debian Developers. 6.3. Utilizar Componentes Individuais Neste secção iremos descrever em detalhe cada componente do instalador. Os componentes foram agrupados em etapas que devem ser reconhecidas pelos utilizadores. Estão presentes pela ordem que aparecem durante a instalação. Note que nem todos os módulos irão ser utilizados para todas as instalações; os módulos que são utilizados dependem do método de instalação que você escolhe e do seu hardware. 6.3.1. Preparar o Instalador Debian e a Configuração de Hardware Vamos assumir que o Instalador Debian iniciou e que você está perante o seu primeiro ecrã. Por esta altura, as compatibilidades do debian-installer ainda são bastante limitadas. Não sabe muito acerca do seu hardware, idioma preferido, ou que tarefa deve executar. Não se preocupe. O debian-installer é bastante inteligente, pode automaticamente testar o seu hardware, localizar o resto dos componentes e actualizar-se a ele próprio para uma instalação de sistema capaz. Contudo, ainda precisa ajudar o debian-installer com alguma informação que ele não consegue automaticamente detectar (como seleccionar o seu idioma preferido, configuração do teclado ou qual o mirror de rede desejado). Você irá notar que o debian-installer executa a detecção de hardware várias vezes durante esta etapa. A primeira vez dirige-se especificamente ao hardware necessário para carregar componentes do instalador (e.g. o seu CD-ROM ou placa de rede). Como não estão disponíveis todos os drivers durante esta primeira execução, a detecção de hardware necessita de ser repetida posteriormente no processo. 6.3.1.1. Verificar a memória disponível Uma das primeiras coisas que o debian-installer faz, é verificar a memória disponível. Se a memória disponível é limitada, este componente fará algumas alterações no processo de instalação que lhe irão permitir instalar o Debian GNU/Linux no seu sistema. Durante uma instalação com pouca memória, nem todos os componentes estarão disponíveis. Uma das limitações é que você não poderá escolher um idioma para a instalação. 6.3.1.2. Escolha do Idioma Como primeiro passo da instalação, escolha o idioma no qual deseja que prossiga o processo da instalação. Os nomes dos idiomas estão listados em ambos os idiomas Inglês (esquerda) e no próprio idioma (direita); Os nomes do lado direito também são mostrados no script adequado para o idioma. A lista está ordenada pelos nomes em Inglês. O idioma que você escolhe será utilizado para o resto do processo de instalação, desde que esteja disponível uma tradução para os diferentes ecrãs. Se não estiver disponível nenhuma tradução válida para o idioma seleccionado, o instalador utilizará o Inglês. O idioma seleccionado também será utilizado para ajudar a escolher uma configuração de teclado adequada. 6.3.1.3. Escolha do País Se você seleccionou um idioma na Secção 6.3.1.2, "Escolha do Idioma" que tenha mais que um país associado (aplicável a Chinês, Inglês, Francês, e muitos outros idiomas), pode aqui especificar o idioma. Se você escolheu Outros no fundo da lista, ser-lhe-á apresentada uma lista de países, agrupados por continente. Esta selecção será posteriormente utilizada no processo de instalação para escolher por omissão um fuso horário e um mirror Debian apropriado para a sua localização geográfica. Se os valores por omissão propostos pelo instalador não forem adequados, você poderá fazer uma escolha diferente. O país seleccionado, em conjunto com o idioma seleccionado, pode também afectar as definições locais para o seu novo sistema Debian. 6.3.1.4. Escolher um teclado Os teclados são normalmente construídos de acordo com os caracteres utilizados no seu idioma. Escolha um layout de acordo com o teclado que está a utilizar, ou se o seu teclado não estiver representado escolha um próximo. Quando a instalação do sistema terminar, você poderá escolher um layout de teclado a partir de uma gama maior de escolhas (como root execute kbdconfig após ter completado a instalação). Mova a selecção para a escolha do teclado que deseja e carregue em Enter. Utilize as teclas com setas para mover a selecção -- estas estão no mesmo lugar em todas as configurações de teclado para idiomas nacionais, por isso são independentes da configuração do teclado. Um teclado 'estendido' é um que contém as teclas de F1 até F10 na linha superior. 6.3.1.5. Procurar a Imagem ISO do Instalador do Debian Quando se instala através do método hd-media, existirá um momento em que você tem de encontrar e montar uma imagem iso do Instalador Debian de modo a obter o resto dos ficheiros de instalação. O componente iso-scan faz exactamente isto. Inicialmente, o iso-scan monta automaticamente todos os block devices (p. ex. partições) que tenham neles algum sistema de ficheiros conhecido e sequencialmente procura por ficheiros que terminam em .iso (ou .ISO para esse efeito). Tenha em atenção que a primeira tentativa procura apenas ficheiros no directório raiz e no primeiro nível dos subdirectórios (i.e. encontra / qualquercoisa.iso, /data/qualquercoisa.iso, mas não /data/tmp/qualquercoisa .iso). Após ter sido encontrada uma imagem iso, o iso-scan verifica o seu conteúdo para verificar se a imagem é ou não uma imagem iso válida do Debian. No primeiro caso termina, no último caso o iso-scan procura por outra imagem. No caso da tentativa anterior de encontrar uma imagem iso do instalador falhar, o iso-scan irá perguntar-lhe se você deseja executar uma procura mais exaustiva. Esta tentativa não se limita a procurar nos directórios de mais alto nível, atravessando mesmo todo o sistema de ficheiros. Se o iso-scan não descobrir a sua imagem iso do instalador, reinicie para o seu sistema operativo inicial e verifique se a imagem tem o nome correcto (que termina em .iso), se está colocada num sistema de ficheiros reconhecido pelo debian-installer, e se não está corrompida (verifique o checksum). Utilizadores experientes de Unix podem fazer isto na segunda consola, sem reiniciar. 6.3.1.6. Configuração de Rede Ao chegar a esta etapa, se o sistema detectar que possui mais do que um dispositivo de rede, ser-lhe-á pedido que indique qual o dispositivo para servir de interface de rede primário, isto é, o que será utilizado para a instalação. As outras interfaces de rede não serão configuradas nesta altura. Poderá configurar interfaces adicionais depois de completar a instalação, veja a página man interfaces(5) Por omissão, o debian-installer tenta configurar a rede do seu computador automaticamente via DHCP. Se a detecção DHCP tiver sucesso estará efectuada a configuração. Se a procura não for bem sucedida, poderá ter sido causado por vários factores, desde o cabo de rede desligado, até uma configuração de DHCP errada. Ou talvez não exista mesmo um servidor de DHCP na sua rede local. Para futuras explicações confira as mensagens de erro na terceira consola. Em qualquer caso, ser-lhe-á perguntado se quer voltar a tentar, ou se quer efectuar uma configuração manual. Os servidores DHCP são por vezes lentos nas suas respostas, por isso se pensa que está tudo em ordem, tente novamente. O manual de configuração da rede de um modo geral apresenta-lhe um certo número de questões sobre a sua rede, de salientar endereço IP, Máscara de rede, Gateway, Endereços de servidores de nomes, e um Hostname. Se tiver uma interface de rede wireless, ser-lhe-á pedido que forneça o seu Wireless ESSID e a WEP key. Preencha as respostas a partir da Secção 3.3, "Informação Que Vai Necessitar". Nota Existem alguns aspectos técnicos que pode ou não achar úteis: o programa assume que o endereço IP de rede é a operação lógica AND (dos bits) do seu endereço IP e da sua máscara de rede. O instalador adivinhará que o endereço de broadcast é bitwise ou o IP do seu sistema é a negação bitwise da máscara de rede. Adivinhará também a sua gateway. Se não souber responder a estas perguntas, utilize o guia do sistema -- poderá se necessário modificar as opções depois do sistema ter sido instalado, editando o ficheiro /etc/network/interfaces. Alternativamente poderá instalar o etherconf, que irá guiá-lo passo a passo pela configuração da rede. 6.3.2. Particionar e Escolher os Pontos de Montagem Neste ponto, após a detecção do hardware ter sido feita uma última vez, o debian-installer deverá estar no auge, configurado para as necessidades do utilizador e pronto para efectuar algum trabalho real. Como o título desta secção indica, a tarefa principal dos seguintes componentes resumem-se ao particionamento do disco, atribuição de pontos de montagem e opcionalmente configuração de aspectos relacionados com dispositivos LVM e RAID. 6.3.2.1. Particionar os Seus Discos Agora é altura de particionar os discos. Se não estiver à vontade com o particionamento, ou se quiser obter mais informações veja o Apêndice B, Particionar para Debian. No inicio ser-lhe-á dada a oportunidade de criar as partições de um modo automático no disco inteiro, ou no espaço livre do disco. Esta opção é também chamada modo de particionamento "assistido". Se não quiser criar partições de um modo automático, escolha Editar manualmente a tabela de partições a partir do menu. Se escolher o assistente de particionamento poderá escolher uma lista de esquemas listada abaixo. Todos os esquemas tem os seus prós e contras, alguns dos quais discutidos no Apêndice B, Particionar para Debian. Se estiver inseguro opte pelo primeiro. Tenha em mente que o assistente de particionamento necessita de um espaço mínimo livre para funcionar. Se não disponibilizar 1GB de espaço (dependendo do esquema escolhido) o particionamento através do assistente irá falhar. +-----------------------------------------------------------------------------+ |Esquema de criação das partições | Espaço | Partições criadas | | | mínimo | | |---------------------------------+------------+------------------------------| |Todos os ficheiros numa partição |600MB |/, swap | |---------------------------------+------------+------------------------------| |Computador de secretária |500MB |/, /home, swap | |---------------------------------+------------+------------------------------| |Estação de trabalho |1GB |/, /home, /usr, /var, /tmp, | |multi-utilizador | |swap | +-----------------------------------------------------------------------------+ Depois de escolher um esquema, o próximo ecrã irá mostrar-lhe a tabela da nova partição, incluindo informação sobre como, onde e de que forma serão as partições formatadas e onde serão montadas. A lista de partições poderá parecer-se com esta: IDE1 master (hda) - 6.4 GB WDC AC36400L #1 primary 16.4 MB ext2 /boot #2 primary 551.0 MB swap swap #3 primary 5.8 GB ntfs pri/log 8.2 MB FREE SPACE IDE1 slave (hdb) - 80.0 GB ST380021A #1 primary 15.9 MB ext3 #2 primary 996.0 MB fat16 #3 primary 3.9 GB xfs /home #5 logical 6.0 GB ext3 / #6 logical 1.0 GB ext3 /var #7 logical 498.8 MB ext3 #8 logical 551.5 MB swap swap #9 logical 65.8 GB ext2 Este exemplo mostra dois discos IDE divididos em várias partições; o primeiro disco possuí algum espaço livre. Cada linha de partição consiste no número de partição, o seu tipo, dimensão, flags opcionais, sistema de ficheiros, e ponto de montagem (se aplicáveis). Está assim concluído o assistente de particionamento. Se estiver satisfeito com a tabela de partições gerada, pode escolher Terminar particionamento e escrever as alterações no disco a partir do menu, para implementar a nova tabela de partições (descrita no final desta secção). Se não estiver satisfeito, pode optar pela opção Desfazer as alterações às partições para correr o assistente de particionamento de novo ou modificar as alterações propostas como descritas antes para o particionamento manual. Um ecrã similar ao que acabou de ser exibido será visualizado se tiver escolhido o particionamento manual, no entanto a sua actual tabela de partição será exibida sem os pontos de montagem. Como configurar manualmente a tabela de partições e o uso de partições pelo seu novo sistema Debian será tema do resto desta secção. Se escolher um disco completamente vazio que não possuí partições nem espaço livre, ser-lhe-á pedido que crie uma nova tabela de partição (isto é necessário para que possa criar novas partições). Após esta operação uma nova linha de nome "ESPAÇO LIVRE" deverá aparecer debaixo do disco seleccionado. Se tiver seleccionado algum espaço livre, ser-lhe-á pedido que crie uma nova partição. Terá que responder a uma série de questões rápidas sobre a sua dimensão, tipo (primária ou lógica), e a sua localização (inicio ou final do espaço livre). Depois desta etapa, poderá visualizar informação detalhada da nova partição. Existem opções como ponto de montagem, opções de montagem, bootable flag, ou o modo de uso. Se não gostar dos valores pré-seleccionados por omissão, sinta-se à vontade para modificar o que quiser. Por exemplo, seleccionando a opção Usar Como:, poderá escolher diferentes sistemas de ficheiros para esta partição incluindo a possibilidade de usar a partição para swap, software RAID, LVM, ou não a usar de todo. Outra funcionalidade simpática é a possibilidade de copiar informação de uma partição já existente para esta última. Quando estiver satisfeito com a sua nova partição, seleccione Preparação da Partição Terminada e será enviado novamente para o ecrã principal do partman. Se decidir que tem que alterar algo na sua partição, seleccione simplesmente a partição e será apresentado o menu de configuração. Por este ser o mesmo ecrã da criação de uma nova partição, poderá alterar as mesmas opções desta. O que poderá não ser óbvio à primeira vista é o facto de poder redimensionar a partição seleccionando o item que mostra a dimensão da partição. Os sistemas de ficheiros conhecidos como funcionais neste método são pelo menos o fat16, fat32, ext2, ext3 e swap. Este menu permite-lhe ainda apagar a partição. Certifique-se que criou pelo menos duas partições: uma para o sistema de ficheiros root (que deverá ser montada como /) e outra para swap. Se se esquecer de montar o sistema de ficheiros root, o partman não lhe permitirá continuar até que corrija esta situação. As capacidades do partman podem ser extendidas através de módulos de instalação, mas dependem da arquitectura do seu sistema. Assim se não conseguir obter todas as funcionalidades verifique todos os módulos necessários (p. ex. partman-ext3, partman-xfs, ou partman-lvm). Assim que estiver satisfeito com o particionamento seleccione Terminar o particionamento e escrever as alterações no disco a partir do menu de particionamento. Ser-lhe-á apresentado um sumário das modificações efectuadas ao disco e pedida a confirmação para que os sistemas de ficheiros sejam criados conforme foram pedidos. 6.3.2.2. Configurar o Logical Volume Manager (LVM) Se estiver a trabalhar com computadores num nível de administrador de sistema ou como utilizador "avançado", já terá visto de certeza a situação em que alguma partição do disco (normalmente a mais importante) é pequena em espaço, enquanto que outras partições estão demasiado desaproveitadas e você tem que gerir a situação movendo informação de um lado para o outro, fazer links simbólicos, etc. Para evitar a situação descrita pode utilizar o Logical Volume Manager (LVM). Dito doutra forma, o LVM pode combinar várias partições (physical volumes na linguagem do LVM) para formar um disco virtual (o chamado volume group), que pode ser dividido em partições virtuais (logical volumes). O que há a reter é que volumes lógicos (e com certeza volume groups contidos) podem ser separados fisicamente através de vários discos. Quando se aperceber que necessita de mais espaço para a sua antiga partição/ home de 160 GB, pode simplesmente acrescentar um novo disco de 300GB ao computador, adicioná-lo ao volume group e então redimensionar o volume lógico que suporta o sistema de ficheiros /home e aí está -- os seus utilizadores terão novamente espaço na renovada partição de 460GB. Este exemplo naturalmente está um pouco simplificado. Se ainda não tiver lido deverá consultar o LVM HOWTO. A configuração do LVM no debian-installer é bastante simples. No inicio, terá que marcar as partições para serem usadas como volumes físicos para LVM. (Isto é feito no partman no menu Definições de Partição onde terá que seleccionar Utilizar como:->volume físico para LVM.) Inicie então o módulo lvmcfg (quer directamente a partir do partman ou a partir do menu principal do debian-installer) e combine os volumes físicos ao volume group no menu Alterar volume groups (VG) . Depois disto deverá criar volumes lógicos no topo do volume groups a partir do menu Modificar logical volumes (LV). Depois de voltar do lvmcfg para o partman, verá qualquer volume lógico criado do mesmo modo que as partições normais (e deverá tratá-las como tal). 6.3.2.3. Configurar o Dispositivo Multidisk (Software RAID) Se tiver mais que um disco rígido ^[3] no seu computador, poderá utilizar o comando mdcfg para configurar as drives para aumentar a perfomance e/ou maior fiabilidade na sua informação. O resultado é chamado Multidisk Device (ou seguido da sua variante mais famosa software RAID). Os MD são basicamente um conjunto de partições localizadas em discos diferentes e combinadas em conjunto de modo a formar um dispositivo lógico. Este dispositivo pode ser utilizado como uma partição vulgar (p.ex. no partman poderá formatá-la, atribuir um ponto de montagem, etc.). Os benefícios que irá ganhar dependem do tipo de dispositivo MD que está a criar. Actualmente os suportados são: RAID0 Visando principalmente a perfomance. RAID0 separa toda a informação que chega para dentro de stripes e distribuí a mesma de um modo idêntico para cada disco do array. Isto pode aumentar a velocidade das operações de leitura/gravação, mas quando um disco falha, perderá tudo (parte da informação está ainda nos discos saudáveis, a outra parte estava no disco que falhou. Tipicamente o RAID0 utiliza-se para partições utilizadas para edição de vídeo. RAID1 É indicado para configurações onde a fiabilidade é a primeira preocupação. Consiste em várias (normalmente duas) partições iguais, onde cada partição contém exactamente a mesma informação. Isto significa basicamente três coisas. Primeiro, se um dos discos falha, poderá sempre ter a sua informação espelhada nos outros discos. Segundo, pode usar apenas uma fracção da capacidade disponível (mais precisamente, é a dimensão da partição mais pequena do RAID). Terceiro, as leituras dos ficheiros são balanceadas entre os discos o que poderá melhorar a performance num servidor, tal como um servidor de ficheiros que tende a ser carregado com mais leituras do que escritas de ficheiros. Em opção pode utilizar um disco sobresselente no array que tomará o lugar do disco em falta em caso de falha do sistema. RAID5 É um bom compromisso entre velocidade, fiabilidade e redundância de informação. RAID5 divide toda a informação que chega e distribuí de um modo idêntico para todos os discos (de um modo similar ao RAID0). Mas ao contrário do RAID0, o RAID5 também computa informação de parity, que é escrita no disco que resta. O disco de paridade não é estático (este seria chamado RAID4), mas está constantemente a mudar, de modo que a informação de paridade esta identicamente distribuída em todos os discos. Quando um dos discos falha, a parte de informação que falta pode ser computada a partir das informação que restou e da sua paridade. O RAID5 deve consistir pelo menos em três partições activas. Em opção pode ter um disco alternativo no array que tomará o lugar do disco em falha. Como pode ver o RAID5 possuí um grau de fiabilidade similar aos RAID1 adquirindo menor redundância. Por outro lado pode ser um pouco mais lento numa operação de escrita do que o RAID0 devido à computação da informação de paridade. Para resumir : +-----------------------------------------------------------------------------+ | |Dispositivos| Dispositivo |Sobrevive | | |Tipo | Mínimos |Sobresselente| a falhas | Espaço Disponível | | | | |de disco? | | |-----+------------+-------------+----------+---------------------------------| | | | | |Dimensão da mais pequena partição| |RAID0|2 |não |não |multiplicada pelo número de | | | | | |dispositivos no RAID | |-----+------------+-------------+----------+---------------------------------| |RAID1|2 |opcional |sim |Dimensão da partição RAID mais | | | | | |pequena | |-----+------------+-------------+----------+---------------------------------| | | | | |Dimensão da mais pequena partição| |RAID5|3 |opcional |sim |multiplicada por (número de | | | | | |dispositivos no RAID menos um) | +-----------------------------------------------------------------------------+ Se quiser saber toda a verdade sobre o software RAID, dê uma vista de olhos no Software RAID HOWTO. Para criar um dispositivo MD necessita de ter as partições desejadas marcadas para uso em RAID. (Isto é feito com o partman no menu Partition settings onde deverá escolher Use as:->physical volume for RAID.) Atenção O suporte para MD é uma adição relativamente nova no instalador. Pode sofrer problemas em alguns níveis de RAID e em combinação com alguns gestores de arranque, se tentar utilizar MD no sistema de ficheiros root (/). Para utilizadores experientes, é possível contornar estes problemas executando alguma configuração ou passos na instalação de uma forma manual através da shell. Em seguida, deverá escolher Configurar RAID por software a partir do menu principal partman. No primeiro ecrã do mdcfg escolha simplesmente Criar dispositivo MD. Deverá ser-lhe apresentada uma lista com os vários tipos de dispositivos MD suportados a partir dos quais pode escolher um (p.ex. RAID1). O que se seguirá depende do tipo de MD que seleccionar. * O RAID0 é simples -- você será confrontado com uma lista de partições RAID disponíveis e a sua tarefa será apenas seleccionar as partições que formaram o MD. * O RAID1 possuí mais alguns truques. Primeiro, ser-lhe-á pedido que introduza o número de dispositivos activos e o número de dispositivos sobresselentes que formaram o MD. De seguida, necessitará de seleccionar de uma lista de partições RAID as que serão activas e as que serão sobresselentes. O número de partições seleccionadas terá que ser igual ao número fornecido alguns segundos atrás. Não se preocupe. Se efectuar algum erro e seleccionar um número diferente de partições, o debian-installer não lhe deixará continuar até que o erro seja corrigido. * O RAID5 possuí uma configuração similar ao RAID1 com a excepção de que necessita de utilizar pelo menos três partições activas. É perfeitamente possível ter vários tipos de MD ao mesmo tempo. Por exemplo se tiver três discos rígidos de 200 GB dedicados a MD, cada uma contendo partições de 100 GB, pode combinar as primeiras partições nos três discos em RAID0 (partição rápida de 300GB para edição de vídeo) e usar as outras três partições (2 activas e 1 sobresselente) para RAID1 (muito fiável para uma partição /home de 100GB). Depois de configurar os dispositivos MD de acordo com as suas preferências, pode executar Terminar mdcfg para voltar ao partman com vista à criação dos sistemas de ficheiros nos novos dispositivos MD e atribuí-los aos pontos de montagem habituais. 6.3.3. Instalar o Sistema Base Apesar desta fase ser a menos problemática, consome a maior parte do tempo da instalação pois executa o download, verifica e extrai todo o sistema base. Se tiver um computador ou uma ligação de rede lenta, poderá demorar algum tempo. 6.3.3.1. Instalação do Sistema Base Durante a instalação da Base, as mensagens de extracção de pacotes e da configuração são redireccionadas para o terminal tty3. Poderá aceder a este terminal premindo Left Alt-F3; pode voltar ao processo principal do instalador com Left Alt-F1. As mensagens de extracção/configuração geradas pela instalação da base são arquivadas em /var/log/messages quando a instalação é efectuada através de uma consola série. Como parte da instalação, um kernel Linux irá ser instalado. Como primeira prioridade, o instalador ir-lhe-à escolher um que melhor coincide com o seu hardware. Nos modos de prioridade mais baixa, você poderá escolher a partir de uma lista de kernels disponíveis. 6.3.4. Tornar o Sistema Iniciável Se estiver a efectuar a instalação numa estação de trabalho sem drive de disquetes obviamente que o arranque a partir do disco local deixa de ter significado, de modo que este passo é ignorado. Note que o arranque de múltiplos sistemas operativos numa única máquina é ainda considerada uma arte obscura. Este documento não pretende documentar os vários gestores de arranque, os quais variam por arquitectura e por vezes até por sub-arquitectura. Deverá consultar a documentação do seu gestor de arranque para mais informações. 6.3.4.1. Detecção de outros sistemas operativos Antes da instalação do gestor de arranque, o instalador tentará detectar outros sistemas operativos instalados na máquina. Se encontrar um sistema operativo que suporte, será informado no decurso da fase de instalação do gestor de arranque, e o computador será configurado para figurar no menu em adição ao Debian. Note que o arranque de múltiplos sistemas operativos numa única máquina é ainda considerada uma arte obscura. O suporte automático para a detecção e configuração dos gestores de arranque para arranque de outros sistemas operativos variam por arquitectura e por vezes até por sub-arquitectura. Se não funcionar deverá consultar a documentação do seu gestor de arranque para mais informações. Nota O instalador pode falhar na detecção de outro sistema operativo se as partições contidas neste último se encontrarem montadas na altura em que a detecção ocorrer. Isto pode ocorrer se escolher um ponto de montagem (p.ex. /win) para uma partição contendo outro sistema operativo no partman, ou se tiver partições montadas manualmente a partir de uma consola. 6.3.4.2. Continuar Sem Gestor de Arranque Esta opção pode ser usada para completar a instalação mesmo que o gestor de arranque não tenho sido instalado, ou pelo facto da arch/subarch não ter fornecido nenhum, ou porque nenhum ter sido desejado (p. ex. você irá usar o gestor de arranque existente). Se planeia configurar manualmente o gestor de arranque, deverá verificar o nome do kernel que está instalado em /target/boot. Deverá verificar também a presença na directoria de um initrd; se estiver um presente, provavelmente terá que instruir o gestor de arranque para que o utilize. Outro tipo de informação que irá necessitar é o disco e a partição que seleccionou para o seu sistema de ficheiros /, se escolher instalar a /boot numa partição separada. 6.3.5. Finalizar a Primeira Etapa Estes são os últimos detalhes a efectuar antes de reiniciar o seu novo Debian. Consistem basicamente em agrupar as tarefas após o debian-installer. 6.3.5.1. Finalizar a Instalação e Reiniciar Este é o último passo no processo inicial da instalação do Debian. Ser-lhe-á indicado que remova o meio de arranque (CD, floppy, etc) que usou para arrancar o instalador. O instalador irá efectuar as últimas tarefas, e então reiniciará já no seu novo sistema Debian. 6.3.6. Miscelânea Os componentes listados nesta secção estão normalmente envolvidos no processo de instalação, mas encontram-se em pano de fundo para ajudar o utilizador no caso de algo correr mal. 6.3.6.1. Gravar os logs de instalação Se a instalação tiver sido bem sucedida, os logfiles criados durante o processo de instalação serão automaticamente gravados em /var/log/debian-installer/ no seu novo sistema Debian. Ao escolher Guardar registos de debug do menu principal irá tornar possível a gravação dos ficheiros de log numa disquete . Isto pode ser útil se encontrar problemas graves durante a instalação e quiser estudar os relatórios noutro sistema ou incluí-los num relatório de instalação. 6.3.6.2. Utilizar a Shell e Ver os Logs Existe o seguinte item no menu Executar uma Shell. Se o menu quando necessitar da shell , carregue em Left Alt-F2 (num teclado Mac, Option-F2) para mudar para a segunda consola virtual. Trata-se da tecla Alt do lado esquerdo da tecla space bar, e a tecla de funçãoF2, ao mesmo tempo. Esta é uma janela separada a correr uma shell clonada de Bourne shell chamada de ash. Nesta fase arrancou a partir do disco RAM e dispõe apenas de uma série de utilitários Unix limitada para uso. Você poderá ver que programas estão disponíveis com o comando ls /bin /sbin /usr/bin /usr/sbin e executando help. O editor de texto é o nano. A shell possuí algumas funcionalidades úteis como a autocompletion e o historial. Utilize os menus para efectuar qualquer tarefa que seja possível fazer -- a shell e os comandos encontram-se lá apenas para o caso de algo correr mal. Em particular deve usar sempre os menus e não a shell para activar a partição swap, pois o menu do software não consegue detectar o que fez através da shell. Carregue em Left Alt-F1 para voltar a ter os menus, ou digite exit se tiver usado um item de menu para abrir a shell. 6.3.6.3. Instalação Através da Rede Um dos componentes mais interessantes é o network-console. Permite-lhe fazer uma grande parte da instalação através da rede via SSH. A utilização da rede implica que tem de executar as primeiras etapas da instalação a partir da consola, pelo menos até ao ponto de configurar a rede. (Embora possa automatizar essa parte com Secção 4.4, "Instalação Automática".) Este componente não é carregado por omissão para o menu principal da instalação, por isso tem de o pedir explicitamente. Se está a instalar a partir de CD, necessita arrancar com prioridade média ou caso contrário invoque o menu principal de instalação e escolha Carregar do CD componentes do instalador e a partir da lista de componentes adicionais escolha network-console: Continuar a instalação remotamente com SSH. O sucesso do carregamento é indicado com uma nova opção no menu chamada Continuar instalação remotamente com SSH. Após escolher esta nova opção, ser-lhe-à pedida uma nova password e a sua confirmação para ser utilizada para ligar ao sistema de instalação. E é tudo. Agora deve ver um ecrã que lhe diz para fazer o login remotamente como o utilizador installer com a password que você acabou de indicar. Outro detalhe importante a notar é a impressão digital (fingerprint) deste sistema. Você precisa de transferir de forma segura a impressão digital para "a pessoa que irá continuar a instalação remotamente". Caso você decida continuar com a instalação localmente, você pode sempre pressionar Enter, que o irá trazer de volta ao menu principal, onde poderá escolher outro componente. Agora vamos mudar para o outro lado do cabo. Como pré-requisito, você precisa de configurar o seu terminal para utilizar a codificação UTF-8, porque é essa que o sistema de instalação utiliza. Se não o fizer, a instalação remota ainda será possível, mas poderão aparecer no ecrã símbolos estranhos tais como cantos de caixas de diálogo destruídos ou caracteres não-ascii ilegíveis. Establecer uma ligação com o sistema de instalação é tão simples como escrever: $ ssh -l installer install_host Onde install_host é o nome ou o endereço IP do computador a ser instalado. Antes do login ser-lhe-à mostrada a impressão digital (fingerprint) do sistema remoto e você terá de confirmar se é o correcto. Nota Se você instalar vários computadores de cada vez e estes tiverem o mesmo endereço IP ou hostname, o ssh irá recusar-se a ligar a esses hosts. A razão é que terão impressões digitais (fingerprints) diferentes, que normalmente é o sinal de um ataque de spoofing. Se você tiver a certza que não é o caso, você necessita apagar a linha relevante em ~/.ssh/known_hosts e tentar novamente. Após o login ser-lhe-à apresentado um ecrã inicial onde terá duas possibilidades chamadas Iniciar menu e Iniciar shell. A anterior leva-o para o menu principal do instalador, onde pode prosseguir normalmente com a instalação. A última inicia uma shell de onde a partir da qual você pode examinar e possivelmente reparar o sistema remoto. Você deve iniciar apenas uma sessão SSH para o menu de instalação, mas pode iniciar várias sessões para shells. Atenção Após ter iniciado a instalação remotamente por SSH, você não deve voltar atrás para a sessão da instalação que corre na consola local. Se o fizer você pode corromper a base de dados que mantém a configuração do novo sistema. Isto pode resultar numa instalação falhada ou em problemas com o sistema instalado. Além disso, se estiver a correr a sessão SSH a partir de um terminal X, você não deve redimensionar a janela já que irá fazer com que a ligação seja terminada. 6.3.6.4. Correr o base-config a partir do debian-installer É possível configurar o sistema base dentro da primeira fase do instalador (antes de reinicializar a partir do disco rígido), correndo o comando base-config num ambiente chroot. Isto é principalmente útil para testar o instalador e normalmente deve ser evitado. -------------- ^[3] Para ser honesto, poderá construir um dispositivo MD mesmo a partir de partições residentes num disco rígido, mas não se provará útil. Capítulo 7. A Iniciar O Seu Novo Sistema Debian Índice 7.1. O Momento da Verdade 7.2. Configuração para depois da inicialização (Base) do Debian 7.2.1. Configurar O Seu Fuso Horário 7.2.2. Definir Utilizadores E Palavras Passe 7.2.3. A Configurar o PPP 7.2.4. A Configurar o APT 7.2.5. Instalação de Pacotes 7.2.6. Perguntas Durante a Instalação do Software 7.2.7. Configurar o Mail Transport Agent 7.3. Log In 7.1. O Momento da Verdade A primeira inicialização do seu sistema no seu todo é o que os engenheiros eléctricos chamam de "teste de fumo" Se está a iniciar directamente para o Debian, e o sistema não inicia, utilize o seu sistema de instalação original ou, se tiver, insira uma disquete de arranque e reinicie o sistema. Desta forma, irá provavelmente necessitar de adicionar alguns argumentos de inicialização tais como root=root, onde root é a sua partição de raiz, como por exemplo /dev/sda1. 7.2. Configuração para depois da inicialização (Base) do Debian Depois do arranque, ser-lhe-á pedido para completar a configuração do seu sistema básico, e depois para seleccionar pacotes adicionais que deseja instalar. A aplicação que irá guiá-lo neste processo chama-se base-config. O seu conceito é muito semelhante ao do debian-installer da primeira fase. Na realidade, o base-config consiste num conjunto de componentes especializados, onde cada componente trata de uma tarefa de configuração, contém "menus escondidos não visíveis" e também usa o mesmo sistema de navegação. Se pretender voltar a correr o base-config em qualquer altura depois da instalação estar completa, como root escreva base-config. 7.2.1. Configurar O Seu Fuso Horário Depois do ecrã de boas vindas, ser-lhe-á pedido para configurar o seu fuso horário. Seleccione primeiramente se o relógio de hardware do seu sistema está acertado para a hora local ou para o Horário do Meridiano de Greenwhich (GMT ou UTC). O horário apresentado pode ajudar a decidir a opção correcta. Dependendo da localização seleccionada no inicio do processo de instalação, ser-lhe-á apresentado de seguida apenas um fuso horário ou uma lista de fusos horários relevantes para essa localização. Se apenas for mostrado um fuso horário, escolha Yes para confirmar ou escolha No para escolher um fuso horário da lista completa de fusos horários. Se for mostrada uma lista, seleccione o seu fuso horário dessa lista, ou Outro para a lista completa. 7.2.2. Definir Utilizadores E Palavras Passe 7.2.2.1. Definir a Palavra Pass de Root A conta de root é também chamada de super-user; é um acesso ao sistema que ultrapassa qualquer protecção de segurança no seu sistema. A conta de root deve apenas ser utilizada para efectuar administração do sistema, e apenas por um período que deve ser o mais curto possível. Qualquer password que criar deve conter pelo menos 6 caracteres, e deve conter tanto caracteres maíusculos como minúsculos, bem como caracteres de pontuação. Tenha especial atenção quando definir a sua password de root, uma vez que é uma conta com muitos poderes. Evite o uso de palavras que constem em dicionários ou que contenham alguma informação pessoal que facilmente possa ser adivinhada. Se alguma vez alguém lhe disser que precisa da sua password de root, esteja atento. Normalmente não deve dar a sua password de root, a não ser que esteja a administrar uma máquina com mais do que um administrador de sistemas. 7.2.2.2. Criar um Utilizador Normal Nesta fase o sistema perguntar-lhe-á se pretende criar uma conta para um utilizador normal. Esta conta deverá ser a sua conta principal de acesso. Não Deve usar a conta de root para o uso diário ou para seu o acesso pessoal. Porque não? Bem, uma das razões para evitar usar os privilégios de root é porque é muito fácil fazer estragos irreparáveis como root. Outra razão é porque poderá ser levado a correr um programa Cavalo de Tróia -- que é um programa que tira vantagens de poderes de um super-utilizador para comprometer a segurança do seu sistema sem dar por isso. Qualquer bom livro de administração de sistemas Unix cobrirá este tópico com mais detalhe -- considere a leitura de um se este assunto for novo para si. Ser-lhe-á perguntado inicialmente o nome completo do utilizador. Seguidamente ser-lhe-á perguntado por um nome para a conta de utilizador; geralmente o seu primeiro nome ou algo similar será suficiente e será esse o valor por defeito. Finalmente, ser-lhe-á perguntado a password para esta conta. Se em qualquer ponto depois da instalação pretender criar outra conta, utilize o comando adduser. 7.2.3. A Configurar o PPP Se nenhuma rede tiver sido configurada durante a primeira fase da instalação, ser-lhe-á perguntado de seguida se pretende instalar o resto do sistema usando o PPP. O PPP é um protocolo utilizado para estabelecer ligações por telefone entre modems. Se configurar o modem agora, a instalação do sistema será capaz de fazer download dos pacotes adicionais ou actualizações de segurança da Internet nos próximos passos da instalação. Se não tiver um modem no seu computador ou se preferir configurar o seu modem depois da instalação, pode saltar este passo. Para configurar a sua ligação PPP, irá precisar de alguma informação do seu fornecedor de Internet (ISP), incluindo o número de telefone, nome de utilizador, password e servidores de DNS (opcional). Alguns ISPs fornecem guias de instalação para distribuições Linux. Pode usar essa informação mesmo que não seja específica para Debian uma vez que a maior parte dos parâmetros de configuração (e software) é semelhante em todas as distribuições de Linux. Se pretender configurar o PPP agora, um programa chamado pppconfig será executado. Este programa ajuda-o a configurar a sua ligação PPP. Certifique-se que, quando perguntar pelo nome da sua ligação telefónica, que lhe chama provider. Se tudo correr bem, o programa pppconfig irá guiá-lo a uma configuração da ligação PPP sem problemas. No entanto, se não funcionar, veja abaixo instruções detalhadas. Para poder configurar o PPP, irá necessitar de conhecer os princípios básicos da edição e visualização de ficheiros em GNU/Linux. Para visualizar ficheiros, deverá usar o more, e o zmore para ficheiros comprimidos com a extensão .gz. Por exemplo, para ver o README.debian.gz, escreva zmore README.debian.gz. O sistema base vem com um editor chamado nano, que é muito simples de utilizar, mas não inclui muitas funcionalidades. Irá provavelmente querer instalar editores com mais funcionalidades e mais poderosos mais tarde, tais como o jed, o nvi, o less, e o emacs. Edite o /etc/ppp/peers/provider e substitua o /dev/modem por /dev/ttyS# onde # significa o número da sua porta de série. Em Linux, a numeração das portas de série começa em 0; a primeira porta de série é /dev/ttyS0 em Linux. O próximo passo é editar o /etc/chatscripts/provider e inserir o número de telefone do seu fornecedor, o seu nome de utilizador e password. Por favor não apague o "\ q" que antecede a password. Isto faz com que a sua password não apareça nos ficheiros de registo. Muitos fornecedores usam o PAP ou o CHAP para a sequência de autenticação em vez de utilizarem a autenticação em modo de texto. Outros usam ambos. Se o seu fornecedor requer o uso de PAP ou CHAP, irá necessitar de seguir um procedimento diferente. Comente tudo abaixo da sequência de marcação (a que começa com "ATDT") no /etc/chatscripts/provider, modifique o /etc/ppp/peers/ provider, tal como foi descrito em cima, e adicione user name onde name significa o seu nome de utilizador para o fornecedor que pretende efectuar a ligação. Seguidamente, edite o /etc/ppp/pap-secrets ou o /etc/ppp/chap-secrets e introduza lá a sua password. Irá também necessitar de editar o /etc/resolv.conf e adicionar o endereço IP do servidor de nomes (DNS) do seu fornecedor. As linhas no /etc/resolv.conf tem o seguinte formato: nameserver xxx.xxx.xxx.xxx onde os x são os números do endereço IP. Opcionalmente pode adicionar a opção usepeerdns ao ficheiro /etc/ ppp/peers/provider, o que irá activar a escolha automática dos servidores DNS, utilizando as definições que a máquina remota normalmente fornece. A não ser que o seu fornecedor possua uma sequência de login diferente da maioria dos ISPs, este passo está concluído! Inicie a ligação PPP escrevendo pon como root, e verifique o processo utilizando o comando plog. Para desligar, utilize poff, de novo, como root. Ler o ficheiro /usr/share/doc/ppp/README.Debian.gz para mais informações de como usar o PPP em Debian. Para ligações SLIP estáticas, necessitará de adicionar o comando slattach (do pacote net-tools) no /etc/init.d/network. O SLIP dinâmico necessita do pacote gnudip. 7.2.3.1. Configurar o PPP através de Ethernet (PPPOE) O PPPOE é um protocolo relacionado com o PPP utilizado por algumas ligações de banda larga. Neste momento não existe suporte na configuração base para ajuda-lo a definir este tipo de ligações. No entanto, o software necessário já se encontra instalado, o que significa que pode configurar o PPPOE manualmente nesta fase da instalação indo para para VT2 e executando o pppoeconf. 7.2.4. A Configurar o APT O meio principal que os utilizadores utilizam para instalar pacotes nos seus sistemas é através de um programa chamado apt-get, do pacote apt. ^[4] Outras ferramentas para a gestão de pacotes, como o aptitude, o synaptic e o antigo dselect também usam e dependem do apt-get. Estas ferramentas são recomendadas para novos utilizadores, uma vez que integram algumas funcionalidades adicionais (procura de pacotes e verificação de estado) num agradável ambiente gráfico. O APT tem que ser configurado de modo a que saiba onde ir buscar os pacotes. A aplicação que ajuda nesta tarefa é a apt-setup. O próximo passo no seu processo de configuração é dizer ao APT onde outros pacotes Debian podem ser encontrados. Note que pode correr este utilitário de novo a qualquer altura depois da instalação executando o apt-setup, ou editando manualmente o /etc/apt/sources.list. Se um CD-ROM oficial estiver na drive neste momento, então esse CD-ROM deve ser configurado automaticamente como uma fonte do apt sem lhe ser perguntado. Irá notar esta situação porque irá observar o CD-ROM a ser pesquisado. Para utilizadores sem um CD-ROM oficial, ser-lhe-á oferecido um conjunto de escolhas da forma como os pacotes Debian são acedidos: FTP, HTTP, CD-ROM, ou um sistema de ficheiros local. Deverá saber que é perfeitamente aceitável ter uma quantidade de fontes APT diferentes, mesmo que seja para o mesmo repositório Debian. O apt-get irá escolher automaticamente o pacote com o número de versão mais alto dadas todas as versões disponíveis. Ou, por exemplo, se tive tanto uma fonte APT HTTP e um CD-ROM, o apt-get deverá usar automaticamente o CD-ROM local quando possível, e apenas recorrer ao HTTP se uma versão mais recente estiver disponível. No entanto, não é uma boa ideia adicionar fontes APT desnecessárias, uma vez que irá atrasar o processo de verificação de novas versões nos repositórios de rede. 7.2.4.1. Configurar As Fontes de Pacotes de Rede Se pretender instalar o resto do seu sistema via rede, a opção mais comum é seleccionar a fonte http. Uma fonte ftp é também aceitável, mas tende a ser algo mais lento ao efectuar as ligações. O próximo passo durante a configuração das fontes de pacotes por rede é informar o apt-setup em que país vive. Isto configura qual dos repositórios oficiais do Debian na Internet irá ligar-se. Dependendo do país que escolher, ser-lhe-á apresentada uma lista de possíveis servidores. Poderá escolher logo o primeiro da lista, no entanto qualquer outro deverá funcionar. De notar contudo que a lista de repositórios fornecida pela instalação foi gerada quando uma versão do Debian foi lançada e que alguns desses repositórios podem já não estar disponíveis. Depois de ter escolhido o repositório, ser-lhe-á perguntado se um servidor de proxy deve ser usado. Um servidor de proxy é um servidor que encaminha todos os seus pedidos de HTTP e/ou FTP para a Internet e é maioritariamente utilizado para regular e optimizar o acesso à Internet em redes empresariais. Em alguma redes apenas o servidor de proxy está autorizado a aceder à Internet, em qualquer dos casos terá que introduzir o nome do servidor de proxy. Poderá também ter de incluir o nome de um utilizador e uma password. A maioria dos utilizadores domésticos não necessitará de especificar um servidor de proxy, no entanto alguns ISPs podem fornecer servidores de proxy para os seus utilizadores. Depois de escolher o repositório, a sua nova fonte de pacotes de rede irá ser testada. Se tudo correr bem, ser-lhe-á perguntado se pretende adicionar outra fonte de pacotes. Se tiver algum problema na utilização da fonte de pacotes que escolheu, tente utilizar um repositório diferente (seja da lista do seu país ou da lista global), ou tente utilizar uma fonte de pacotes de rede diferente. 7.2.5. Instalação de Pacotes De seguida ser-lhe-á oferecido um conjunto de configurações de software pré-definidas oferecidas pelo Debian. Poderá sempre escolher, pacote a pacote, o que pretender instalar na sua nova máquina. Esta é a função do programa aptitude, descrito abaixo. Mas este pode ser uma tarefa longa com cerca de 14650 pacotes disponíveis no Debian! Assim, tem a capacidade de primeiramente escolher as tasks, e mais tarde adicionar pacotes individuais. Estas tarefas representam um conjunto de diferentes trabalhos ou coisas que pretende fazer com o seu computador, tais como "computador de trabalho", "servidor de web", ou "servidor de impressão"^[5 ]. Secção C.3, "Espaço em Disco Necessário para Tarefas" lista o espaço necessário para as tarefas disponíveis. Assim que tiver seleccionado as suas tarefas, seleccione Ok. Neste ponto, o aptitude irá instalar os pacotes que seleccionou. Nota Mesmo que não escolha qualquer tarefa, qualquer pacote normal, importante ou prioritariamente necessário que ainda não esteja presente no seu sistema irá ser instalado. Esta funcionalidade é a mesma que executar tasksel -ris na linha de comandos, e actualmente transfere cerca de 37M de ficheiros. Ser-lhe-á mostrado o número de pacotes para serem instalados, e quantos kilobytes de pacotes, se existirem, necessitam de ser transferidos. Se pretender escolher o que instalar numa base de pacote a pacote, seleccione a opção "selecção manual de pacotes" no tasksel. Se seleccionar uma ou mais tarefas além desta opção, o aptitude irá ser chamado com a opção --visual-preview. Isto significa que poderá rever^[6] os pacotes que estão para ser instalados. Se não seleccionar qualquer tarefa, o ecrã normal do aptitude será apresentado. Depois de fazer as suas selecções deverá carregar em "g" para iniciar a transferência e a instalação dos pacotes. Nota Se escolher a "selecção manual de pacotes" sem escolher qualquer tarefa, nenhum pacote irá ser instalado por omissão. Isto significa que pode usar esta opção se pretender instalar um sistema mínimo, mas também que a responsabilidade para seleccionar qualquer pacote não instalado como parte do sistema base (antes do reboot) que pode ser necessária para o seu sistema. Dos 14650 pacotes disponíveis no Debian, apenas uma pequena minoria está coberta pelas tarefas oferecidas no Instalador de Tarefas. Para ver informação sobre mais pacotes, pode usar o apt-cache search search-string para uma data string de pesquisa (ver a página do manual apt-cache(8)), ou execute o aptitude como descrito abaixo. 7.2.5.1. Selecção de Pacotes Avançada com o aptitude O aptitude é um programa moderno para gerir pacotes. O aptitude permite-lhe seleccionar pacotes individuais, conjuntos de pacotes por um dado critério (para utilizadores avançados), ou tarefas inteiras. As combinações de teclas mais utilizadas são: +---------------------------------------------------------------------+ | Tecla | Action | |-----------+---------------------------------------------------------| |Cima, Baixo|Move a selecção para cima e para baixo. | |-----------+---------------------------------------------------------| |Enter |Abrir/expandir/activar um item. | |-----------+---------------------------------------------------------| |+ |Marcar o pacote para ser instalado. | |-----------+---------------------------------------------------------| |- |Marcar o pacote para ser desinstalado. | |-----------+---------------------------------------------------------| |d |Mostra as dependências do pacote. | |-----------+---------------------------------------------------------| |g |Faz a transferência/instalação/desinstalação dos pacotes.| |-----------+---------------------------------------------------------| |q |Sair da vista actual. | |-----------+---------------------------------------------------------| |F10 |Activa o menu. | +---------------------------------------------------------------------+ Para mais comandos veja a ajuda utilizando a tecla ?. 7.2.6. Perguntas Durante a Instalação do Software Cada pacote que seleccionar com o tasksel ou o aptitude é transferido, desempacotado e depois instalado na sua vez pelos programas apt-get e dpkg. Se um programa particular necessita de mais informação do utilizador, ser-lhe-á perguntado durante esse processo. Poderá também ter em atenção ao ecrã durante o processo, para ver qualquer erro de instalação (apesar de que ser-lhe-á perguntado para confirmar os erros que previnem a instalação dos pacotes). 7.2.7. Configurar o Mail Transport Agent Hoje em dia, o email é uma parte muito importante da vida de muitas pessoas, por isso não é nenhuma surpresa que o Debian o deixe configurar o seu sistema de correio de forma correcta como parte do processo de instalação. O agente de transporte de mail por omissão no Debian é o exim4, que é relativamente pequeno, flexível, e fácil de aprender. Poderá perguntar se isto é necessário mesmo que o seu computador não esteja ligado a nenhuma rede. A resposta mais rápida é: Sim. A explicação mais longa: Algumas ferramentas do sistema (tal como o cron, o quota, o aide, ...) podem enviar-lhe avisos importantes por email. Assim no primeiro ecrã ser-lhe-á apresentado um conjunto de cenários comuns de mail. Escolha o que mais se adequa às suas necessidades: site de internet O seu sistema está ligado a uma rede e o seu correio é enviado e recebido directamente usando o SMTP. Nos ecrãs seguinte ser-lhe-á perguntado algumas questões básicas, como o nome para o correio da sua máquina, ou uma lista de domínios para os quais deseja aceitar e encaminhar o correio. correio enviado por smarthost Neste cenário o seu mail de saída é encaminhado para outra máquina, chamada de "smarthost", que irá fazer o trabalho por si. O smarthost normalmente também guarda correio direccionado para o seu computador, assim não é preciso que esteja permanentemente online. O que também significa que tem que transferir o seu correio do smarthost através de programas tal como o fetchmail. Esta opção é aconselhável para utilizadores de acesso telefónico. distribuição local apenas O seu sistema não está numa rede e o correio apenas é enviado ou recebido entre utilizadores locais. Mesmo que não tenha a intenção de enviar quaisquer mensagens, esta opção é altamente recomendável, porque algumas ferramentas do sistema podem enviar-lhe vários alertas de tempos a tempos (p.e. o adorado "Disk quota exceeded"). Esta opção é também conveniente para novos utilizadores, porque não irá fazer mais nenhuma pergunta. sem configuração neste momento Escolha esta opção se está absolutamente convencido de que sabe o que está a fazer. Esta opção irá deixar-lhe com o sistema de correio desconfigurado -- até que o configure, não será capaz de enviar ou receber qualquer mail e pode perder algumas mensagens importantes dos utilitários do seu sistema. Se nenhum destes cenários serve as suas necessidades, ou se necessita de uma configuração mais detalhada. irá necessitar de editar os ficheiros de configuração na directoria /etc/exim4 depois da instalação estar completa. Poderá encontrar mais informação sobre o exim4 em /usr/share/doc/exim4. 7.3. Log In Depois de ter instalado os pacotes, ser-lhe-á apresentado o comando de login. Entre no sistema utilizando o seu nome de utilizador pessoal e a password que escolheu. O seu sistema está pronto a ser utilizado. Se é um novo utilizador, poderá querer explorar a documentação que já se encontra instalada no seu sistema à medida que começa a utiliza-lo. Existem presentemente diversos sistemas de documentação, estão sendo feitos esforços no sentido de integrar os diferentes tipo de documentação. Aqui estão alguns pontos de partida. A documentação que acompanha os programas que instalou estão em /usr/share/doc /, dentro de uma subdirectoria com o mesmo nome do programa. Por exemplo, o Guia dos Utilizadores do APT utilize o apt para instalar outros programas no seu sistema, que está localizado em /usr/share/doc/apt/guide.html/index.html. Adicionalmente, existem algumas directorias especiais dentro da hierarquia /usr /share/doc/. Os Linux HOWTOs estão instalados no formato .gz,em /usr/share/doc/ HOWTO/en-txt/. O /usr/share/doc/HTML/index.html contém índices navegáveis da documentação instalada pelo dhelp. Uma maneira fácil de ver estes documentos é fazer cd /usr/share/doc/ e escrever lynx seguido de um espaço e um ponto (o ponto significa a directoria actual). Poderá também escrever info command ou man command para ver a documentação na maioria dos comandos disponíveis na linha de comandos. Escrever help irá apresentar uma ajuda nos comandos de shell. E escrever um comando seguido de --help irá normalmente apresentar um resumo da forma de utilização desse comando. Se o resultado de um comando passar o topo do ecrã, escreva | more depois do comando para fazer com que os resultados parem depois de passar o topo do ecrã. Para ver uma lista de todos os comandos necessários que começam com uma determinada letra, escreva a letra seguido de dois tabs. Para uma introdução mais completa ao Debian e ao GNU/Linux, consulte /usr/share /doc/debian-guide/html/noframes/index.html. -------------- ^[4] Note que o programa actual que instala os pacotes é o dpkg. No entanto, este pacote é uma ferramenta de mais baixo nível. O apt-get é uma ferramenta de um nível mais alto uma vez que invoca o dpkg quando necessário e também porque é capaz de instalar outros pacotes que são necessários para o pacote que está a tentar instalar, bem como ir buscar o pacote do CD, da rede, ou de outro lado. ^[5] Deverá saber que para apresentar esta lista, o base-config está meramente a invocar o programa tasksel. Para uma selecção de pacotes manual, o programa aptitude está a ser executado. Qualquer um destes pode ser executado a qualquer altura depois da instalação para instalar (ou remover) mais pacotes. Se está à procura de um pacote específico, depois da instalação estar concluída, simplesmente execute aptitude install package, onde package é o nome do pacote que procura. ^[6] Pode sempre modificar as selecções padrão. Se pretender seleccionar qualquer pacote adicional, use Ver->Nova Vista de Pacotes. Capítulo 8. Próximos Passos e Onde Ir a Partir Daqui Índice 8.1. Se Você é Novo em Unix 8.2. Oriente-se Para Debian 8.2.1. Sistema de Pacotes Debian 8.2.2. Aplicação de Gestão de Versões 8.2.3. Gestão dos Cron Jobs 8.3. Leitura e Informação Adicional 8.4. Compilando um Novo Kernel 8.4.1. Gestão das Imagens dos Kernel 8.1. Se Você é Novo em Unix Se você é novo em Unix, você provavelmente deve saír e comprar alguns livros e fazer algumas leituras. Muita informação valiosa pode também ser encontrada em Debian Reference. Esta lista de FAQs de Unix contém um número de documentos da UseNet que disponibilizam boas referências históricas. O Linux é uma implementação de Unix. O Projecto de Documentação de Linux (LDP) junta inúmeros HOWTOs e livros online relacionados com Linux. A maioria destes documentos pode ser instalada localmente; basta que instale o pacote doc-linux-html (versão HTML) ou o pacote doc-linux-text (versão ASCII), e depois procure em /usr/share/doc/HOWTO. Versões internacionais dos HOWTOs LDP também estão disponíveis como pacotes Debian. 8.2. Oriente-se Para Debian O Debian é ligeiramente diferente das outras distribuições. Mesmo se está familiarizado com outras distribuições de Linux, há algumas coisas que deverá saber sobre Debian para o ajudar a manter o seu sistema limpo e eficiente. Este capítulo contém material para o orientar; não é intenção ser um tutorial sobre como usar Debian, mas apenas um breve piscar de olhos do sistema, para os muito apressados. 8.2.1. Sistema de Pacotes Debian O conceito mais importante para realçar é o sistema de pacotes Debian. Na sua essência, grande parte do seu sistema deve ser consdiderado sob o controlo do sistema de pacotes. Incluem-se: * /usr (excluindo /usr/local) * /var (poderá fazer /var/local e ficar lá seguro) * /bin * /sbin * /lib Por exemplo, se substituir /usr/bin/perl, isso irá funcionar, mas se fizer um upgrade ao seu pacote perl , o ficheiro que lá puser irá ser substituído. Utilizadores mais avançados poderão contornar isto, ao colocar pacotes como hold no aptitude. Um dos melhores métodos de instalação é o apt. Pode usar a versão de linha de comandos apt-get ou a versão de texto em ecrã inteiro aptitude. Note que o apt deixa-lo-á fazer a junção de main, contrib e non-free, de forma a que possa ter pacotes com restrições de exports assim como versões standard. 8.2.2. Aplicação de Gestão de Versões Versões alternativas das aplicações são geridas por alternativas de actualização. Se está a manter múltiplas versões das suas aplicações, leia a página do manual update-alternatives. 8.2.3. Gestão dos Cron Jobs Quaisquer tarefas debaixo do âmbito do administrador do sistema, devem estar colocadas em /etc, uma vez que são ficheiros de configuração. Se tem um cron job para root, para correr diariamente, semanalmente, ou mensalmente, coloque-os em /etc/cron.{daily,weekly,monthly}. Estes serão invocados a partir de /etc/crontab, e correrão por ordem alfabética o que os serializa. Por outro lado, se tem um cron job que (a) necessita de ser corrido como um utilizador especial ou, (b) necessita de escolher em determinada altura ou com determinada frequência, pode usar tanto /etc/crontab, ou, melhor ainda, /etc/ cron.d/whatever. Estes ficheiros particulares também têm um campo extra que lhe permite estipular o utilizador que sob o qual o cron job corre. Em qualquer um dos casos, basta editar os ficheiros e o cron irá notá-lo automaticamente. Não há necessidade de correr um comando especial. Para mais informação veja cron(8), crontab(5), e /usr/share/doc/cron/README.Debian. 8.3. Leitura e Informação Adicional Se necessita de informação sobre um programa em particular, deverá tentar primeiro o programa man program, ou info program. Há uma grande quantidade de informação útil em /usr/share/doc. Em particular, / usr/share/doc/HOWTO e /usr/share/doc/FAQ contêm grande quantidade de informação interessante. Para enviar bugs, veja o ficheiro /usr/share/doc/debian/bug*. Para ler sobre assuntos específicos de Debian relativos a determinados programas, veja o ficheiro /usr/share/doc/(package name)/README.Debian. O website Debian contém uma grande quantidade de documentação acerca de Debian. Veja em particular o Debian FAQ e a Referência Debian. está disponível um índice com mais documentação Debian a partir do Debian Documentation Project. A comunidade Debian é auto-suportada; para subscrever uma ou mais mailing lists Debian, veja a página Mail List Subscription. E em último, mas não menos importante, os arquivos das Mailing Lists Debian contém informação rica acerca de Debian. Uma fonte genérica de informação sobre GNU/Linux é o Projecto de Documentação Linux. Aí, irá encontrar HOWTOs e caminhos para outras informações valiosas sobre partes de um sistema GNU/Linux. 8.4. Compilando um Novo Kernel Porque é que alguém irá querer compilar um novo kernel? Na grande maioria das vezes não é necessário uma vez que o kernel que vem por omissão com Debian funciona com a maioria das configurações. Além disso, normalmente Debian oferece vários kernels alternativos. Por isso poderá querer verificar se existe um pacote com uma imagem de kernel alternativa que melhor corresponda ao seu hardware. No entanto, poderá ser útil compilar um novo kernel, para: * tratar de necessidades específicas em termos de hardware, ou conflitos do mesmo com os kernel pré-compilados * usar opções do kernel que não são suportadas pelos kernels pré-fornecidos (tais como suporte para muita memória) * optimizar o kernel removendo drivers inúteis para diminuir o tempo de arranque * criar um kernel monolítico em vez de um kernel modular * correr um kernel actualizado ou de desenvolvimento * aprender mais averca de kernels linux 8.4.1. Gestão das Imagens dos Kernel Não tenha medo de tentar compilar o kernel. É divertido e lucrativo. Para compilar um kernel à maneira Debian, necessita de alguns pacotes: fakeroot, kernel-package, kernel-source-2.4.27 (a versão mais recente na altura em que isto foi escrito) e mais alguns que provavelmente já estarão instalados (veja /usr/share/doc/kernel-package/README.gz para a lista completa). Este método irá fazer um .deb da fonte do seu kernel, e, se tiver módulos não-standard, fazer igualmente um .deb dependente sincronizado. É a melhor maneira de gerir as imagens dos kernel; /boot irá guardar o kernel, o System.map e um log do ficheiro de configuração activo para a build. Note que você não tem que compilar o seu kernel "à maneira Debian"; mas nós achamos que usar o sistema de pacotes para gerir o seu kernel é na verdade mais seguro e fácil. De facto, pode obter a fonte do kernel directamente de Linus, em vez de kernel-source-2.4.27, ainda assim use o método de compilação kernel-package. Note que irá encontrar documentação completa utilizando kernel-package sob /usr /share/doc/kernel-package. Esta secção apenas contém um breve tutorial. A partir de aqui, iremos assumir que tem as rédeas da sua máquina, e irá extrair o seu código-fonte do kernel para algum local dentro da sua directoria home^[7]. Iremos também assumir que a sua versão do kernel é 2.4.27. Assegure-se que está na directoria para onde deseja descompactar as fontes do kernel, extraia-as com tar xjf /usr/src/linux-source-2.4.27.tar.bz2 e mude-se para o directório kernel-source-2.4.27 que terá sido criado. Agora, pode configurar o seu kernel. Corra make xconfig se o seu X11 está instalado, configurado e a correr; corra make menuconfig caso contrário (irá necessitar da libncurses5-dev instalada). Dispense tempo para ler a ajuda online e escolher cuidadosamente as opções. Quando em dúvida, a melhor opção será incluir o gestor de periféricos (o software responsável por gerir os periféricos de hardware, tais como placas de rede - Ethernet -, controladores SCSI e mais) sobre o que está em dúvida. Tenha cuidado: outras opções, não relacionadas com hardware específico, devem ser deixadas com os valores pré-definidos se não compreender o que significam. Não se esqueça de seleccionar o "Kernel module loader" em "Loadable module support" (não está seleccionado de origem). Se não for incluído, a sua instalação Debian poderá vir a ter problemas. Limpe a árvore da origem (source tree) e faça reset aos parâmetros do kernel-package . Para fazer isso, faça make-kpkg clean. Agora, compile o kernel: fakeroot make-kpkg --revision=custom.1.0 kernel_image. O número da versão de "1.0" pode ser mudada à vontade; isto é apenas um número de versão que irá usar para manter registo das suas compilações. Da mesma forma, pode colocar qualquer palavra que deseje no lugar de "custom" (e.g., um host name). A compilação do kernel poderá demorar um pouco, dependendo da capacidade da sua máquina. Quando a compilação estiver completa, poderá instalar o seu kernel personalizado como qualquer pacote. Como root, faça dpkg -i ../ kernel-image-2.4.27-subarchitecture_custom.1.0_arm.deb. A parte subarchitecture é uma sub-arquitectura opcional, dependendo das opções de kernel que colocou. dpkg -i kernel-image... irá instalar o kernel, juntamente com alguns outros ficheiros de suporte. Por exemplo, o System.map irá ser instalado correctamente (ajuda a fazer debug de problemas no kernel), e /boot/config-2.4.27 irá ser instalado, contendo a sua configuração actual. O seu novo pacote kernel-image-2.4.27 é também suficiente esperto para automaticamente usar o gestor de arranque correcto para a sua plataforma, para realizar uma actualização no arranque, permitindo-o arrancar sem voltar a executar o gestor de arranque. Se criou um pacote de módulos, e.g., se tem PCMCIA, irá igualmente necessitar de instalar esse pacote. É altura de re-iniciar o sistema; leia cuidadosamente qualquer aviso que o passo acima possa ter produzido, e de seguida faça shutdown -r now. Para mais informação acerca de kernel-package, leia ocumentação em /usr/share/ doc/kernel-package. -------------- ^[7] Existem outras localizações para onde pode extrair as fontes dos kernel e construir o seu kernel personalizado, mas esta é a mais simples, uma vez que não requer permissões especiais. Apêndice A. Howto de Instalação Índice A.1. Preliminares A.2. Iniciar o instalador A.2.1. CDROM A.2.2. Iniciar a partir da rede A.2.3. Iniciar de disco rígido A.3. Instalação A.4. Envie-nos um relatório de instalação A.5. E finalmente.. Este documento descreve como instalar Debian GNU/Linux sarge para ARM ("arm") com o novo debian-installer. É uma rápida passagem pelo processo de instalação que deve conter toda a informação que precisa para a maioria das instalações. Quando mais informação for necessária, visite o Guia de Instalação Debian GNU/ Linux para explicações mais detalhadas. A.1. Preliminares Se encontrar bugs durante a instalação, por favor consulte a Secção 5.3.4, "Submeter Relatórios de Instalação" para instruções em como relatá-los. Se tiver questões que não são respondidas por este documento, envie-as por favor para a lista de mail debian-boot (debian-boot@lists.debian.org) ou pergunte no IRC (#debian-boot na rede freenode). A.2. Iniciar o instalador A equipa do cd-debian fornece configurações das imagens de CD utilizando debian-installer na página Debian GNU/Linux em CDs. Para mais informações em onde adquirir CDs, visite a Secção 4.1, "Conjuntos Oficiais de CD-ROM's Debian GNU/Linux". Alguns métodos de instalação requerem outras imagens para além das de CD. A Secção 4.2.1, "Onde Encontrar Imagens de Instalação" explica como encontrar imagens nos Debian mirrors. As subsecções abaixo irão dar os detalhes sobre qual das imagens deverá utilizar para cada possível meio de instalação. A.2.1. CDROM Existem duas imagens de CD para 'netinst' diferentes que podem ser utilizadas para instalar sarge com debian-installer. Estas imagens servem para iniciar a partir de CD e instalar pacotes adicionais a partir da rede, daí o nome 'netinst'. A diferença entre as duas imagens é que na imagem completa 'netinst' são incluídos os pacotes base, e na imagem business card tem de fazer download destes. Se preferir, pode adquirir uma imagem completa do CD que não precisará de rede para a instalação. Irá precisar apenas do primeiro CD do conjunto de CDs. Efectue o download de qualquer tipo que preferir e grave para um CD. A.2.2. Iniciar a partir da rede É também possível iniciar o debian-installer totalmente a partir da rede. Os vários métodos para netboot dependem da arquitectura e da configuração de netboot. Os ficheiros em netboot/ podem ser utilizados para netboot debian-installer. A.2.3. Iniciar de disco rígido É possível iniciar o instalador sem utilizar dispositivos amovíveis, mas apenas com o disco rígido existente, que poderá ter um sistema operativo diferente. Faça o download de hd-media/initrd.gz, hd-media/vmlinuz, e uma imagem de CD Debian para a directoria de raiz do seu disco rígido. Certifique-se que a imagem de CD tem um ficheiro cujo o nome termine em .iso. Agora é só uma questão de iniciar o linux com o initrd. A.3. Instalação Uma vez que o instalador inicie, você será saudado com um ecrã inicial. carregue na tecla Enter para arrancar, ou leia as instruções para os outros métodos e parâmetros (visite a Secção 5.2, "Parâmetros de Arranque"). Ao fim de algum tempo ir-lhe-à ser pedido para seleccionar o seu idioma. Utilize as teclas de cursor para escolher o idioma e pressione a tecla Enter para continuar. Em seguida será questionado para seleccionar o país, com opções que incluem onde o seu idioma é falado. Se não o encontrar nessa pequena lista, está disponível uma lista com todos os países do mundo. Ser-lhe-á pedido para confirmar a disposição do teclado. Escolha o que está por omissão a menos que conheça melhor. Agora recoste-se enquanto o instalador debian detecta algum do seu hardware, e carrega o resto da instalação a partir de CD, disquete, USB, etc. Em seguida o instalador tentará detectar o hardware de rede e preparar a ligação por DHCP. Se não estiver numa rede ou não tiver DHCP, ser-lhe-á dada a oportunidade para configurar a rede manualmente. Agora é altura de particionar os discos. Primeiro ir-lhe-à ser dado a oportunidade de particionar automaticamente o disco inteiro, ou um espaço livre num dispositivo. Isto é recomendado para novos utilizadores ou alguém com pressa, mas se não quiser um particionamento automático, escolha a opção manual do menu. No ecrã seguinte irá ver a sua tabela de partições, como irão as partições ser formatadas, e onde irão ser montadas. Seleccione uma partição para a modificar ou a apagar. Se você fez o particionamento automático deverá poder escolher Terminar particionamento do menu para utilizar o que foi definido. Lembre-se de atribuir pelo menos uma partição para swap e montar uma partição em /. Veja o Apêndice B, Particionar para Debian mais informações acerca do particionamento. Agora o debian-installer formata as partições e começa a instalar o sistema base, que poderá levar algum tempo. Será seguido pela instalação do Kernel. A última etapa é instalar o gestor de arranque. Se o instalador detectar outros sistemas operativos no seu computador, irá adicioná-los ao menu do gestor e notifica-lo-á do acrescento. debian-installer irá o informar de que a instalação terminou. Retire o CD ou outros media de arranque e carregue na tecla Enter para reiniciar a sua máquina. Deverá iniciar na etapa seguinte do processo de instalação, que é explicado no Capítulo 7, A Iniciar O Seu Novo Sistema Debian. Se precisar de mais informação sobre o processo de instalação, visite o Capítulo 6, Utilizar o Instalador Debian. A.4. Envie-nos um relatório de instalação Se conseguiu terminar com sucesso uma instalação com o debian-installer, por favor use algum tempo para nos fornecer um relatório. Existe um modelo denominado install-report.template no directório /root do sistema acabado de instalar. Por favor preencha-o e arquive-o como um bug do pacote installation-reports, como é explicado na Secção 5.3.4, "Submeter Relatórios de Instalação". Se não chegou à base-config ou ocorreu outro problema, provavelmente encontrou um bug no instalador debian. Para melhorar o instalador é necessário que tenhamos conhecimento deles, por favor use algum tempo para os reportar. Poderá utilizar o relatório de instalação para nos reportar problemas; se a instalação falhar completamente, veja a Secção 5.3.3, "Relatório de Erros". A.5. E finalmente.. Esperamos que a sua instalação de Debian seja agradável e que considere o Debian útil. Você pode querer ler o Capítulo 8, Próximos Passos e Onde Ir a Partir Daqui. Apêndice B. Particionar para Debian Índice B.1. Decidir o Tamanho e Partições do Debian B.2. A Árvore de Directórios B.3. Esquema Recomendado de Particionamento B.4. Nomes de Dispositivos em Linux B.5. Programas de Particionamento Debian B.1. Decidir o Tamanho e Partições do Debian No mínimo, o GNU/Linux precisa de uma partição para si mesmo. Poderá ter uma partição simples contendo todo o sistema operativo, aplicações e os seus ficheiros pessoais. A maioria das pessoas sente que uma partição swap separada também é necessária, sendo que isto não é realmente verdade. A "Swap" é um espaço scratch para um sistema operativo, que permite ao sistema usar espaço de disco como "memória virtual". Colocando a swap numa partição separada, o Linux poderá fazer um uso mais eficiente dela. É possível forçar o Linux a utilizar um ficheiro normal como swap, mas isto não é recomendado. A maioria das pessoas escolhem dar ao GNU/Linux mais que o número mínimo de partições. No entanto, existem duas razões para querer dividir o sistema de arquivos em partições mais pequenas. O primeiro é a segurança. Se algo acontecer e corromper seu sistema de arquivos, geralmente somente uma partição é afectada. Assim, terá somente que substituir (utilizando backups do sistema) uma parte do sistema. No mínimo poderá considerar a criação do que é normalmente chamado "partição raiz". Ela contém os componentes mais essenciais do sistema. Se qualquer outra partição for corrompida, poderá ainda inicializar no GNU/Linux e corrigir o sistema. Isto podo evitar-lhe que tenha de reinstalar o sistema a partir do nada. A segunda razão é por norma mais importante num meio empresarial, mas realmente depende da sua utilização da máquina. Por exemplo, um servidor de mail que recebe spam de emails pode facilmente encher a partição. Se no servidor de email fez da /var/mail uma partição separada, a maioria do sistema irá continuar a funcionar mesmo esteja a receber spam. O único inconveniente real em optar por mais do que uma partição é que torna-se, por vezes, difícil saber em adiantado quais serão as suas necessidades. Se fizer uma partição muito pequena então poderá ter que reinstalar o sistema ou mover constantemente coisas para outros directorias para arranjar espaço numa tão pequena partição. Por outro lado, se fizer uma partição muito grande, estará desperdiçando espaço em disco que poderia ser utilizado noutro lugar. Hoje em dia um disco é barato, mas porquê desperdiçar dinheiro? B.2. A Árvore de Directórios Debian GNU/Linux adere ao Filesystem Hierarchy Standard para as directorias e nomes de ficheiros. Este padrão permite aos utilizadores e a programas de software predizer o local dos ficheiros e directorias. O nível do directório raiz é representada simplesmente por uma barra /. No nível raiz, todos os sistemas Debian incluem estas directorias: +-----------------------------------------------------------------------------+ |Directoria| Conteúdo | |----------+------------------------------------------------------------------| |bin |Comandos binários essenciais | |----------+------------------------------------------------------------------| |boot |Ficheiros estáticos do gestor de arranque | |----------+------------------------------------------------------------------| |dev |Ficheiros de dispositivos | |----------+------------------------------------------------------------------| |etc |Configurações específicas do sistema da máquina | |----------+------------------------------------------------------------------| |home |Directoria home do(s) utilizador(es) | |----------+------------------------------------------------------------------| |lib |Bibliotecas essenciais partilhadas e módulos do kernel | |----------+------------------------------------------------------------------| |media |Contém pontos de montagem para media amovível | |----------+------------------------------------------------------------------| |mnt |Local de montagem temporária de um sistema de ficheiros | |----------+------------------------------------------------------------------| |proc |Directoria virtual para informações do sistema (kernels 2.4 e 2.6)| |----------+------------------------------------------------------------------| |root |Directoria home do utilizador root | |----------+------------------------------------------------------------------| |sbin |Binários essenciais do sistema | |----------+------------------------------------------------------------------| |sys |Directoria virtual para informações do sistema (kernels 2.6) | |----------+------------------------------------------------------------------| |tmp |Ficheiros temporários | |----------+------------------------------------------------------------------| |usr |Hierarquia secundária | |----------+------------------------------------------------------------------| |var |Dados variáveis | |----------+------------------------------------------------------------------| |opt |Pacotes de software e aplicações adicionais | +-----------------------------------------------------------------------------+ O seguinte é uma lista de considerações importantes relacionadas com directórios e partições. Note que a utilização do disco varia muito com a configuração do sistema e padrões de utilização específicos. As recomendações aqui são linhas de orientação gerais e disponibilizam um ponto de partida para particionar. * A partição raiz / deve conter sempre fisicamente /etc, /bin, /sbin, /lib e /dev, caso contrário não lhe será possível iniciar. Tipicamente são necessários 150%ndash;250 MB para a partição root. * /usr: contém todos os programas dos utilizadores (/usr/bin), bibliotecas (/ usr/lib), documentação (/usr/share/doc), etc. Esta é a porção do sistema de ficheiros que geralmente requer mais espaço. Deverá fornecer pelo menos 500 MB de espaço em disco. Este tamanho deve aumentar dependendo do número e tipo de pacotes que planeia instalar. Uma generosa estação de trabalho deve permitir uns 4-6 GB. * /var: dados variáveis tais como artigos de news , e-mails, web sites, bases de dados, cache do sistema de pacotes, etc. serão guardados sob este directório. O tamanho deste directório depende muito da utilização do seu sistema, mas para a maioria das pessoas irá ser ditado pelo espaço utilizado gestor de pacotes. Se vai fazer uma instalação completa com tudo aquilo que Debian tem para oferecer, numa só sessão, coloque de parte uns 2 ou 3 gigabytes de espaço para /var que deverão ser suficientes. Se vai instalar por partes (isto é, instalar serviços e utilitários, seguidos de materiais de texto, depois o X, ...), poderá safar-se com 300-500 MB. Se o espaço no disco rígido está a prémio e você não planeia fazer grandes actualizações ao sistema, poderá safar-se com uns 30 ou 40 MB. * /tmp: dados temporários criados por programas irão provavelmente para este directório. Normalmente 40-100 MB são suficientes. Algumas aplicações -- incluindo manipuladores de arquivos, utilitários de criação de CD/DVD, e software multimédia -- podem utilizar /tmp para guardar ficheiros de imagens. Se você planeia utilizar essas aplicações, você deve ajustar de acordo o espaço disponível em /tmp. * /home: todos os utilizadores irão colocar os seus dados pessoais num subdirectório desta directoria. O seu tamanho depende de quantos utilizadores estarão a utilizar o sistema e que ficheiros irão ser guardados nos seus directórios. Dependendo da utilização planeada deverá reservar cerca de 100MB para cada utilizador, mas adapte este valor ás suas necessidades. Reserve muito mais espaço se planeia guardar muitos ficheiros multimédia (MP3, filmes) no seu directório home. B.3. Esquema Recomendado de Particionamento Para novos utilizadores, máquinas pessoais Debian, sistemas domésticos, e outras configurações de único utilizador, uma única partição / (mais a swap) é provavelmente o método mais simples e fácil de ser feito. Contudo, se a sua partição for maior que 6GB, seleccione ext3 como tipo da partição. As Partições ext2 requerem verificação periódica da integridade do sistema de ficheiros, e isto poderá causar demoras durante a inicialização caso a partição seja grande. Para sistemas multi-utilizador ou sistemas com discos de grande capacidade, é melhor optar por ter a /usr, /var, /tmp, e /home cada uma na sua própria partição, separadas da partição /. Precisará de ter /usr/local como partição separada se planear instalar muitos programas que não fazem parte da distribuição Debian. Se a sua máquina irá servir de servidor de mail, poderá necessitar de fazer da /var/mail uma partição separada de grande capacidade. Frequentemente é boa ideia colocar a / tmp na sua própria partição com 20 a 50MB, por exemplo. Se estiver a configurar um servidor com muitas contas de utilizadores, é geralmente bom ter a /home numa partição separada grande. Em geral o esquema de particionamento varia de computador para computador dependendo da sua utilização. Para sistemas muito complexos, deverá ver o Multi Disk HOWTO. Contém informação aprofundada, de grande interesse para ISPs e pessoas que configuram servidores. No que respeita ao tamanho da partição swap, existem vários pontos de vista. Uma regra que funciona bem é usar a mesma quantidade correspondente a memória do seu sistema. Na maioria dos casos também não deverá ser nunca menor que 16MB. É claro que existem excepções a esta regra. Se estiver a tentar resolver 10000 equações simultaneamente numa máquina com 256MB de memória, poderá precisar um gigabyte (ou mais) de swap. Em arquitecturas de 32-bits (i386, m68k, 32-bit SPARC, e PowerPC), o tamanho máximo de uma partição swap é de 2GB. Que poderá ser suficiente para quase todas as instalações actuais. No entanto, se as suas necessidades de swap são elevadas, poderá tentar espalhar a swap por discos diferentes (também conhecidos por "spindles") e, se possível, num canal IDE ou SCSI diferente. O kernel irá equilibrar a utilização de swap entre as múltiplas partições de swap, oferecendo uma melhor performance. Como exemplo, uma máquina antiga de casa pode ter 32MB de RAM e uma drive IDE de 1.7GB em /dev/hda. Pode haver uma partição de 500MB para outro sistema operativo em /dev/hda1, uma partição swap de 32MB em /dev/hda3 e cerca de 1.2GB na partição /dev/hda2) como a partição Linux. Para ter uma ideia do espaço que será utilizado pelas tarefas que estiver interessado em adicionar após a instalação do seu sistema estar completa, veja a Secção C.3, "Espaço em Disco Necessário para Tarefas". B.4. Nomes de Dispositivos em Linux Nomes de discos e partições em Linux podem ser diferentes dos outros sistemas operativos. Você precisa conhecer os nomes que Linux utiliza quando criar e montar partições. Aqui está o esquema básico de nomes: * O primeiro dispositivo de disquetes tem o nome de /dev/fd0. * O segundo dispositivo de disquetes tem o nome de /dev/fd1. * O primeiro disco SCSI (endereço SCSI ID) tem o nome de /dev/sda. * O segundo disco com endereço SCSI tem o nome de /dev/sdb, e assim por diante. * O primeiro CD-ROM SCSI tem o nome de /dev/scd0, também conhecido como /dev/ sr0. * O disco master no controlador IDE primário tem o nome de /dev/hda. * O disco slave no controlador IDE primário tem o nome de /dev/hdb. * Os discos master e slave do controlador IDE secundário poderão ser chamados /dev/hdc e /dev/hdd, respectivamente. Controladores IDE mais recentes poderão ter actualmente dois canais, agindo efectivamente como dois controladores. As partições em cada disco são representadas acrescentando-se um número decimal ao nome do disco: sda1 e sda2 representam a primeira e a segunda partição do primeiro dispositivo SCSI no seu sistema. Aqui está um exemplo real. Vamos assumir que tem um sistema com 2 discos SCSI, um no endereço 2 do SCSI e outro no endereço 4 do SCSI. O primeiro disco (no endereço 2) tem então o nome de sda, e o segundo sdb. Se o dispositivo sda tem 3 partições, estas poderão ter os seguintes nomes sda1, sda2, e sda3. O mesmo se aplica ao sdb e as suas partições. Note que se tem dois host bus adapters SCSI (ex., controladores), a ordem dos dispositivos pode ficar confusa. A melhor solução neste caso é vigiar as mensagens de arranque, supondo que você conhece os modelos e/ou capacidades dos dispositivos. B.5. Programas de Particionamento Debian Diversas variedades de programas de particionamento foram adaptados pelos Debian developers para funcionar com vários tipos de discos rígidos e arquitecturas de computadores. De seguida está uma lista de programa(s) para a sua arquitectura. partman Ferramenta de particionamento recomendada em Debian. Este canivete suíço também pode redimensionar partições, criar sistemas de ficheiros e atribuir-lhes pontos de montagem. fdisk O particionador original do Linux, bom para gurus. Cuidado se tem partições FreeBSD na sua máquina. O kernel de instalação inclui suporte para estas partições, mas a forma como o fdisk as representa (ou não) pode fazer com que os nomes dos dispositivos sejam diferentes. Veja Linux+FreeBSD HOWTO cfdisk Um particionador de disco de ecrã inteiro de simples utilização para o resto de nós. Note que cfdisk não compreende de todo partições FreeBSD, e, novamente, como resultado os nomes dos dispositivos podem ser diferentes. Um destes programas será executado por omissão quando seleccionar Particionar Um Disco Rígido. Se o que é executado por omissão não é aquele que você pretende, saia do particionador, vá até uma consola (tty2) premindo a seguinte combinação de teclas Alt e F2, e manualmente digite o nome do programa que quer utilizar (e argumentos, se necessário). Saia então do passo de Particionar um Disco Rígido no instalador Debian e continue para o próximo passo. Se vai trabalhar com mais de 20 partições no seu disco ide, vai precisar de criar dispositivos para a partição 21 e superiores. O passo seguinte da inicialização da partição falhará a menos que um dispositivo apropriado esteja presente. Como exemplo, aqui estão os comandos que poderá utilizar no tty2 ou sob Executar uma Shell para adicionar um dispositivo para que a 21ª partição possa ser inicializada: # cd /dev # mknod hda21 b 3 21 # chgrp disk hda21 # chmod 660 hda21 Arrancar para o novo sistema irá falhar a menos que dispositivos apropriados estejam presentes no sistema alvo. Após instalar o kernel e módulos, execute: # cd /target/dev # mknod hda21 b 3 21 # chgrp disk hda21 # chmod 660 hda21 Apêndice C. Miscelânea Índice C.1. Exemplo de Ficheiro de Pré-configuração C.2. Dispositivos em Linux C.2.1. Preparando o Seu Rato C.3. Espaço em Disco Necessário para Tarefas C.4. Instalar Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux C.4.1. Começar C.4.2. Instalar debootstrap C.4.3. Corra debootstrap C.4.4. Configurar o Sistema Base C.4.5. Instalar um Kernel C.4.6. Configurar o Boot Loader C.1. Exemplo de Ficheiro de Pré-configuração Este é um exemplo completo e funcional de um ficheiro de pré-configuração para uma instalação automatizada. A sua utilização é explicada em Secção 4.4, "Instalação Automática". Você poderá querer descomentar algumas das linhas antes de utilizar o ficheiro. Nota De modo a ser possível apresentar correctamente este exemplo no manual, tivemos de dividir algumas linhas. Isto é indicado pela utilização do carácter de continuação de linha "\" e identação extra na linha seguinte. Num ficheiro de pré-configuração verdadeiro, estas linhas separadas têm de ser unidas numa única linha. Se não o fizer, a pré-configuração irá falhar com resultados imprevisíveis. Um ficheiro de exemplo "limpo" está disponível a partir de http:// www.debian.org/releases/sarge/example-preseed.txt. #### Arranque. # Para iniciar um ficheiro preseed, primeiro precisa de arrancar com o # instalador , e dizer-lhe qual ficheiro de preseed a utilizar. Isto é # feito passando um paramêtro de arranque ao kernel quer manualmente # durante o arranque ou editando o ficheiro syslinux.cfg (ou similar) e # acrescentando o paramêtro no fim das linhas de append do kernel. .# # Se está a utilizar o netbooting, utilize isto: # preseed/url=http://host/path/to/preseed # Se está a criar um CD, você pode utilizar isto: # preseed/file=/cdrom/preseed # Se está a instalar a partir de media USB, utilize isto, e coloque o # ficheiro de preseed no directório raiz do stick USB. # preseed/file=/hd-media/preseed # # Se se sentir confortável a alterar a imagem initrd do instalador, pode # também colocar um ficheiro de preseed no directório raiz do sistema de # ficheiros do initrd, chamado "preseed.cfg" -- se estiver presente o # instalador irá sempre utilizar este ficheiro (nota: não suportado pela # versão Sarge do instalador). Caso contrário assegure-se que copia o # ficheiro para o local que especificou. # # Para se assegurar que o instalador obtém o ficheiro de preseed correcto, # pode especificar um checksum para o ficheiro. Actualmente isto tem # de ser um md5sum, e se especificado tem de coincidir com o ficheiro ou o # instalador vai-se recusar a utilizar o ficheiro. # preseed/url/checksum=5da499872becccfeda2c4872f9171c3d # preseed/file/checksum=5da499872becccfeda2c4872f9171c3d # # Algumas partes do processo de instalação não podem ser automatizadas # utilizando algumas formas de preseeding, porque as questões são # colocadas antes do ficheiro de preseed ser carregado. Se o ficheiro # de preseed for obtido a partir da rede, primeiro tem de ser configurada # a rede. Uma das razões para utilizar preseed com initrd é que permite # fazer preseed mesmo nos passos iniciais do processo de instalação. # # Enquanto o está a fazer, você pode querer mandar para lá um # debconf/priority=critical para evitar a maioria das questões mesmo que # o preseeding abaixo falhe algumas. E você pode definir o timeout para 1 # em syslinux.cfg para evitar ter de carregar em # enter para iniciar o instalador. # # Note que o kernel aceita um máximo de 8 opções de linha de comandos e # 8 opções de ambiente (incluindo quaisquer opções adicionadas por omissão # para o instalador). Se esses números forem excedidos, os kernels 2.4 # irão largar as opções em excesso e nos kernels 2.6 ocorrerá um panic. # Com o kernel 2.6.9 ou mais recentes pode utilizar 32 opções de linha # de comandos e 32 opções de ambiente # # Algumas das opções por omissão, como 'vga=normal' podem ser removidas # sem problemas na maioria das instalações, que lhe pode permitiri # adicionar mais opções para preseeding. # Para escolher o seu idioma e país, utilize esta configuração, mas # lembre-se que isto só vai funcionar para preseed baseado no initrd, # para outras formas de preseed deve converte-la para opções do kernel # tais como debian-installer/locale=pt_PT d-i debian-installer/locale string pt_PT # Para escolher um teclado utilize esta configuração. Novamente terá de a # passar como paramêtros ao kernel na maioria das configurações de preseed. d-i console-keymaps-at/keymap select pt #### Configuração de rede. # Claro que, isto não vai funcionar se você está a carregar o ficheiro de preseed a partir da # rede! Mas é óptimo se está a arrancar a partir de CD ou de um stick USB. Você pode # passar parâmetros de configuração de rede nos parâmetros do kernel se você está # a carregar os ficheiros de preseed a partir da rede. # Se possível o netcfg irá escolher um interface que tenha uma ligação. Isto faz com que # não mostre uma lista se existir mais de um interface. d-i netcfg/choose_interface select auto # Se tiver um servidor dhcp lento e o instalador esgota o tempo à espera, # isto pode ser útil. #d-i netcfg/dhcp_timeout string 60 # Se você preferir configurar a rede manualmente, aqui está como o fazer: #d-i netcfg/disable_dhcp boolean true #d-i netcfg/get_nameservers string 192.168.1.1 #d-i netcfg/get_ipaddress string 192.168.1.42 #d-i netcfg/get_netmask string 255.255.255.0 #d-i netcfg/get_gateway string 192.168.1.1 #d-i netcfg/confirm_static boolean true # Note que qualquer hostname e nome de domínio adquiridos por dhcp tomam # precedência sobre os valores definidos aqui. No entanto, definir os valores # previne que as questões sejam mostradas mesmo que os valores venham por dhcp. d-i netcfg/get_hostname string unassigned-hostname d-i netcfg/get_domain string unassigned-domain # Desligar a irritante janela de diálogo da chave WEP. d-i netcfg/wireless_wep string # O hostname que alguns ISPs utilizam como password. #d-i netcfg/dhcp_hostname string radish #### Configurações do mirror. d-i mirror/country string enter information manually d-i mirror/http/hostname string http.us.debian.org d-i mirror/http/directory string /debian d-i mirror/http/proxy string Qual o conjunto de Debian a instalar. #d-i mirror/suite string testing # Qual o conjunto de Debian a instalar para carregar os componentes do # instalador. (Por omissão será utilizado o mesmo de mirror/suite.) #d-i mirror/udeb/suite string testing #### Particionamento. # Se o sistema tiver espaço livre suficiente você pode escolher particionar apenas esse espaço. #d-i partman-auto/init_automatically_partition \ # select Utilizar o maior espaço contíguo # Alternativamente, você pode especificar um disco a particionar. O nome do dispositivo pode # ser dado quer por devfs ou pelo formato tradicional não-devfs. # Por exemplo, para utilizar o primeiro disco que devfs conhece: d-i partman-auto/disk string /dev/discs/disc0/disc # você pode escolher a partir de qualquer umas das receitas de particionamento pré-definidas: d-i partman-auto/choose_recipe select \ Todos os ficheiros numa partição (recomendado para novos utilizadores) #d-i partman-auto/choose_recipe select Desktop machine #d-i partman-auto/choose_recipe select Multi-user workstation # Ou disponibilize você uma receita sua... # O formato de receita está documentado no ficheiro devel/partman-auto-recipe.txt. # Se tiver como colocar um ficheiro de receita no ambiente do d-i, você pode # apenas apontar para lá. #d-i partman-auto/expert_recipe_file string /hd-media/recipe # Caso contrário, você pode colocar toda a receita numa linha. Este exemplo cria # uma pequena partição /boot, adequada para swap, e utiliza o resto do espaço # para a partição raiz: #d-i partman-auto/expert_recipe string boot-root :: \ # 20 50 100 ext3 $primary{ } $bootable{ } method{ format } format{ } \ # use_filesystem{ } filesystem{ ext3 } mountpoint{ /boot } . \ # 500 10000 1000000000 ext3 method{ format } format{ } \ # use_filesystem{ } filesystem{ ext3 } mountpoint{ / } . \ # 64 512 300% linux-swap method{ swap } format{ } . # Para referência, aqui está a mesma receita de uma forma mais legível: # boot-root :: # 40 50 100 ext3 # $primary{ } $bootable{ } # method{ format } format{ } # use_filesystem{ } filesystem{ ext3 } # mountpoint{ /boot } # . # 500 10000 1000000000 ext3 # method{ format } format{ } # use_filesystem{ } filesystem{ ext3 } # mountpoint{ / } # . # 64 512 300% linux-swap # method{ swap } format{ } # . # Isto faz o partman particionar automaticamente sem confirmação. d-i partman/confirm_write_new_label boolean true d-i partman/choose_partition \ # select Terminar particionamento e escrever alteraçãoes no disco d-i partman/confirm boolean true #### Instalação do Gestor de Arranque. # Grub é o gestor de arranque por omissão (para x86). Se você quer o lilo instalado # em vez disso, tire o comentário desta linha: #d-i grub-installer/skip boolean true # Fazer isto é normalmente seguro, se nenhum outro sistema operativo foi detectado #faz com o grub se instale automaticamente na MBR d-i grub-installer/only_debian boolean true # Este faz com que o grub-installer se instale na MBR se também encontrar algum # outro SO, que é menos seguro porque não ser possível iniciar o outro SO. d-i grub-installer/with_other_os boolean true # Em alternativa, se você quer instalar noutro local que não a MBR, # tire o comentário e edite estas linhas: #d-i grub-installer/bootdev string (hd0,0) #d-i grub-installer/only_debian boolean false #d-i grub-installer/with_other_os boolean false #### Terminar a instalação da primeira etapa. # Evitar aquela última mensagem acerca da instalação estar completa. d-i prebaseconfig/reboot_in_progress note #### Comandos da shell. # O preseed do d-i é inerentemente não seguro. Nada no instalador # verifica tentativas de buffer overflows ou outros exploits nos valores # de um ficheiro de preseed como este. Utilize apenas ficheiros preseed # de uma fonte de confiança! Para conseguir isso, e porque normalmente é # útil, aqui está uma forma de correr automaticamente qualquer comando da # shell dentro do instalador. # O primeiro comando é executado tão cedo quanto possível, logo após # ter sido lido o preseed. #d-i preseed/early_command string anna-install some-udeb # Este comando é executado imaediatamente antes da instalação terminar, # mas quando ainda existe um directório /target que possa ser utilizado. #d-i preseed/late_command string echo foo > /target/etc/bar # Este comando é executado quando o base-config estiver a iniciar. #base-config base-config/early_command string echo hi mom # Este comando é executado após o base-config ter terminado e # imediatamente antes da prompt login:. Esta é uma boa forma de instalar # um conjunto de pacotes que queira, ou alterar a cnfiguração do sistema. #base-config base-config/late_command string \ # apt-get install zsh; chsh -s /bin/zsh # Preseed para a 2ª etapa da instalação. # Evitar a mensagem introdutória. base-config base-config/intro note # Evitar a mensagem final. base-config base-config/login note # Se você instalou um gestor de display, mas não quer inicia-lo imediatamente # após o base-config terminar. #base-config base-config/start-display-manager boolean false # Algumas versões do instalador podem relatar de volta o que você instalou. # O padrão é não relatar de volta, mas enviar relatórios ajuda o projecto # a determinar qual o software mais popular e inclui-lo nos CDs. #popularity-contest popularity-contest/participate boolean false #### Configuração do Relógio e do Fuso Horário. # Controla se o relógio de hardware está ou não definido para UTC. d-i clock-setup/utc boolean true # Você pode definir isto para qualquer configuração válida de $TZ; para as opções veja o conteúdo de /usr/share/zoneinfo/ . d-i time/zone string US/Eastern # Este preseeding costumava ser mais complexo; o método antigo está # aqui documentado para estar completo. Se está a utilizar o Sarge, vai necessitar deste método. # Controla de o relógio do hardware está definido para UTC. #base-config tzconfig/gmt boolean true # Se você disse ao instalador que está nos Estados Unidos, então você # pode definir o fuso horário utilizando esta variável. # (As escolhas são: Eastern, Central, Mountain, Pacific, Alaska, Hawaii, # Aleutian, Arizona East-Indiana, Indiana-Starke, Michigan, Samoa, outros) base-config tzconfig/choose_country_zone/US select Eastern # Se disse que está no Canadá. # (As escolhas são: Newfoundland, Atlantic, Eastern, Central, # East-Saskatchewan, Saskatchewan, Mountain, Pacific, Yukon, outros) base-config tzconfig/choose_country_zone/CA select Eastern # Se disse que está no Brazil. (As escolhas são: East, West, Acre, # DeNoronha, outros) base-config tzconfig/choose_country_zone/BR select East # Muito países têm apenas um fuso horário. Se disse ao instalador que está # num desses países, você pode escolher o fuso horário standard através desta # questão. base-config tzconfig/choose_country_zone_single boolean true # Esta pergunta é feita como recurso para outros países que não os # listados acima, que têm mais de um fuso horário. você pode fazer o preseed de um dos # fusos horários, ou "outros". #base-config tzconfig/choose_country_zone_multiple select #### Preparação de Contas. # Para fazer o preseed à password de root, você tem de pô-la a descoberto neste # ficheiro. Isso não é uma ideia muito boa, use com cautela! #passwd passwd/root-password password r00tme #passwd passwd/root-password-again password r00tme # Se quer saltar a criação de uma conta de utilizador normal. #passwd passwd/make-user boolean false # Em alternativa, pode fazer o preseed ao nome e password do utilizador. #passwd passwd/user-fullname string Debian User #passwd passwd/username string debian # As passwords deles, mas utilize com cautela! #passwd passwd/user-password password insecure #passwd passwd/user-password-again password insecure #### Preparação do Apt. # Esta questão controla qual a fonte que a instalação da segunda etapa vai utilizar # para os pacotes. As escolhas são cdrom, http, ftp, filesystem, editar lista de fontes # à mão base-config apt-setup/uri_type select http # Se você escolher http ou ftp, ser-lhe-á perguntado o país e o mirror. base-config apt-setup/country select enter information manually base-config apt-setup/hostname string http.us.debian.org base-config apt-setup/directory string /debian # Parar após escolher um mirror. base-config apt-setup/another boolean false # Você pode escolher instalar software contrib e non-free. #base-config apt-setup/non-free boolean true #base-config apt-setup/contrib boolean true # Para permitir actualizações de segurança. base-config apt-setup/security-updates boolean true #### Selecção de pacotes. # Você pode escolher instalar qualquer combinação de tarefas que estejam # disponíveis. As tarefas disponíveis até à escrita deste documento # incluem: Ambiente Desktop, Servidor Web, Servidor de Impressão, Servidor # de DNS, Servidor de Ficheiros, Servidor de Mail, Base de Dados SQL, # Portátil, Sistema Padrão, selecção manual de pacotes. A última irá # correr o aptitude. Você pode também escolher não instalar tarefas, e # forçar a instalação de um conjunto de pacotes de alguma outra forma. tasksel tasksel/first multiselect Desktop environment, Standard system #tasksel tasksel/first multiselect Web server, Standard system #### Configuração do Servidor de Mail. # Durante uma instalação normal, o exim faz apenas algumas perguntas. # Aqui está como evitar até essas. É possível um preseeding mais complicado. exim4-config exim4/dc_eximconfig_configtype \ escolher não configurar desta vez exim4-config exim4/no >config boolean true # É boa ideia definir isto para qualquer que seja a conta que você escolha criar. # Deixar o valor em branco resulta em o mail do postmaster ir para # /var/mail/mail. exim4-config exim4/dc_postmaster string #### Configuração do X. # Fazer o preseed a configuração do X do Debian é possível, mas provavelmente você tem de saber # alguns detalhes sobre o hardware de vídeo da máquina, já que o configurador do # X em Debian não faz a configuração automática de tudo. # O X pode detectar o driver certo para algumas placas, mas se está a fazer preseed, #você contorna o que foi detectado. Ainda assim, VESA vai funcionar na maioria dos casos. #xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/device/driver select vesa # Um aviso acerca da auto-detecção do rato é que se falhar, o X vai tentar # fazê-la sem parar. Se vai ser feito o preseed, existe a possibilidade de # um ciclo infinito se o rato não for auto-detectado. #xserver-xfree86 xserver-xfree86/autodetect_mouse boolean true # É recomendada a auto-detecção do monitor. xserver-xfree86 xserver-xfree86/autodetect_monitor boolean true # Retire o comentário se tiver um ecrã LCD. #xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/monitor/lcd boolean true # O X tem três caminhos na configuração para o monitor. Aqui está como fazer o preseed: # o caminho "medium", que está sempre disponível. O caminho "simple" pode não estar # disponível, e o caminho "advanced" faz demasiadas questões. xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/monitor/selection-method \ select medium xserver-xfree86 xserver-xfree86/config/monitor/mode-list \ select 1024x768 @ 60 Hz #### Tudo o resto. # Dependendo do software que você escolher instalar, ou se as coisas correrem mal # durante o processo de instalação, é possível que outras questões possam ser # colocadas. Você pode fazer o preseed também a essas, claro. Para obter uma lista de todas # as possíveis questões que possam ser colocadas durante uma instalação, faça uma # instalação, e depois corra estes comandos: # debconf-get-selections --installer > file # debconf-get-selections > > file # Se você quiser, pode incluir outros ficheiros de preseed neste. # Quaisquer definições nesses ficheiros vão-se sobrepor às anteriores deste ficheiro. # Pode ser listado mais do que um ficheiro, separado por espaços; todos serão # carregados. Os ficheiros incluídos também podem ter directivas preseed/incluídas neles # próprios. Note que se os ficheiros forem relativos, eles são tirados da # mesma directoria que o ficheiros de preseed que os inclui. #d-i preseed/include string x.cfg # O instalador pode opcionalmente verificar checksums de ficheiros preseed # antes de os utilizar. Actualmente apenas são suportados md5sums, liste os # md5sums na mesma ordem da lista de ficheiros a incluir. # (Checksums não são suportados no instalador sarge.) #d-i pressed/include/checksum string 5da499872becccfeda2c4872f9171c3d # Mais flexibilidade, isto corre um comando da shell e mostra os nomes dos # ficheiros de preseed, inclui esses ficheiros. Por exemplo, para trocar configurações # baseadas num particular dispositivo de armazenamento usb (neste caso, um # leitor de cartões embebido): #d-i preseed/include_command string \ # if $(grep -q "GUID: 0aec3050aec305000001a003" /proc/scsi/usb-storage-*/*); \ # then echo kraken.cfg; else echo otherusb.cfg; fi C.2. Dispositivos em Linux Em Linux você tem vários ficheiros especiais em /dev. Este ficheiros são chamados ficheiros de dispositivos. No mundo Unix aceder a hardware é diferente. Lá você tem um ficheiro especial que na realidade corre um controlador que por sua vez acede ao hardware. O ficheiro de dispositivo é um interface para o verdadeiro componente do sistema. Os ficheiros sob /dev também se comportam de forma diferente dos ficheiros vulgares. Abaixo estão listados os ficheiros de dispositivos mais importantes. +-------------------------------+ |fd0|Primeira Drive de Disquete | |---+---------------------------| |fd1|segunda Drive de Disquete | +-------------------------------+ +--------------------------------------------------------------+ |hda |Disco Rígido IDE / CD-ROM no primeiro canal IDE (Master)| |-----+--------------------------------------------------------| |hdb |Disco Rígido IDE / CD-ROM no primeiro canal IDE (Slave) | |-----+--------------------------------------------------------| |hdc |Disco Rígido IDE / CD-ROM no segundo canal IDE (Master) | |-----+--------------------------------------------------------| |hdd |Disco Rígido IDE /CD-ROM no segundo canal IDE (Slave) | |-----+--------------------------------------------------------| |hda1 |Primeira partição do primeiro disco rígido IDE | |-----+--------------------------------------------------------| |hdd15|Décima-quinta partição do quarto disco rígido IDE | +--------------------------------------------------------------+ +----------------------------------------------------------------+ |sda |Disco Rígido SCSI com o SCSI ID mais baixo (e.g. 0) | |-----+----------------------------------------------------------| |sdb |Disco Rígido SCSI com o próximo SCSI ID mais alto (e.g. 1)| |-----+----------------------------------------------------------| |sdc |Disco Rígido SCSI com o próximo SCSI ID mais alto (e.g. 2)| |-----+----------------------------------------------------------| |sda1 |Primeira partição do primeiro disco rígido SCSI | |-----+----------------------------------------------------------| |sdd10|Décima partição do quarto disco rígido SCSI | +----------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------+ |sr0|CD-ROM SCSI com o SCSI ID mais baixo | |---+-------------------------------------------| |sr1|CD-ROM SCSI com o próximo SCSI ID mais alto| +-----------------------------------------------+ +------------------------------------------------------------------------+ |ttyS0 |Porto Série 0, COM1 em MS-DOS | |-------+----------------------------------------------------------------| |ttyS1 |Porta série 2, COM2 em MS-DOS | |-------+----------------------------------------------------------------| |psaux |Dispositivo de rato PS/2 | |-------+----------------------------------------------------------------| |gpmdata|Pseudo dispositivo, daemon repetidor de informação do GPM (rato)| +------------------------------------------------------------------------+ +----------------------------------------------------------+ |cdrom|Link simbólico para a drive de CD-ROM | |-----+----------------------------------------------------| |mouse|Link simbólico para o ficheiros de dispositivo mouse| +----------------------------------------------------------+ +------------------------------------------------------------------+ |null|Tudo o que for enviado para este dispositivo irá desaparecer | |----+-------------------------------------------------------------| |zero|É possível ler infinitamente zeros a partir deste dispositivo| +------------------------------------------------------------------+ C.2.1. Preparando o Seu Rato O rato pode ser utilizado quer na consola Linux (com gpm) quer no ambiente de janelas do X. Os dois usos podem ser compatíveis se o repetidor gpm for utilizado para permitir ao sinal fluir para o servidor X como é mostrado: mouse => /dev/psaux => gpm => /dev/gpmdata -> /dev/mouse => X /dev/ttyS0 (repeater) (symlink) /dev/ttyS1 Defina o protocolo de repetição para ser raw (em /etc/gpm.conf enquanto que no X defina o protocolo original mouse em /etc/X11/XF86Config ou /etc/X11/ XF86Config-4. Esta aproximação para utilizar o gpm também no X tem vantagens quando o rato é inadvertidamente desligado. Simplesmente re-iniciar o gpm com # /etc/init.d/gpm restart irá re-ligar o rato ao software sem re-iniciar o X. Se o gpm estiver desligado ou não instalado por alguma razão, assegure-se de colocar o X a ler directamente a partir do dispositivo de rato como o /dev/ psaux. Para detalhes, veja o mini-Howto Rato de 3-Botões em /usr/share/doc/ HOWTO/en-txt/3-Button-Mouse.gz, man gpm. /usr/share/doc/gpm/FAQ.gz, e README.mouse. C.3. Espaço em Disco Necessário para Tarefas A instalação base do sarge para i386, utilizando o kernel 2.4 por omissão, incluindo todos os pacotes standard, necessita de 573MB de espaço em disco. A tabela seguinte lista os tamanhos reportados pelo aptitude para as tarefas listadas com o tasksel. Note que algumas tarefas têm constituintes que se sobrepõem, por isso o total do tamanho instalado de duas tarefas pode ser menor que o total obtido somando os números. Note que você vai necessitar de somar os tamanhos listados na tabela ao tamanho da instalação base do sarge quando determinar o tamanho das partições. A maioria dos tamanhos listados como "Tamanho Instalado" irá acabar em /usr; o tamanho listado como "Tamanho do download" é necessário (temporariamente) em / var. +-----------------------------------------------------------------------------+ | Tarefa | Espaço | Tamanho do | Espaço necessário para | | |instalado (MB) | download (MB) | instalar (MB) | |---------------+---------------+------------------+--------------------------| |Desktop |1392 |460 |1852 | |---------------+---------------+------------------+--------------------------| |Servidor Web |36 |12 |48 | |---------------+---------------+------------------+--------------------------| |Servidor de |168 |58 |226 | |Impressão | | | | |---------------+---------------+------------------+--------------------------| |Servidor de DNS|2 |1 |3 | |---------------+---------------+------------------+--------------------------| |Servidor de |47 |24 |71 | |Ficheiros | | | | |---------------+---------------+------------------+--------------------------| |Servidor de |10 |3 |13 | |Mail | | | | |---------------+---------------+------------------+--------------------------| |Base de Dados |66 |21 |87 | |SQL | | | | +-----------------------------------------------------------------------------+ Nota A tarefa Desktop irá instalar ambos os ambientes de desktop GNOME e KDE. Se vai instalar noutro idioma que não o Inglês, o tasksel pode instalar automaticamente uma tarefa de localização, se estiver alguma disponível para o seu idioma. As necessidades de espaço diferem por idioma; você deve permitir até um total de 200MB para download e instalação. C.4. Instalar Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix/Linux Esta secção explica como instalar Debian GNU/Linux a partir de um sistema Unix ou Linux existente, sem utilizar o instalador guiado pelo menu como é explicado no resto do manual. Este "cross-install" HOWTO foi pedido por utilizadores que mudam para Debian GNU/Linux a partir de Red Hat, Mandrake e SUSE. Nesta secção é assumida alguma familiaridade em introduzir comandos *nix e navegar através do sistema de ficheiros. Nesta secção, $ simboliza um comando a ser escrito pelo utilizador do sistema actual, e # refere-se a comandos introduzidos no chroot Debian. Assim que tiver o novo sistema Debian configurado de acordo com as suas preferências, você pode migrar os dados existentes dos utilizadores (se os tiver) para lá, e continuar a rolar. Isto é portanto uma instalação Debian GNU/ Linux com "zero paragens". É também uma maneira inteligente de lidar com hardware que de outro modo não se dá bem com os vários media ou tipos de arranque. C.4.1. Começar Com os seus actuais utilitários de particionamento *nix, reparticione o disco rígido conforme necessário, criando pelo menos um sistema de ficheiros e swap. Você necessita pelo menos de 150 MB de espaço disponível para instalação de apenas consola, ou pelo menos 300MB se planeia instalar o X. Para criar os sistemas de ficheiros nas suas partições. Por exemplo, para criar um sistema de ficheiros ext3 na partição /dev/hda6 (é a nossa partição raiz no nosso exemplo): # mke2fs -j /dev/hda6 Em vez disso para criar um sistema de ficheiros ext2, omita -j. Inicializar e activar a partição swap (substitua o número da partição pelo que deseja na sua partição swap Debian): # mkswap /dev/hda5 # sync; sync; sync # swapon /dev/hda5 Monte uma partição como /mnt/debinst (o ponto de instalação, para ser o sistema de ficheiros raiz (/) no seu novo sistema). O nome do ponto de montagem é completamente arbitrário, é referenciado depois mais abaixo. # mkdir /mnt/debinst # mount /dev/hda6 /mnt/debinst Nota Se deseja ter partes do sistema de ficheiros (e.g. /usr) montados em partições separadas, você tem de criar e montar manualmente esses directórios antes de proceser para a próxima etapa. C.4.2. Instalar debootstrap O utilitário que o instalador Debian utiliza, que é reconhecido como a forma oficial de instalar um sistema base Debian, é o debootstrap. Este utiliza o wget e ar, mas de outra forma depende apenas de /bin/sh. Instale os wget e ar se não estão já no seu sistema actual, depois faça o download e instale o debootstrap. Se você tem um sistema baseado em rpm, você pode utilizar o alien para converter o .deb em .rpm, ou fazer o download de uma versão rpm em http:// people.debian.org/~blade/install/debootstrap Ou, pode utilizar o seguinte procedimento para instala-lo manualmente. Crie um directório de trabalho para extrair lá o .deb: # mkdir work # cd work O binário debootstrap esta localizado no arquivo Debian (assegure-se que escolhe o ficheiro adequado para a sua arquitectura). Faça o download do .deb debootstrap a partir do pool, copie o pacote para o directório de trabalho, e extraia dele os ficheiros binários. Você vai necessitar de privilégios de root para instalar os binários. # tar -x debootstrap_0.X.X_arch.deb # cd / # zcat /full-path-to-work/work/data.tar.gz | tar xv Note que correr debootstrap pode necessitar que tenha instalada uma versão minimalista da glibc (actualmente GLIBC_2.3). O próprio debootstrap é um script da shell, mas chama vários utilitários que necessitam da glibc. C.4.3. Corra debootstrap O debootstrap pode fazer o download dos ficheiros necessários directamente do arquivo quando o executar. Você pode substituir qualquer mirror de arquivo por http.us.debian.org/debian no exemplo do comando abaixo, de preferência um mirror perto da sua rede. Os mirrors estão listados em http://www.debian.org/ misc/README.mirrors. Se você tem o CD Debian GNU/Linux sarge montado em /cdrom, você pode substituir um URL de ficheiro em vez do URL http: file:/cdrom/debian/ Substitua um dos seguintes por ARCH em debootstrap command: alpha, arm, hppa, i386, ia64, m68k, mips, mipsel, powerpc, s390, ou sparc. # /usr/sbin/debootstrap --arch ARCH sarge \ /mnt/debinst http://http.us.debian.org/debian C.4.4. Configurar o Sistema Base Agora que você tem um verdadeiro sistema Debian, embora pouco limpo, no disco. Faça nele o Chroot: # LANG= chroot /mnt/debinst /bin/bash C.4.4.1. Partições a Montar Você tem de criar /etc/fstab. # editor /etc/fstab Isto é um exemplo que você pode modificar à sua medida: # /etc/fstab: informação estáctica do sistema de ficheiros # # file system mount point type options dump pass /dev/XXX / ext3 defaults 0 0 /dev/XXX /boot ext3 ro,nosuid,nodev 0 2 /dev/XXX none swap sw 0 0 proc /proc proc defaults 0 0 /dev/fd0 /mnt/floppy auto noauto,rw,sync,user,exec 0 0 /dev/cdrom /mnt/cdrom iso9660 noauto,ro,user,exec 0 0 /dev/XXX /tmp ext3 rw,nosuid,nodev 0 2 /dev/XXX /var ext3 rw,nosuid,nodev 0 2 /dev/XXX /usr ext3 rw,nodev 0 2 /dev/XXX /home ext3 rw,nosuid,nodev 0 2 Para montar todos os sistemas de ficheiros que tem especificado em /etc/fstab utilize mount -a, ou para montar os sistemas de ficheiros individualmente utilize: # mount /path # e.g.: mount /usr Você pode montar o sistema de ficheiros proc várias vezes e em locais arbitrários, embora o /proc seja alterável. Se você não utilizou mount -a certifique-se que monta o proc antes de continuar. # mount -t proc proc /proc O comando ls /proc deve agora mostrar um directório não-vazio. Se isto falhar, você pode montar o proc fora da chroot: # mount -t proc proc /mnt/debinst/proc C.4.4.2. Configurar o Teclado Para configurar o seu teclado: # dpkg-reconfigure console-data Note que o teclado não pode ser definido enquanto está no chroot, mas será configurado após o próximo reboot. C.4.4.3. Configurar a Rede Para configurar a rede, edite /etc/network/interfaces, /etc/resolv.conf, e /etc /hostname. # editor /etc/network/interfaces Aqui estão alguns exemplos simples de /usr/share/doc/ifupdown/examples: ###################################################################### # /etc/network/interfaces -- ficheiro de configuração para ifup(8), ifdown(8) # Veja a manpage interfaces(5) manpage para informação acerca de quais # opções estão disponíveis. ###################################################################### # Nós queremos sempre o interface loopback. # auto lo iface lo inet loopback # Para utilizar dhcp: # # auto eth0 # iface eth0 inet dhcp # Exemplo de uma configuração com IP estático: (broadcast e gateway são opcionais) # # auto eth0 # iface eth0 inet static # address 192.168.0.42 # network 192.168.0.0 # netmask 255.255.255.0 # broadcast 192.168.0.255 # gateway 192.168.0.1 Introduza o(s) servidor(es) de nomes e directivas de procura em /etc/ resolv.conf: # editor /etc/resolv.conf Um simples /etc/resolv.conf: search hqdom.local\000 nameserver 10.1.1.36 nameserver 192.168.9.100 Escreva o hostname do seu sistema (2 a 63 caracteres): # echo DebianHostName > /etc/hostname Se você tem várias placas de rede, você deve ordenar os nomes dos drivers dos módulos no ficheiro /etc/modules com a ordem desejada. Depois, durante o arranque cada placa será associada com um nome de interface (eth0, eth1, etc.) que você espera. C.4.4.4. Configurar Fuso Horário, Utilizadores, e APT Defina o seu fuso horário, crie um utilizador normal, e escolha as as suas fontes para o apt executando # /usr/sbin/base-config new C.4.4.5. Configurar Locales Para configurar as suas definições de locale para utilizar outro idioma que não o Inglês, instale o pacote de suporte de locale e configure-o: # apt-get install locales # dpkg-reconfigure locales NOTA: O apt tem de ser configurado antes, ie. durante a fase do base-config. Antes de utilizar locales com conjuntos de caracteres que não sejam ASCII ou latin1, por favor consulte o HOWTO de localização apropriado. C.4.5. Instalar um Kernel Se você pretende iniciar este sistema, você provavelmente quer um kernel Linux e um gestor de arranque. Identifique os kernels pré-empacotados disponíveis com # apt-cache search kernel-image E depois instale a sua escolhe utilizando o nome do pacote. # apt-get install kernel-image-2.X.X-arch-etc C.4.6. Configurar o Boot Loader Para tornar o seu sistema Debian GNU/Linux iniciável, prepare o gestor de arranque para carregar o kernel com a sua nova partição raiz. Note que o debootstrap não instala um gestor de arranque, embora possa utilizar a apt-get dentro do seu chroot Debian para o fazer. Apêndice D. Administrivia Índice D.1. Acerca deste Documento D.2. Contribuir para este documento D.3. Maiores Contribuições D.4. Reconhecimento de Marcas Registadas D.1. Acerca deste Documento Este manual foi criado para o debian-installer do Sarge, baseado no manual de instalação do Woody para boot-floppies, que foi baseado em manuais de instalação anteriores, e no manual da distribuição Progeny, que foi lançado sob a GPL em 2003. Este Documento é escrito em DocBook XML. Os formatos exportados são gerados por vários programas que utilizam informação dos pacotes docbook-xml e docbook-xsl. Para aumentar a facilidade de manter este documento, usamos um número de capacidades do XML, tais como atributos de identidades e perfis. Estes últimos têm o papel semelhante a variáveis e condicionantes em linguagens de programação. A fonte em XML deste documento contém informação para cada arquitectura diferente -- são utilizados perfis de atributos para isolar certas partes de texto que são específicos de cada arquitectura. D.2. Contribuir para este documento Se tem problemas ou sugestões relacionadas com este documento, deverá submeter um relatório de erro deste pacote debian-installer-manual. Veja o pacote reportbug ou leia a documentação online do Debian Bug Tracking System. Seria melhor se primeiro pudesse verificar os relatórios de erro existentes acerca do debian-installer-manual para verificar se o seu problema já foi detectado. Caso seja o caso, poderá fornecer informação adicional de confirmação ou ajuda para , onde XXXX é o numero para o erro já comunicado. Melhor ainda, obtenha uma cópia da fonte do DocBook deste documento, e produza patches para ele. A fonte em DocBook deste documento pode ser encontrada no WebSVN do debian-installer. Se não está familiarizado com o DocBook, não se preocupe: existe um simples texto no directório manual que o irá ajudar a começar. É como html, mas orientado para o significado do texto mais do que a sua apresentação. Patches submetidos para a mailing list debian-boot (veja abaixo) são bem-vindos. Para instruções de como descarregar as fontes via SVN, veja o README do directório da fonte. Por favor não contacte os autores deste documento directamente. Existe também uma lista de discussão para o debian-installer, que inclui discussões sobre este manual. A mailing list é . Instruções para a subscrição desta lista podem ser encontradas na página de Subscrições de Mailing Lists da Debian; ou então, pode navegar o Arquivo de Mailing List da Debian online. D.3. Maiores Contribuições Este Documento foi escrito originalmente por Bruce Perens, Sven Rudolph, Igor Grobman, James Treacy, e Adam Di carlo. Sebastian Ley escreveu o Howto de Instalação. Muitos, muitos utilizadores e programadores de Debian contribuíram para este documento. Deve ser feita uma nota especial para Michael Schimtz (suporte para m68k), Frank Neummann (Autor original do manual de instalação para Amiga), Arto Astala, Eric Delaunay/Ben Collins (informação sobre SPARC), Tapio Lehtonen, e Stéphane Bortzmeyer pelas numerosas edições e textos. Nós temos que agradecer a Pascal Le Bail que informação útil sobre como iniciar a partir de drives USB. Miroslav Ku?e documentou muitas das novas funcionalidades do debian-installer do Sarge. Textos e informação extremamente útil foi encontrada no HOWTO de Jim Mintha para iniciar utilizando a rede (URL não disponível), no Debian FAQ, no Linux/ m68k FAQ, no Linux for SPARC Processors FAQ, no Linux/Alpha FAQ, entre outros. Os maintainers destes recursos disponíveis livremente e ricas fontes de informação devem ser reconhecidos. Neste manual a secção de instalações chrooted (Secção C.4, "Instalar Debian GNU /Linux a partir de um sistema Unix/Linux") derivou em parte de documentos com copyright de Karsten M. Self. D.4. Reconhecimento de Marcas Registadas Todas as marcas registadas são propriedade dos seus respectivos donos. Apêndice E. GNU General Public License Índice E.1. Preâmbulo E.2. GNU GENERAL PUBLIC LICENSE E.3. Como Aplicar Estes Termos Aos Seus novos Programas Versão 2, Junho de 1991 Copyright (C) 1989, 1991 Free Software Foundation, Inc. -- 51 Franklin St, Fifth Floor, Boston, MA 02111-1301, USA. A todos é permitido copiar e distribuir cópias deste documento de licença com exactamente as mesmas palavras, mas modifica-lo não é permitido. E.1. Preâmbulo As licenças para a maioria do software são desenhadas para lhe tirar a sua liberdade de o partilhar e alterar. Em contraste, a licença gnu General Public License destina-se a garantir a sua liberdade de partilhar e modificar software livre - para garantir que este software é livre para todos os seus utilizadores. Esta licença General Public License aplica-se à maioria do software da Free Software Foundation e para qualquer outro programa cujos autores se comprometam a utilizá-la. (Algum outro software da Free Software Foundation em vez disso é coberto pela licença gnu Library General Public License.) Você pode aplicá-la também aos seus programas. Quando nós falamos de software livre, nós estamos a referir-nos à liberdade, não ao preço. As nossas General Public License são desenhadas de modo a assegurar que você tenha a liberdade de distribuir cópias de software livre (e cobrar por este serviço se assim o desejar), a que você receba o código fonte ou que possa obtê-lo se assim o quiser, a que possa modificar o software ou utilizar porções dele em novos programas livres; e a que você saiba que pode fazer essas coisas. Para proteger os seus direitos, nós precisamos fazer restrições que proíbam a alguém de lhe negar estes direitos ou de pedir-lhe para libertar os direitos. Estas restrições traduzem-se em certas responsabilidades para si se distribuir cópias do software, ou se o modificar. Por exemplo, se você distribuir cópias de um desses programa, quer seja grátis ou por uma taxa, você deve dar a quem o recebe todos os direitos que você possua. Você deve assegurar-se que, também, eles recebam ou possam obter o código fonte. E você tem de lhes mostrar estes termos de modo a que eles conheçam os seus direitos. Nós protegemos os seus direitos em duas etapas: (1) direito de cópia do software, e (2) oferecemos-lhe esta licença que lhe dá o direito legal para copiar, distribuir e/ou modificar o software. Também, para nossa protecção e de cada autor, nós queremos ter a certeza que todos compreendam que não existe qualquer garantia para este software livre. Se o software é modificado por alguém e distribuído, nós queremos que aqueles que o recebam saibam que não é o original, de modo a que quaisquer problemas introduzidos por outros não se reflictam na reputação do autor original. Finalmente, qualquer programa livre é constantemente ameaçado por patentes de software. Nós desejamos evitar o perigo de que aqueles que redistribuam um programa livre possam individualmente obter licenças de patentes, com o efeito de tornarem o programa proprietário. Para prevenir isto, nós deixamos claro que qualquer patente tem de ser licenciada para a utilização livre de todos ou então não pode ser licenciada de nenhuma forma. Seguem-se os termos precisos e as condições para cópia, distribuição e modificação. E.2. GNU GENERAL PUBLIC LICENSE TERMOS E CONDIÇÕES PARA CÓPIA, DISTRIBUIÇÃO E MODIFICAÇÃO * Esta licença aplica-se a qualquer programa ou outro trabalho que contenha um aviso colocado pelo detentor do direito de cópia a dizer que pode ser distribuído nos termos da General Public License. O "Programa", abaixo, refere-se a qualquer programa ou trabalho, e um "trabalho baseado no Programa" significa ou o Programa ou qualquer trabalho derivado sob a lei de direito de cópia: isso é dizer, um trabalho contendo o Programa ou uma porção dele, quer seja uma cópia exacta ou com modificações e/ou traduzido para outro idioma. (numa parte seguinte deste documento, tradução é incluída sem limitações no termo "modificação".) Cada licenciado é endereçado como "você". Outras actividades que não sejam a cópia, distribuição e modificação não são cobertas por esta licença; estão fora do seu âmbito. O acto de correr o Programa não é restrito, e a saída do Programa é coberta apenas se o seu conteúdo constituir um trabalho baseado no Programa (independentemente de ter sido feito por correr o Programa). Quer seja verdade que dependa do que o Programa faz. * Você pode copiar e distribuir cópias com exactamente o mesmo conteúdo do código fonte do Programa como você o recebeu, em qualquer meio, desde que seja óbvio, facilmente notado e publicado de forma apropriada em cada cópia um aviso do direito de cópia e a renúncia de direito à garantia; manter intactos todos os outros avisos que se referem a esta Licença e à ausência de qualquer garantia; e dar a quaisquer outros que recebam o Programa uma cópia desta Licença junto com o Programa. Você pode cobrar uma taxa pelo acto físico de transferir uma cópia, e pode por sua opção oferecer protecção de garantia em troca de uma taxa. * Você pode modificar a sua cópia ou cópias do Programa ou qualquer parte dele, assim formando um trabalho baseado no Programa, e copiar e distribuir tais modificações ou trabalho sob os termos da Secção 1 acima, desde que também cumpra todas as seguintes condições: a) Você deve fazer com que os ficheiros modificados acompanhem avisos visíveis afirmando que você alterou os ficheiros e a data de qualquer modificação. b) Você deve fazer com que qualquer trabalho que distribua ou publique, quer em todo quer em parte contenha ou o seu derivado do Programa ou qualquer parte relacionada com isto, seja licenciada como um todo sem obrigações para todos os terceiros sob os termos desta Licença. c) Se o programa modificado normalmente lê comandos interactivamente quando executado, quando iniciada a execução para uma dessas utilizações interactivas na forma mais usual, imprimir ou mostrar um aviso de direito de cópia e um aviso de que não há qualquer garantia (ou então, dizer que você disponibiliza uma garantia) e que os utilizadores podem redistribuir o programa sob estas condições, e dizer ao utilizador como pode ver uma cópia desta Licença. (Excepção: se o próprio Programa é interactivo mas normalmente não mostra um desses avisos, o seu trabalho baseado no Programa não tem de mostrar um anúncio.) Estes requisitos aplicam-se ao trabalho modificado como um todo. Se secções identificáveis desse trabalho que não sejam derivadas do Programa, e possam ser razoavelmente consideradas independentes e trabalhos separados neles mesmos, então esta Licença, nos seus termos, não se aplica a essas secções quando você as distribui como trabalhos separados. Mas quando você distribuir as mesmas secções como parte de um todo o qual é um trabalho baseado no Programa, a distribuição do todo tem de ser nos termos desta Licença, cujas permissões para outros licenciados se estendem para o todo completo, e deste modo para cada e para todas as partes sem interessar quem o escreveu. Deste modo, não é objectivo desta secção reclamar direitos ou contestar os seus direitos para trabalho escrito exclusivamente por si; em vez disso, o intuito é exercer o direito de controlar a distribuição dos trabalhos derivados ou colectivos baseados no Programa. Em adição, a mera agregação de outro trabalho não baseado no Programa com o Programa (ou com um trabalho baseado no Programa) num volume de armazenamento ou meio de distribuição não traz o outro trabalho sob o âmbito desta Licença. * Você pode copiar e distribuir o Programa (ou um trabalho baseado nele, sob a Secção 2) em código objecto ou na forma de executável sob os termos das Secções 1 e 2 acima desde que você faça um dos seguintes: a) Acompanha-lo com o correspondente e completo código fonte em formato digital, que tem de ser distribuído sob os termos das Secções 1 e 2 acima num meio usualmente utilizado para troca de software; ou, b) Acompanha-lo com uma oferta escrita, válida por pelo menos três anos, para dar a quaisquer terceiros, por uma taxa não superior ao custo de efectuar a distribuição física, uma cópia completa em formato digital do código fonte correspondente, para ser distribuído sob os termos das Secções 1 e 2 acima num meio usualmente utilizado para a troca de software; ou, c) Acompanha-lo com a informação que você recebeu assim como a oferta para distribuir o correspondente código fonte. (Esta alternativa é permitida apenas para distribuição não-comercial e apenas se você recebeu o programa em código objecto ou na forma executável com uma dessas ofertas, de acordo com a Subsecção b acima.) O código fonte para um trabalho significa a forma preferida do trabalho para fazer modificações nele próprio. Para um trabalho executável, o código fonte completo significa todo o código fonte para todos os módulos que contém, mais quaisquer ficheiros de definições do interface associados, mais os scripts utilizados para controlar a compilação e instalação do executável. No entanto, como excepção especial, o código fonte distribuído não necessita de incluir qualquer coisa que seja normalmente distribuída (quer em código fonte quer em forma binária) com os componentes maiores (compilador, kernel, e por aí fora) do sistema operativo no qual o executável corre, a não ser que o próprio componente acompanhe o executável. Se a distribuição do executável ou do código objecto é feita por oferta de acesso a uma cópia de um local designado, então oferecer acesso equivalente para cópia do código fonte a partir do mesmo local conta como distribuição do código fonte, mesmo que terceiros não sejam levados a copiar o código fonte junto com o código objecto. * Você não pode copiar, modificar, sub-licenciar, ou distribuir o Programa excepto como expressamente nas condições sob esta Licença. Qualquer tentativa de outra forma de cópia, modificar, sub-licenciar ou distribuir o Programa é nula, e automaticamente termina os seus direitos sob esta licença. No entanto, partes que tenham recebido cópias, ou direitos, de si sob esta licença não irão ter as suas licenças terminadas durante o tempo que tais partes se mantenham em total conformidade. * Você não é obrigado a aceitar esta Licença, desde que não a tenha assinado. No entanto, mais nada lhe concede permissão para modificar ou distribuir o Programa ou seus trabalhos derivados. Estas acções são proibidas por lei se você não aceitar esta licença. Por isso, ao modificar ou distribuir o Programa (ou qualquer trabalho baseado no Programa), você indica a sua aceitação desta Licença para o fazer, em todos os seus termos e condições para copiar, distribuir ou modificar o Programa ou trabalhos baseados nele. * Cada vez que redistribuir o Programa (ou qualquer trabalho baseado no Programa), aquele que o recebe automaticamente recebe a licença daquele que o licenciou originalmente para copiar, distribuir ou modificar o Programa sujeito a esses termos e condições. Você não pode impor quaisquer outras restrições ao exercício daqueles que recebem os direitos atribuídos aqui. Você não é responsável por impor a conformidade de terceiros a esta Licença. * Se, como consequência de um julgamento de tribunal ou alegação de infrigir patentes ou por qualquer outra razão (não limitada a assuntos de patentes), as condições que lhe são impostas a si (quer por ordem do tribunal, acordo ou de outro modo) que contradigam as condições desta Licença, não o libertam das condições desta Licença. Se você não pode distribuir de modo a satisfazer simultaneamente as suas obrigações sob esta Licença ou quaisquer outras obrigações pertinentes, então como consequência você não pode distribuir o Programa de modo nenhum. Por exemplo, se uma licença de patente não permitir a redistribuição sem pagar direitos do Programa por todos aqueles que recebam cópias directamente ou indirectamente através de si, então o único modo que você pode satisfazer ambos e esta Licença é conter-se totalmente da distribuição do Programa. Se alguma parte desta secção for considerada inválida ou não possa ser cumprida sob qualquer circunstância particular, o equilíbrio da secção é para aplicar e a secção como um todo é para aplicar nas outras circunstâncias. Não é o propósito desta secção induzi-lo a infringir qualquer patente ou outros direitos de propriedade reclamados ou contestar a validade de quaisquer dessas reclamações; esta secção tem apenas o propósito de proteger a integridade do sistema de distribuição de software livre, que é implementado por práticas de licenças públicas. Muitas pessoas fizeram generosas contribuições ao vasto leque de software distribuído através desse sistema com confiança e aplicação consistente desse sistema; cabe ao autor/doador decidir se ele ou ela estão dispostos a redistribuir software através de qualquer outro sistema e o licenciado não pode impor essa escolha. Esta secção destina-se a tornar claro de forma exaustiva o que se acredita ser a consequência do resto desta Licença. * Se a distribuição e/ou utilização do Programa está restrito em certos países quer por patentes ou por interfaces com direitos de cópia, o detentor do direito de cópia original que coloca o Programa sob esta Licença pode adicionar explicitamente uma limitação de distribuição geográfica excluindo esses países, de modo a que a distribuição apenas seja permitida entre os países não excluídos desta forma. Nesse caso, esta Licença incorpora a limitação conforme escrita no corpo desta Licença. * A Free Software Foundation pode publicar revisões e/ou novas versões da General Public License de tempos a tempos. Tais novas versões serão similares ao espírito da versão actual, mas podem diferir em detalhes para endereçar novos problemas ou preocupações. A cada versão é dado um número de versão distinto. Se o Programa especifica um número de versão desta Licença que se lhe aplica e "qualquer versão posterior", você tem a opção de seguir os termos e condições quer dessa versão ou de qualquer outra versão posterior publicada pela Free Software Foundation. Se o programa não especificar o número de versão desta Licença, você pode escolher qualquer versão alguma vez publicada pela Free Software Foundation. * Se desejar incorporar porções do Programa noutros programas livres cujas condições de distribuição sejam diferentes, escreva ao autor a pedir permissão. Para software que tem direito de cópia pela Free Software Foundation, escreva à Free Software Foundation; nós por vezes fazemos excepções para isto. A nossa decisão será guiada pelos dois objectivos de preservar o estado livre de todos os derivados do nosso software livre e a promoção da partilha e reutilização de software em geral. SEM GARANTIA * porque o programa é licenciado livre de encargos, não existe qualquer garantia para o programa, até ao limite permitido pela lei aplicável. excepto quando de outro modo é afirmado por escrito que os detentores do direito de cópia e/ou outras partes disponibilizam o programa "como está" sem garantia de qualquer tipo, quer expressa ou implícita, incluindo, mas não limitado a, às garantias implícitas de transacção e adequação para um determinado propósito. todo o risco tal como a qualidade e desempenho do software é da sua responsabilidade. se o programa se provar defeituoso, você assume todo o custo de todo o serviço necessário, reparação ou correcção. * em nenhum caso a menos se necessário pela lei aplicável ou acordado por escrito qualquer detentor do direito de cópia, ou qualquer outra parte que possa modificar e/ou redistribuir o programa conforme permitido acima, será responsável perante si por danos, incluindo quaisquer prejuízos gerais, especiais, incidentes ou consequentes que resultem da utilização ou da não aptidão de utilizar o programa (incluindo mas não limitado a perda de dados, ou dados que sejam tornados inexactos ou perdas sustentadas por você ou por terceiros ou uma falha do programa em operar com qualquer outro programa), mesmo se tal detentor ou outra parte tenham sido aconselhados da possibilidade de tais prejuízos. FIM DOS TERMOS E CONDIÇÕES E.3. Como Aplicar Estes Termos Aos Seus novos Programas Se você desenvolver um novo programa, e desejar que seja da melhor utilização possível para o público, a melhor forma de o alcançar é torna-lo software livre que todos possam redistribuir e modificar sob estes termos. Para o fazer, anexe os seguintes avisos ao programa. É mais seguro adiciona-los ao inicio de cada ficheiro de código fonte para ser mais eficaz no meio de transmissão a exclusão de garantia; em cada ficheiro deve ter pelo menos a linha "copyright" e um indicador onde o aviso completo pode ser encontrado. uma linha para dar o nome do programa e uma breve ideia do que faz. Copyright (C) ano nome do autor Este programa é software livre; você pode redistribuí-lo e/ou modifica-lo sob os termos da gnu General Public License conforme publicada pela Free Software Foundation; quer seja a versão 2 dessa licença, ou (por sua opção) qualquer versão posterior. Este programa é distribuído com a esperança de que seja útil, mas sem qualquer garantia; mesmo sem a implícita garantia da transacção ou de adequação a um determinado propósito. Para mais detalhes veja a gnu General Public License. Você deve ter recebido uma cópia da gnu General Public License junto com este programa; caso contrário, escreva para a Free Software Foundation, Inc., 51 Franklin Street, Fifth Floor, Boston, MA 02111-1301, USA. Adicione também informação acerca de como o contactar por correio electrónico e postal. Se o programa for interactivo, faça-o mostrar um pequeno aviso como este quanto iniciar num modo interactivo: Gnomovision versão 69, Copyright (C) ano nome do autor Gnomovision vem absolutamente sem garantia; para detalhes escreva `show w'. Isto é software livre, e você está convidado a o redistribuir sob certas condições; escreva `show c' para detalhes. Os hipotéticos comandos `show w' e `show c' devem mostrar as porções apropriadas da General Public License. Claro que, os comandos que você utiliza podem ser chamados outra coisa qualquer em vez de `show w' e `show c'; eles podem ser mesmo cliques de rato ou itens de menu - o que for mais adequado ao seu programa. Se necessário, você deve também fazer com que o seu empregador (se você trabalhar como programador) ou a sua escola, assine uma "renúncia do direito de cópia" para o programa. Aqui está uma amostra; altere os nomes: Yoyodyne, Inc., aqui por este meio renuncia todos os interesses de direitos de cópia no programa `Gomovision' (que faz passagens em compiladores) escrito por James Hacker. assinatura de Ty Coon, 1 de Abril de 1989 Ty Coon, Presidente de Vice Esta General Public License não permite incorporar o seu programa em programas proprietários. Se o seu programa é uma biblioteca de subrotinas, você pode achar mais útil permitir a ligação de aplicações de software proprietário com a biblioteca. Se isto é o que você quer fazer, utilize a gnu Library General Public License em vez desta licença.