Será tão difícil? (Mensagem mais ou menos longa)
Uma pergunta pros mantenedores do Debian aqui da lista. É muito
complicado a manutenção de pacotes .deb se comparado a .rpm? Pergunto
isto por que me dei conta que nao conheço atualmente nenhuma
distribuição "clássica" (isos disponiveis e variedade de software que
abranja desktop e servidor) baseada na Debian. Existem umas Xandros da
vida, mas se ela é a continuação da Corel, ouvi dizer que é tão voltada
pra desktop que dispensa varios pacotes "desnecessarios" pra este nicho.
E a Libranet? Fui na pagina e parece que so disponibilizam os isos da
versao mais antiga. Da nova não. Incrível, não há nada parecido com uma
stormix (havia uma edicao Open Edition, se lembro bem).
Vejam bem, não estou reclamando da debian. Acho louvavel que a
debian contenha uma quantidade grande de software e busque sempre levar
o linux a mais e mais plataformas, se forem estes os motivos dos longos
ciclos de release. Por que? Simples, talvez a Debian seja a unica opcao
de linux para varias plataformas preteridas pelas distrbuicoes
comerciais. No entanto, pelo que vejo da lista, um numero consideravel
de pessoas que não mantenedores da debian utilizam a versao instavel e a
de testes. Pra mim, estas não sao releases. O fato é que um numero
consideravel não usa a versão que os mantenedores tiveram tanto trabalho
pra deixar estavel e com poucos bugs. Quem está errado? Ninguem, mas
embora alguns usuarios de sarges e sids não admitam, eles na verdade
teriam melhor lugar numa distro baseada no debian que:
1) Se fixasse em poucas plataformas (principalmente x86 e afins)
2) Reduzisse o numero de pacotes ao que se tem em outras distros e
contivesse software mais atualizado.
Vi por estes dias a historia do lancamento do Debian-BR. Eu
considero um esforco louvavel e até me tranquilizo quanto ao futuro da
internacionalizacao do Debian para nossa língua. Mesmo assim, justamente
por ser uma personalizacao da Woody, acaba não abracando as
caracteristicas acima citadas.
Por outro lado, olhando so para as distribuicoes tupiniquins,
observo que há toda sorte de ancestrais: Conectiva veio da RedHat,
TechLinux veio da Mandrake, Definity veio da Slackware. Pois bem,
acompanhando uma discussao sobre o futuro da Conectiva, vi como o ACME
parecia empolgado com a possbilidade de fragmentar mais e mais os
pacotes pra tomar vantagem das caracteristicas do APT. Não tenho duvidas
de que a medida que eles adquirirem know how sobre o APT, a tendencia é
eles fazerem uma distro cada vez melhor, deixando as outras citadas
comendo mosca. O engracado é que, pra competir com a Conectiva, ja
existe uma estrutura que utiliza o APT, os pacotes ja estao mais
fragmentados que arroz de terceira e faz tempo, e que ja contem uma
grande quantidade de pacotes. Um concorrente forte poderia nascer a
partir de uma distro baseada no debian. Isso seria bom para os usuarios
de linux e pra propria conectiva, que teria uma concorrencia no que se
refere ao nosso mercado. Antes que me crucifiquem, me parece que Debian
e o resto atendem a anseios diferentes. Quem usa Debian busca
establidade acima de tudo, já que esta é a promessa dos seus
mantenedores. Quem usa as outras busca um compromisso entre establidade
e software mais atualizado. Isto não é so birra de crianca. Quando do
lancamento da Potato, o postgresql ainda era de uma versao que não
suportava transações, se me lembro bem, embora ja existisse uma versao
mais nova com esta caracterista ja presente. Ahh, eu sei que tem fontes
não oficiais, mas me parece um contra-censo buscar estabilidade e ficar
a usar pacotes não oficiais, ainda mais se forem importantes.
Mas o engracado é que este fenomeno parece ser mundial. A grande
distro baseada no Debian no momento é a Knoppix. :(. Ninguem vê as
maravilhas da debian como base pra distribuicoes de qualidade? A
manutencao/criacao de pacotes seria tao dificil e improdutiva a ponto de
impedir o nascimento de uma boa distribuicao?
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